Ilhas Ballestas e Reserva Nacional de Paracas [Cap.12]
Confira aqui tudo sobre o passeio das Ilhas Ballestas e Reserva Nacional de Paracas: horários, comida, transportes, o que você vai ver e dicas muito úteis.BOLÍVIA – CHILE – PERU EM 23 DIAS (ABRIL/2016) POR $ 1.300,00 DÓLARES NA VIAGEM [T-U-D-O MESMO = $1.900,00 dólares]
CAP.12: Passeio das Ilhas Ballestas e Reserva Nacional de Paracas
11/4/2016
Acordamos às 6:00 da manhã, nos arrumamos e ficamos esperando a van chegar (o macete é deixar tudo arrumadinho no dia anterior: mochilas de ataque, mochilões e a roupa que você vai usar). Às 6:45 uma guia muitoooo enrolada começou a chamar nossos nomes e entramos na van (ela chegou no hostel com 15 minutos de atraso).
O passeio de hoje duraria o dia inteiro, com previsão de retorno por volta das 16:00. Estávamos em quatro e depois passamos em outro hostel pra pegar mais gente e adivinha quem apareceu pra fazer o passeio com a gente: os mesmo israelenses do dia anterior! Mas, agora eles estavam mais calminhos, talvez porque estivessem com sono hahahaha.
A guia aparentava estar nervosa e depois fomos entender o porquê, estávamos bem atrasados e ela que chegou depois do horário, começou a colocar a culpa em cima da gente (de todo o grupo).
Que ódio caraaa! Aí chegamos em Paracas e ela começou a correr, literalmente. A gente teve que sair correndo atrás dela e a doida ficava gritando: BAMOS! BAMOS! Ahhhh! Me deu um negócio que eu sai correndo na frente dela olhei na cara dela e gritei: BAMOS! BAMOS BAMOS! Nego começou a rir e aí a gente começou a levar mais na esportiva, porque nossa vontade era de socar a cara dela.
Eu hein! Aí você vê. Pagamos o passeio, esperamos no pátio do hostel no horário marcado, a guia chega atrasada e ainda quer fazer a gente correr como se a culpa fosse nossa?! Ahhh para, né?
Pagamos 18,00 soles que incluía a taxa de entrada na “Reserva Nacional Sistema de Islas, Islotes y Puntas Guaneras – Islas Ballestas” + a taxa de embarque do barco e ficamos numa fila.
Caraaaa! Esse dia não tem café da manhã incluído, mas a gente achou que fosse dar tempo de comer algo lá no porto, mas com a correria toda acabamos entrando no porto sem comer nada. A sorte (ou não) foi que apareceu um senhorzinho vendendo pedaços de bolo por 2,00 soles, a gente tudo morto de fome comprou um pedaço pra cada e já meteu logo na boca.
A Patrícia que é mais cuidadosa, comeu aos poucos (pedaço por pedaço, degustando o bolinho dela) e pasmem: Ela encontrou mofo no bolo dela e acabou não comendo aquela parte. Agora, se tinha mofo nos nossos pedaços eu, Elisa e Vagner nunca saberemos. Hahahahaha
O tempo tava bem feio no início do passeio, tudo nublado e com muito vento, mas nada nos impediu de curtir (óbvio que com sol seria bem melhor rs). Entramos no barco e sentamos do lado esquerdo (sentem do lado esquerdo porque tem muito mais paisagens) pra ver o El Candelabro de Paracas nossa primeira atração do dia.
Eis que o El Candelabro tava apagado! Zoaaaa! Tinha tanta neblina que a gente não conseguia nem ver o coleguinha na nossa frente que dirá uma escritura em terra longe pra caraca! Vimos nadica de nada e o motorista seguiu com o barco!
Ahhh! Esqueci de falar, o guia que nos levou no barco não era a mesma guia enrolada que fez a gente correr. Graças a Deus trocamos de guia, esse em vez de fazer a gente correr, fazia a gente dormir de tão lento que ele falava. Mas, pelo menos explicava as coisas bem melhor.
