O dia que eu quase morri num acidente na Grécia
Sofri um acidente na Grécia alugando um quadriciclo. Foi um susto enorme e, por isso, todo cuidado é pouco na hora de alugar um veículo em viagens.Essa é uma história verídica que aconteceu comigo em 2015 numa viagem de 20 dias pela Grécia. Eu nunca imaginei que alguma coisa assim pudesse acontecer, mas infelizmente sofri um acidente na Grécia da forma mais aleatória possível.
Eu e um ex-namorado tínhamos acabado de chegar em Kefalonia (essa seria a primeira ilha de várias que a gente ia conhecer nessa viagem). A gente tinha alugado um carro online pra retirar assim que a gente chegasse no aeroporto, mas chegando no guichê pra retirada do carro, o atendente não deixou a gente alugar porque a nossa carteira de motorista não era internacional.
No entanto, na hora de alugar o carro online eu mencionei que a CNH era brasileira e ninguém disse nada. Enfim, não deixaram a gente alugar o carro e tivemos que pegar um táxi até o hotel pra decidir o que faríamos pra explorar a ilha (que era daquelas que precisava de um veículo pra explorar as praias mais distantes).
Então, eu tive a brilhante ideia de alugar um quadriciclo, já que eu não queria de jeito nenhum alugar uma moto porque já tinha tido um mini acidente na Croácia em 2013 (eu e uma amiga batemos num muro cheio de espinho depois que levamos uma fechada de um carro numa curva).
Alugamos o quadriciclo e já fomos explorar a ilha de Kefalonia. Acabamos saindo muito tarde da praia e ficou completamente escuro (tipo breu total). Aí a gente foi dirigindo bem lentamente pelas ruas que a gente achava que lembrava, mas acabamos nos perdendo e indo parar cada vez mais longe.
Acho que aqui vale mencionar que nessa época eu viaja sem internet e que o celular tava sem bateria no final do dia porque ficamos usando pra fazer fotos e vídeos o dia todo.
Eis que a gente consegue chegar num boteco no meio da estrada e eles disseram que a gente tava há uns 30 minutos da cidade, que era só descer uma estrada e seguir toda vida em frente.
Nosso quadriciclo tava trepidando muito e a gente achou que ele podia tá “cansado” porque a gente tava forçando muito ele nas últimas horas subindo e descendo as estradas.
Pedi pro meu ex-namorado dirigir mais pro meio da pista porque a gente tava na pista do precipício e aquela trepidação toda tava me dando nervoso e me deixando angustiada de olhar pra baixo.
Finalmente chegamos na cidade e nem cinco minutos depois de sair do precipício o nosso quadriciclo começa a trepidar mais ainda até que meu ex-namorado perdeu o controle, invadiu um terreno e bateu numa árvore.
Levamos um baita de um susto e, Graças a Deus, as nossas perdas não ficaram presa entre o quadriciclo e a árvore. A gente só ficou com alguns arranhões na perna e nos joelhos.
Mas, a parte mais bizarra da história é agora. Eu perguntei pro meu ex o que tinha acontecido pra ele perder o controle daquele jeito (a gente tava a uns 40km/h) e ele disse que não fazia ideia porque não apertou nada e não tinha nada no nosso caminho.
Acidente na Grécia andando de quadriciclo
A gente ficou sem entender nada até que um cara começa a gritar a gente. Quando olhamos pra trás a gente dá de cara com um grego correndo com uma roda dizendo que a gente perdeu a roda do nosso quadriciclo.
Tem noção que a roda do quadriciclo saiu com ele em movimento?! Olha que perigo!
Eu fiquei em choque porque se isso tivesse acontecido 5 minutos antes a gente teria caído no precipício e tinha grandes chances de ninguém nunca encontrar nossos corpos. Sério! Que susto!
Depois de chorar de nervoso, veio a raiva. Deixei a porcaria do quadriciclo lá batido na árvore e fui mancado até o hotel. Eu tava enfurecida que alugaram um quadriciclo nessas condições pra gente. Não conseguia dormir de tanta raiva.
Escrevi um email todo em português colocando minha raiva pra fora e depois traduzi pra grego e assim que a loja abriu eu fui lá pegar meu dinheiro de volta.
O dono da loja era um velhinho grego e não entendia e nem falava muito bem inglês e eu tava aprendendo a falar inglês ainda, então peguei meu celular e mostrei o email traduzido pra grego.
E depois que ele leu tudo em vez de perguntar como a gente tava, queria saber onde tava o quadriciclo e o que a gente tinha feito com ele. Fiquei enfurecida e disse que tava onde a gente bateu junto a roda que saiu. Pediu meu dinheiro de volta e depois de muito brigar consegui 3 dias de aluguel de volta, mas o velho ainda me cobrou a diária do acidente.
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Importância do seguro viagem
Foi assim que eu quase morri num acidente na Grécia da forma mais aleatória possível. E, é por isso, que eu sempre recomendo fazer seguro viagem, porque às vezes a gente pode fazer tudo certinho, mas ainda sim acontecer um imprevisto ou um acidente.
Pra nossa sorte, não nos machucamos tanto pra ter necessidade de acionar o seguro, mas se a gente precisasse ficar internado ou fazer uma cirurgia de emergência, o nosso seguro viagem cobriria todos os custos.
Nas minhas últimas viagens aqui na Europa, eu usei o seguro viagem da SafetyWing, que pra mim é um dos seguros que tem o melhor custo x benefício.
Eles fazem cobertura no mundo todo (você não precisa escolher o país ou a região que vai. Ele já cobre tudo, com exceção de alguns países e se for pros EUA cobra um pouco a mais). Eles fazem cobertura no seu país natal por 30 dias a cada 90 dias.
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Além disso, eles lançaram em 2023 o Nomad Insurance 2.0 que inclui cobertura para: Esportes de aventura, roubo de eletrônicos e experiência de reembolso redesenhada. Eu explico melhor sobre a SafetyWing nesse post.
E aí? Você também já teve um acidente de moto em alguma viagem?
Espero que você tenha curtido esse post e que ele tenha te ajudado a entender a importância do seguro viagem. Se você conhece alguém que precisa ler essa história, manda esse post pra essa pessoa.
Ah! Não esquece de me seguir no Instagram (@vidamochileira) pra acompanhar as minhas viagens em tempo real.
Beijos e até a próxima.
Mary Teles