O guia disse que iríamos seguir viagem, mas que se a gente desse sorte talvez fosse possível ver o El Candelabro na volta. Todos ficaram completamente chateados de não conseguir ver o desenho na areia, isso porque ele possui 180 metros de largura e mais de 2.500 anos de idade.
Sua origem ainda é um mistério e a explicação para o desenho (que não é tão profundo) nunca ter sumido é que justamente nesse local o vento durante o ano é quase inexistente. Mas, nosso guia nos contou as dezenas de hipóteses levantadas para a origem do desenho. Tem até uma galera que jura que foram os alienígenas que fizeram isso!
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Seguimos viagem e apesar do frio que tava fazendo, conseguimos nos divertir vendo os leões marinhos mergulhando “perto” do barco. Após uns 20 ou 30 minutos chegamos nas Islas Ballestas.
O lugar foi invadido por aves, leões marinhos e pinguins. É cocô pra tudo que é lado e eu não achei a paisagem lá essas coisas. Talvez o tempo feio e o frio tivessem me dado uma desanimada, porque eu tinha visto fotos desse lugar antes de fazer o passeio e eram absurdamente lindas, mas com tanta neblina ficou difícil ver qualquer coisa interessante por lá.
Óbvio que foi legal ver um monte de leão marinho em seu habitat natural e pinguins andando em grupo, mas beleza beleza mesmoooo, infelizmente, não consegui ter a sensibilidade de ver.
Como tem muitas aves, a maioria dos turistas usa chapéu ou boné pra evitar surpresinhas vindas do céu diretamente na sua cabeça. Nós arriscamos ir sem e não vimos ninguém sendo alvejado com cocô não (mas é um risco).
Ficamos umas 2 horas no mar (8h às 10h) e então retornamos ao porto de Paracas. Na volta, a neblina estava bem menos densa e conseguimos ver o El Candelabro, mas daquele jeito bem surrealista: colocando a cabeça pro lado, fechando os olhinhos e inclinando o pescoço levemente pra frente como quem diz: “Ah!!! Tô vendo sim!”.
Minhas fotos ficaram bem ruins mesmo. Mas, tenho uma memória interessante sobre esse desenho na minha cabeça, isso é o que vale (aquela que fica arrumando desculpa pra não se culpar pela foto que ficou horrorosa).
Ficamos por lá cerca de 30 minutos e foi o tempo da gente dar uma olhada rápida nas lojinhas de artesanato e comer um biscoito de café da manhã. A essa altura do dia, o sol já tava torrando a galera e enquanto a Pate e o Vagner passavam o protetor solar, eu e Elisa fomos rapidinho na farmácia comprar uma pasta de dente pra mim. Paguei 3,00 soles num tubinho daqueles pequenos, sabe?
Entramos na van e o guia (o mesmo do barco) começou a nos explicar a segunda parte do passeio que seria na Reserva Nacional de Paracas. Eu já tinha visto umas fotos na internet e também pelo relato do Rodrigo e parecia ser lindo demais. E até que foi bem bonito, mas acho que coloquei minhas expectativas muito lá em cima.
Fizemos nossa primeira parada numa espécie de “museu” e lá o guia nos explicou as formações rochosas e orgânicas do local. Falou dos animais da região e mais um monte de detalhes sobre a Reserva Nacional de Paracas. Eu não sou muito fã de museus e o guia também não ajudava sendo mais interativo, então essa parada pra mim foi bem chatinha e me deu um sono bizarro.
Eis que depois de 20 minutos de explicações geológicas, a gente teve apenas 15 minutos pra explorar o local. Não conseguimos ir nem até o final de um caminho de terra que parecia ter uma paisagem linda no final, porque o guia começou a nos gritar.
Voltamos pra van bem irritados, porque perdemos mó tempão nas explicações e não tivemos tempo algum pra explorar o local. Por mim, ele dava aquelas explicações dentro da van no caminho até a Reserva e depois deixaria a gente livre os 35 minutos pra passear pelo lugar.
Depois disso, seguimos para a segunda parada dentro da Reserva que é a Playa Roja (areia vermelha, proibido pisar) e a Catedral, cuja estrutura foi quase que totalmente destruída após um forte terremoto em 2007. Essa praia é linda, tem umas rochas meio que dando a impressão de precipícios com vista pro mar. É uma vista surreal de linda!
Depois disso, o guia nos levou para a Playa Lagunilla, onde almoçamos em um restaurante indicado por ele (parte pega-turista, porque já é tudo armado). Lá comemos um peixe maravilhoso e ganhamos de brinde um pisco sour que tava sensacional.
O Pisco sour pra eles é tipo o que é a caipirinha pros brasileiros. Só sei que essa bebida bate que é uma beleza. Eu fiquei alegrinha com um shot daquilo lá. Apesar do preço da comida ser um pouco acima do que estávamos esperando (32,00 soles pra cada), o prato veio muito bem servido e tava bem gostoso.
Ficamos ali por 1h30minutos e deu tempo de comer bem e ainda apreciar a vista da praia. Antes de voltarmos, fomos ao banheiro e pagamos 1,00 nuevo sol cada. O guia nos chamou porque já era hora de voltarmos pra Huacachina, entramos na van e seguimos viagem.
Chegamos em frente ao hostel por volta das 16:00. A gente tinha planejado assistir um belo pôr do sol do alto das dunas que rodeiam o oásis, mas o tempo não ajudou e nem sol tinha.
Fomos então dar uma última caminhada pela “cidade” para comprarmos algumas lembrancinhas. Eu comprei uma pulseirinha de couro linda com os símbolos do Peru por 5,00 soles. Andamos meio que vagando sem rumo até nos depararmos com um carrinho de sorvete que pediu nossos rins em troca de um picolé que nos custou 4,00 soles.
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Nos despedimos do oásis e seguimos em direção ao hostel, antes de entrar, Eu e Elisa compramos uns biscoitos e uma água pra viagem que saiu por 3,75 soles pra cada.
Pegamos nossos mochilões na sala de bagagens e fomos tomar banho e nos arrumar pra mais uma noite dormindo em ônibus. A essa altura do campeonato eu já tinha até meu uniforme de viagens noturnas, que obviamente eram as roupas mais confortáveis que eu tinha.
Como a gente sabia que teria janta no ônibus, decidimos beliscar uns petiscos (batata frita com queijo e linguíça) só pra dar uma forradinha básica no estômago, dividimos tudo por quatro e deu 6,50 soles pra cada.
Tudo pronto! Colocamos os mochilões nas costas e partimos em busca de um táxi. Não conseguimos achar nenhum na rua do hostel, então decidimos ir andando até a rua perto da praça e finalmente achamos um. Colocamos tudo na mala e seguimos pra rodoviária de Ica. O táxi deu 10,00 soles (2,50 pra cada).
Ah! Esqueci de comentar. Vagner e Patrícia conseguiram comprar as passagens de avião de La Paz pra Santa Cruz de La Sierra usando a internet do hostel, mas eu e Elisa não. Então, ficamos de tentar novamente lá no hostel de Cusco.
Chegamos na rodoviária com 30 minutos de antecedência e era só esperar a chamada pro nosso ônibus. Embarcamos às 21:50 e já nos acomodamos naquelas poltronas super confortáveis, tentando nos preparar para a viagem mais longa das nossas vidas: 17 horas delícias de voltas e mais voltas e enjôos.
Isso serão cenas do próximo capítulo.
SALDO DO DIA:
– 18,00 soles – Taxa de entrada nas Islas Ballestas + a taxa de embarque do barco
– 2,00 soles – Bolo mofado
– 3,00 soles – Pasta de dente
– 32,00 soles – Almoço
– 1,00 nuevo sol – Banheiro
– 5,00 soles – Pulseira de couro
– 4,00 soles – Sorvete
– 3,75 soles – Água + Biscoitos
– 6,50 soles – Petiscos de jantar
– 2,50 soles – Táxi de Huacachina X Rodoviária de Ica
TOTAL: 77,75 soles
PRÓXIMO CAPÍTULO: (CAP.13) Vivos em Cusco
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Confira o Capítulo 11: