O que fazer no Nepal: Guia completo com dicas e valores
Descubra o que fazer no Nepal num roteiro de 10 dias passando pelas cidades de Kathmandu, Bhaktapur, Nagarkot e Patan.O Nepal é um destino fascinante e exótico que atrai viajantes de todas as partes do mundo. Muitos são atraídos pelas trilhas do Everest, mas tem aqueles que preferem explorar também os templos. Por isso, que eu vou compartilhar o que fazer no Nepal além do Base Camp do Everest.
Com suas paisagens deslumbrantes, cultura rica e povo acolhedor, o país oferece uma experiência única pra quem o visita. Nesse post, eu vou compartilhar todos os detalhes da minha viagem de 10 dias pelo Nepal, passando pelas cidades de Kathmandu, Bhaktapur, Nagarkot e Patan, e dar dicas essenciais para planejar a sua viagem.
Nesse post você vai ler:
- Onde fica o Nepal
- Curiosidades sobre o Nepal
- Informações úteis para planejar sua viagem pelo Nepal
- Vacinas para viajar para o Nepal
- Documentos para brasileiros entrarem no Nepal
- Visto para entrar no Nepal
- Qual é a melhor época para viajar para o Nepal?
- Como chegar no Nepal
- Como se locomover no Nepal
- Monte Everest
- Dicas para fazer trekking no Nepal
- Melhor forma de levar dinheiro pro Nepal
- Como ter internet no Nepal
- Seguro viagem para viajar para o Nepal
- Comidas tradicionais no Nepal
- Como evitar ter dor de barriga no Nepal
- Quantos dias ficar no Nepal
- Quais cidades visitar no Nepal e seus principais pontos turísticos
- O que fazer no Nepal: Meu roteiro de 10 dias
- O que fazer no Nepal: Sugestão de roteiro de 5 dias
- O que são as Kumaris?
- Como se vestir no Nepal
- Onde se hospedar no Nepal
- Viajar para o Nepal é perigoso para mulheres?
- Como foi meu voluntariado numa escola no Nepal
- Quanto custa viajar pelo Nepal
- Quanto eu gastei na minha viagem de 10 dias pelo Nepal
- Como foi a minha experiência de viajar para o Nepal
Onde fica o Nepal
O Nepal está localizado no sul da Ásia, entre a China (ao norte) e a Índia (ao sul, leste e oeste). Sua geografia é extremamente diversificada, abrangendo desde as planícies subtropicais do Terai até os picos majestosos do Himalaia, incluindo o Monte Everest, o ponto mais alto da Terra.
Curiosidades sobre o Nepal
Religião
O Nepal é um país de profunda diversidade religiosa e cultural, onde várias tradições espirituais coexistem harmoniosamente. A religiosidade é uma parte intrínseca da vida cotidiana e se manifesta em inúmeros festivais, rituais e templos espalhados por todo o país.
Hinduísmo
O hinduísmo é a religião predominante no Nepal, praticada por aproximadamente 80% da população. Em cada canto do país, especialmente em Kathmandu, Bhaktapur e Patan, você encontrará templos hindus, grandes e pequenos.
Budismo
O budismo tem uma longa história no Nepal, sendo a terra natal de Siddhartha Gautama, o Buda, que nasceu em Lumbini, no sudoeste do Nepal. Os mosteiros budistas e as estupas são abundantes, especialmente na região de Kathmandu.
A Stupa de Boudhanath é uma das maiores do mundo e um importante centro de peregrinação budista. Por todo Nepal, é possível ver os “olhos de Buda”, um símbolo famoso e repleto de significado pros nepaleses.
No Nepal, o hinduísmo e o budismo se entrelaçam de maneira única. Muitos nepaleses se identificam com ambas as tradições, e é comum ver símbolos e práticas budistas em templos hindus e vice-versa.
Islamismo
O islamismo é praticado por cerca de 4% da população nepalesa. A comunidade muçulmana está principalmente concentrada nas regiões do Terai e em áreas urbanas de Kathmandu e outras cidades importantes. As mesquitas são menos comuns do que templos hindus e budistas, mas desempenham um papel central nas comunidades muçulmanas.
Cristianismo
O cristianismo é uma religião minoritária no Nepal, representando menos de 1% da população. No entanto, tem visto um crescimento significativo nos últimos anos. Igrejas cristãs estão espalhadas pelas principais cidades e, embora pequenas, as comunidades cristãs são vibrantes e ativas.
Religiões Indígenas
Além das religiões principais, várias comunidades indígenas no Nepal praticam suas próprias religiões e tradições espirituais. Essas práticas geralmente envolvem a adoração de espíritos da natureza, ancestrais e deuses locais.
Tolerância Religiosa
Uma das características mais notáveis do Nepal é a coexistência pacífica de diversas tradições religiosas. Templos hindus e stupas budistas muitas vezes se encontram lado a lado, e é comum ver hindus participando de festivais budistas e vice-versa. Essa tolerância religiosa é um reflexo da cultura inclusiva do Nepal, onde a diversidade é não apenas aceita, mas celebrada.
Festivais famosos no Nepal
Festivais Hindus: O Dashain e o Tihar são os dois maiores festivais hindus no Nepal. Dashain, um festival de 15 dias, celebra a vitória do bem sobre o mal, enquanto Tihar, também conhecido como Deepawali, é o festival das luzes, onde se honram diversos deuses, deusas, e até mesmo os animais, como vacas, corvos e cães.
Festivais Budistas: Os festivais budistas, como Lhosar (Ano Novo Tibetano) e Buddha Jayanti (aniversário do Buda), são celebrados com grande entusiasmo. Durante essas festividades, os monastérios organizam cerimônias especiais, e os devotos realizam peregrinações e rituais.
População
O Nepal tem uma população de aproximadamente 30 milhões de pessoas. Kathmandu, a capital, é a cidade mais populosa e o centro cultural e econômico do país.
Monte Everest
O Monte Everest, conhecido como Sagarmatha em nepalês, é o pico mais alto do mundo, com 8.848 metros de altitude. Ele atrai alpinistas de todos os níveis, desde os mais experientes até aventureiros em busca de superar seus limites.
Mais abaixo, nesse post, tem um tópico sobre as trilhas do Everest.
Informações úteis para planejar sua viagem pelo Nepal
Água
A água da torneira não é segura pro consumo. Sempre opte por água mineral engarrafada ou utilize purificadores de água. Evite beber bebidas com gelo, já que não tem como saber a procedência da água do gelo.
Língua oficial
A língua oficial do Nepal é o nepalês. No entanto, o inglês é amplamente falado nas áreas turísticas e em estabelecimentos comerciais.
Tomada
No Nepal, as tomadas são do tipo C (igual as da Europa), D (três pinos redondos em formato triangular) e M (três pinos grossos redondos em formato triangular). A voltagem padrão é de 230V e a frequência é de 50Hz. Recomenda-se levar um adaptador universal.
Moeda
A moeda oficial é a Rúpia Nepalesa (NPR). É fácil trocar dólares americanos e euros em casas de câmbio e bancos. Mas, eu falo mais sobre a melhor forma de levar dinheiro pro Nepal num tópico só sobre isso mais abaixo nesse post.
Fuso Horário
O fuso horário do Nepal é GMT+5:45. Em relação ao Brasil, a diferença de horário varia conforme a região do Brasil.
– Brasília (BRT – GMT-3): O Nepal está 8 horas e 45 minutos à frente. Quando é meio-dia em Brasília, são 20:45 no Nepal.
– Acre (ACT – GMT-5): O Nepal está 10 horas e 45 minutos à frente. Quando é meio-dia no Acre, são 22:45 no Nepal.
– Manaus (AMT – GMT-4): O Nepal está 9 horas e 45 minutos à frente. Quando é meio-dia em Manaus, são 21:45 no Nepal.
Vacinas para viajar para o Nepal
Para viajantes com passaporte brasileiro ou que tiveram a menos de 6 meses no Brasil, a vacina da febre amarela é obrigatória para entrar no Nepal.
Você deve se vacinar pelo menos 10 dias antes da viagem. A vacina é válida por toda a vida, mas é necessário apresentar o Certificado Internacional de Vacinação d ANVISA ou Profilaxia (CIVP) como prova de imunização.
O certificado demora até 10 dias úteis pra ser emitido.
– Se você já tomou a vacina e já tem o certificado da Anvisa não precisa solicitar novamente, pois tanto a vacina como o certificado têm validade vitalícia.
– Se você já tomou a vacina, mas ainda não tem o certificado internacional, deve solicitar o certificado, mas não deve tomar a vacina novamente.
Atualmente o certificado internacional da febre amarela pode ser solicitado online de forma gratuita (por esse link).
É imprescindível levar este certificado impresso no dia da viagem pra apresentar na imigração.
Vacinas que não são obrigatórias, mas são recomendadas pra quem vai visitar o Nepal: Hepatite A e B, Tifoide, Febre Tifoide e Tétano. Dependendo da época do ano e das áreas que pretende visitar, pode ser necessário se vacinar contra a Raiva e a Encefalite Japonesa.
Documentos para brasileiros entrarem no Nepal
– Passaporte válido com no mínimo 6 meses de validade
– Passagem aérea ida e saída impressa
– Seguro de viagem impresso
O seguro viagem não é um documento obrigatório para entrar no Nepal, mas é altamente recomendado (principalmente por causa dos grandes casos de infecção alimentar).
Eu sempre recomendo a Seguros Promo ou a SafetyWing, que são empresas que eu também uso nas minhas viagens e confio.
– Comprovante de hospedagem
– Comprovante de renda (dinheiro vivo ou extrato do cartão)
Eu sempre levo o meu cartão da Wise e a Nomad Global e mostro o extrato se me pedirem o comprovante financeiro.
– Certificado Internacional da Febre Amarela (emitido pela ANVISA)
Todos os viajantes saindo do Brasil, devem tomar a vacina contra a febre amarela e providenciar o Certificado Internacional emitido pela ANVISA.
– Receitas médicas caso tome algum remédio de uso crônico
– Visto de turista
Você pode solicitar o visto de turista online e pagar na hora assim que desembarcar no Nepal ou pode solicitar e pagar na hora. As duas opções são válidas, mas eu recomendo solicitar online e pagar na hora para economizar tempo.
Visto para entrar no Nepal
Os brasileiros necessitam de visto de turista para entrar no Nepal. O visto pode ser obtido na chegada ao Aeroporto Internacional de Tribhuvan em Kathmandu ou em outros pontos de entrada terrestre.
Outra opção é preencher o formulário do visto pelo site oficial e pagar na sua chegada no aeroporto de Kathmandu. Ambas as opções são permitidas e nos dois casos você deve pagar diretamente no aeroporto em dinheiro em espécie.
IMPORTANTE: O formulário expira em 15 dias, preencha somente quando estiver pertinho da sua viagem.
O valor do visto vai depender de quanto tempo você quer permanecer no país.
– 15 dias – US$ 30
– 30 dias – US$ 50
– 90 dias – US$ 125
É possível renovar o visto na imigração em Kathmandu e em Pokhara.
Eu tenho um post completo explicando como tirar o visto de turista para o Nepal.
Qual é a melhor época para viajar para o Nepal?
A melhor época para viajar pro Nepal é durante a primavera (março a maio) e o outono (setembro a novembro). Nessas estações, o clima é agradável, ideal para trekking e outras atividades ao ar livre.
A temporada de trekking acontece entre os meses de abril até junho (considerada a estação seca), porém é um época mais quente e de alta temporada em todo Nepal.
Primavera (março a maio)
Temperaturas agradáveis, variando de 18°C a 32°C nas regiões de menor altitude. Nas áreas montanhosas, as temperaturas podem ser mais baixas, mas ainda agradáveis para trekking.
Ideal pra trekking, especialmente no Everest Base Camp e no Circuito Annapurna.
Outono (setembro a novembro)
Temperaturas variam de 14°C a 28°C, com noites mais frias nas áreas montanhosas. É a estação com as melhores condições de visibilidade pras vistas panorâmicas das montanhas. Menos risco de chuvas e deslizamentos de terra em comparação com outras estações.
Excelente pra trekking, com condições ideais pra caminhadas nas trilhas populares.
Inverno (dezembro a fevereiro)
Muito frio nas regiões montanhosas, com temperaturas caindo abaixo de zero. Regiões de menor altitude são mais amenas, mas ainda frias, especialmente à noite. A temperatura máxima não chega a 20°C.
Em contrapartida, é uma época do ano que tem menos turistas, proporcionando uma experiência mais tranquila. O trekking ainda é possível nas regiões de menor altitude, como o Vale de Kathmandu e a região de Chitwan.
Verão (junho a agosto)
Época de monções. Isso que significa umidade alta e chuvas intensas, especialmente nas regiões do Terai e nos vales. As temperaturas variam de 22°C a 35°C, mas com chuvas frequentes e riscos de deslizamentos de terra.
É desafiador e pouco aconselhável fazer trekking nessa época do ano devido às trilhas enlameadas e deslizamentos de terra, mas algumas trilhas no lado oeste e norte do Himalaia, como a região do Mustang, são mais secas e ainda viáveis.
Leia também:
Como funciona o cartão de débito internacional da Wise
Cartão de débito internacional da Nomad Global
Como ter internet durante as viagens
Como passar na imigração de qualquer país
Seguro viagem para viagens internacionais
Como chegar no Nepal
A maneira mais comum de chegar ao Nepal é de avião, através do Aeroporto Internacional de Tribhuvan, em Kathmandu.
Embora não haja voos diretos do Brasil para o Nepal, é possível chegar ao país fazendo conexões em diversos hubs internacionais. Aqui estão algumas das principais companhias aéreas que operam voos pro Nepal, geralmente fazendo conexão num desses países:
Países que fazem conexão pro Nepal
Índia: Nova Deli, Mumbai, Kolkata (Calcutá)
Companhias: Air India, Vistara, IndiGo
Emirados Árabes Unidos: Dubai, Abu Dhabi
Companhias: Emirates, Etihad Airways, Flydubai
Qatar: Doha
Companhia: Qatar Airways
Turquia: Istambul
Companhia: Turkish Airlines
Tailândia: Bangkok
Companhia: Thai Airways
Singapura: Singapura
Companhia: Singapore Airlines
Hong Kong: Hong Kong
Companhia: Cathay Pacific
China: Guangzhou, Chengdu, Kunming
Companhias: China Southern Airlines, Sichuan Airlines
Na ida eu fui de IndiGo de Delhi pra Kathmandu e na volta pra Londres eu fui de IndiGo até Delhi e de Delhi eu fiz uma conexão em Istambul pra ir pra Londres pela Turkish Airlines.
Como se locomover no Nepal
Avião
É possível encontrar voos domésticos que conectam Kathmandu a cidades como Pokhara, Lukla, Bharatpur, Biratnagar e outras.
Principais Operadoras: Buddha Air, Yeti Airlines, Tara Air, Simrik Airlines.
Ônibus
Existem dois tipos de ônibus no Nepal: Os ônibus turísticos (luxo) e os ônibus locais. A diferença entre eles é o conforto e os valores das passagens. Você pode viajar por todo país de ônibus.
As totas populares incluem Kathmandu a Pokhara, Kathmandu a Chitwan e Kathmandu a Lumbini.
Micro-ônibus e vans
É uma opção interessante pra se locomover entre cidades, como o trecho Kathmandu a Pokhara.
Táxis
É uma ótima opção pra ser locomover dentro das cidades. É importante sempre negociar o preço antes de embarcar ou insistir no uso do taxímetro.
Eu peguei muitos táxis em Kathmandu e foi ótimo. Não achei caro, mas sempre negociava os preços porque eles tendem a cobrar mais.
O Uber não funciona no Nepal, mas tem outras alternativas como os aplicativos Tootle, Pathao e Indrive, mas pra se registrar nesses apps você precisa ter um número de celular nepalês que você pode comprar (Nepal Telecom ou Ncell) facilmente nas lojas eletrônicas mais próximas.
Como a gente tava achando muito difícil usar esses aplicativos locais, a gente preferium optar por pegar táxi mesmo.
Riquixós
São aquelas bicicletas tuk-tuk, que estão disponíveis principalmente nas grandes cidades como Kathmandu. Assim como nos táxis, também é importante negociar o valor da corrida antes de subir e deixar claro qual será o seu destino final.
Os passeios de riquexó são mais usados em pequenas distâncias, já que não é um meio de transporte muito confortável e é uma pessoa que fica pedalando e te levando pros lugares.
Moto e scooters
Moto é o principal meio de transporte no Nepal. É possível pegar um moto-táxi pra se locomover dentro das cidades ou alugar uma moto caso você queira ter mais liberdade pra explorar o país.
No entanto, vale a pena reforçar que é importante ter cuidado ao dirigir no Nepal porque o trânsito é muito caótico e os terrenos são um pouco desafiadores (tipo, as estradas não são muito boas e tem muitas curvas).
As principais cidades (e como mais opções de locadoras) pra você alugar uma moto no Nepal são: Kathmandu e Pokhara.
Documentos necessários pra brasileiros alugarem moto no Nepal:
Carteira de habilitação
Carteira de Motorista Internacional (PID): É recomendável ter uma Permissão Internacional para Dirigir (PID) emitida no Brasil, pois facilita a locação e pode ser exigida pelas autoridades locais.
Carteira de Motorista Nacional: Leve também sua carteira de motorista brasileira, pois algumas locadoras podem aceitá-la em vez da PID.
Passaporte
Um passaporte válido será necessário pro processo de locação.
Visto de entrada
Certifique-se de ter o visto de turista válido pro período de sua estadia no Nepal.
Cartão de crédito
O motorista da moto precisa apresentar um cartão de crédito pra deixar como caução na hora de alugar a moto.
Monte Everest
As primeiras tentativas de escalar o Everest começaram na década de 1920, com expedições britânicas abordando a montanha pelo lado tibetano. Mas, só em 29 de maio de 1953, Sir Edmund Hillary da Nova Zelândia e Tenzing Norgay, um sherpa nepalês, foram os primeiros a alcançar o cume do Everest.
A escalada do Everest é extremamente desafiadora devido ao terreno difícil, condições meteorológicas severas, baixa pressão de oxigênio e risco de avalanches.
Por isso, entre as trilhas mais populares da região estão o Trekking ao Base Camp do Everest e o Circuito Annapurna.
É possível fazer diversos tipos de trekking com níveis de dificuldade e duração diferentes dependendo do grupo e do guia. Existem opções de no mínimo 5 dias, por exemplo pro Base Camp do Annapurna, mas acaba ficando uma caminhada muito pesada já que é preciso andar mais quilômetros por dia.
O recomendado é fazer trekking de no mínimo 7 dias ou mais.
Trekking do Base Camp do Everest
Duração: Aproximadamente 12-14 dias
Dificuldade: Moderada a difícil
Rota: A jornada começa geralmente com um voo de Kathmandu pra Lukla, seguido por uma caminhada através do Vale do Khumbu. As principais paradas incluem Namche Bazaar, Tengboche, Dingboche e Gorak Shep antes de chegar ao Base Camp do Everest.
Destaques desse trekking:
– Vista do Everest: O ponto alto do trekking é, claro, chegar ao Base Camp do Everest, a 5.364 metros de altitude, de onde se pode admirar a face sul do Everest.
– Kala Patthar: Um desvio até Kala Patthar (5.545 metros) proporciona vistas panorâmicas espetaculares do Everest e das montanhas vizinhas.
– Cultura Sherpa: Encontro com a cultura e hospitalidade do povo Sherpa, visita a monastérios antigos, como o Monastério de Tengboche.
Circuito Annapurna
Duração: Aproximadamente 15-20 dias
Dificuldade: Moderada a difícil
Rota: O Circuito Annapurna começa geralmente em Besisahar e circunda a cordilheira Annapurna, passando por diversos climas e paisagens até Muktinath e Jomsom, com o término em Pokhara.
Destaques desse trekking:
– Passagem Thorong La: O ponto mais alto do circuito, a 5.416 metros, oferece vistas incríveis dos picos Annapurna e Dhaulagiri.
– Diversidade de paisagens: Variedade de paisagens, desde florestas tropicais e terras agrícolas até desertos de alta altitude.
– Cultura Local: Imersão nas culturas Gurung e Thakali, visita a vilarejos tradicionais e templos sagrados.
Trekking do Base Camp do Annapurna (Annapurna BC)
Duração: Aproximadamente 7-10 dias
Dificuldade: Moderada
Destaques: Caminhada até o Santuário Annapurna, rodeado por picos majestosos como o Annapurna I e o Machapuchare. Paisagens alpinas deslumbrantes e rica biodiversidade.
Langtang Valley Trek
Duração: Aproximadamente 7-10 dias
Dificuldade: Moderada
Destaques: Trekking pelo belo Vale Langtang, próximo à fronteira tibetana. Vistas impressionantes do Langtang Lirung e rica cultura Tamang.
Manaslu Circuit Trek
Duração: Aproximadamente 14-18 dias
Dificuldade: Difícil
Destaques: Caminhada ao redor do Manaslu, a oitava montanha mais alta do mundo. Experiência remota e menos turística, com vistas espetaculares e passagem pelo desafiador Larkya La (5.160 metros).
Dicas para fazer trekking no Nepal
Preparação física e mental
– Treinamento: Comece a treinar com antecedência. Caminhadas longas, subidas e atividades aeróbicas ajudam a melhorar sua resistência.
– Aclimatação: A altitude é um fator crítico. Planeje dias de aclimatação em sua rota pra evitar o mal da altitude.
Equipamentos essenciais
– Botas de trekking: Confortáveis e já amaciadas. Devem ser à prova d’água.
– Roupas em camadas: Incluindo uma jaqueta quente, roupas de baixo térmicas e uma camada impermeável.
– Mochila: Com bom suporte pra cintura e capacidade suficiente para carregar o essencial.
– Saco de dormir: Adequado para baixas temperaturas.
– Bastões de caminhada: Úteis para estabilidade em terrenos irregulares.
– Garrafa de água e sistema de filtragem: A hidratação é crucial e a água deve ser segura pra beber.
Dicas extras
– Alimentação: Leve lanches energéticos e barras de proteína. Coma alimentos locais pra economizar e experimentar a culinária.
– Dinheiro: Leve dinheiro em espécie suficiente, pois os caixas eletrônicos são raros nas trilhas.
– Comunicação: eSIM de internet ou dispositivos de satélite podem ser úteis pra manter contato.
– Itens de conforto: Leve itens pessoais como protetor solar, óculos de sol, chapéu e um bom livro pras noites (na hora de dormir).
Documentação e permissões
– Permissões de trekking: Dependendo da trilha, você precisará de diferentes permissões, como o TIMS (Trekkers’ Information Management System) e permissões de área de conservação.
Por isso, é muito importante contratar um guia pra fazer essas trilhas. Eu recomendo entrar em contato com o Bisman, que é um guia local de trekking que fala inglês muito bem. Você pode bater um papo com ele pra entender melhor como funcionam as trilhas, que equipamentos levar e a duração dos trekkings.
O WhatsApp dele é: +977 980 1802134
– Seguro de viagem: Incluindo cobertura pra atividades de alta altitude e evacuação de emergência. É essencial viajar com seguro viagem, caso você deseje fazer algum trekking no Nepal.
Eu sempre recomendo a Seguros Promo ou a SafetyWing, que são empresas que eu também uso nas minhas viagens e confio.
Segurança e saúde
– Mal da altitude: Suba devagar, hidrate-se bem e esteja atento aos sintomas como dor de cabeça, náusea e tontura.
– Kit remédio: Inclua medicamentos básicos, probióticos, analgésicos, bandagens e remédios pra problemas digestivos (caganeira, gases, regular a flora intestinal, carvão ativado). E também leve álcool em gel e pano umedecido.
– Guias e porteadores: Considerar contratar guias e porteadores experientes pode melhorar sua segurança e a qualidade da experiência.
Melhor forma de levar dinheiro pro Nepal
A maneira mais prática de levar dinheiro pro Nepal é usando um cartão de débito internacional, como o Wise e a Nomad.
As taxas de câmbio do Wise e Nomad são significativamente melhores do que levar dólares pra trocar em casas de câmbio, mesmo com a taxa de saque (cerca de $4), vale muito mais a pena usar esses cartões pra sacar diretamente em rúpias nepalesas.
Como muitos estabelecimentos no Nepal não aceitam pagamento com cartão, o ideal é sacar uma quantia maior de uma vez e gerenciar o dinheiro conforme necessário.
Eu usei a Wise durante toda minha viagem pelo Nepal e foi ótimo. Não tive nenhum problema.
Abra sua conta gratuitamente na Wise e aproveite os benefícios na hora da remessa usando esse link.
Você também pode abrir sua conta gratuitamente na Nomad Global. Usando meu cupom MARYTELES20, você ganha 2% de cashback na primeira transferência de câmbio realizada até 15 dias. O valor máximo do cashback é de US$20.
Como ter internet no Nepal
Eu usei o eSIM da Holafly no Nepal e funcionou muito bem. O pacote de dados não é ilimitado, mas oferece 500MB por dia.
Você pode comprar o seu eSIM ainda na sua casa, pelo site da Holafly, e instalá-lo de maneira fácil e rápida, deixando pra ativar apenas quando chegar no Nepal (desative o seu chip principal, ative o eSIM da Holafly com o roaming e está pronto pra usar).
A Holafly opera em mais de 190 destinos e oferece internet ilimitada em mais de 140 países. Para obter 5% de desconto em qualquer plano da Holafly, use o cupom VIDAMOCHILEIRA.
Seguro viagem para viajar para o Nepal
Embora o seguro viagem não seja obrigatório para entrar no Nepal, é altamente recomendável que você faça um, especialmente devido aos frequentes casos de infecção alimentar e principalmente se você for fazer alguma trilha.
Leve a sua apólice impressa junto com os números de contato, pra caso você precise acionar o seguro durante a viagem.
Eu sempre recomendo a Seguros Promo ou a SafetyWing, que são empresas que eu também uso nas minhas viagens e confio.
Pra essa viagem do Nepal eu usei a SafetyWing (porque já moro fora do Brasil há mais de um ano). Mas, se você mora no Brasil, recomendo dar uma olhada na Seguros Promo porque ela tá sempre em promoção e se você usar esse link, você pode acumular mais 5% de desconto de optar pagar na PIX.
Comidas tradicionais no Nepal
Dal Bhat
O prato principal da culinária nepalesa, consiste em arroz (bhat) e lentilhas (dal), acompanhado de vegetais e, às vezes, carne.
Momo
Bolinhos de massa recheados com carne ou vegetais (como se fossem dumplings), geralmente servidos com molho picante. No Nepal, eles são apaixonados por momo e realmente é muito gostoso.
Thukpa
Uma sopa de macarrão originária do Tibete, popular nas regiões montanhosas do Nepal.
Sel Roti
Um anel de pão doce, frito e crocante, geralmente consumido durante festivais.
Chatamari
Conhecida como a “pizza nepalesa”, é uma panqueca de farinha de arroz coberta com carne moída, ovos e temperos.
Puri
É um tipo de pão frito tradicional, amplamente consumido no Nepal e em outros países do sul da Ásia.
Como evitar ter dor de barriga no Nepal
– Beba somente água mineral engarrafada (e lacrada) ou purificada.
– Evite alimentos crus, como saladas e frutas descascadas.
– Evite consumir cubos de gelo
– Leve no seu kit remédio: Imodium pra segurar a caganeira (fundamental ter isso na bolsa sempre) e Floratil pra regular a flora intestinal.
Remédios para levar para o Nepal:
– Paracetamol / Ibuprofeno
– Digesan (náuseas e vômitos)
– Deocil (dor aguda)
– Imosec ou Imodium (caganeira)
– Buscopan (cólicas intestinais)
– Anti gases
– Probiótico
– 1 esparadrapo
– 10 band-aid
– Resfenol (gripe)
– Aspirina (dor)
– Floratil (regular a flora intestinal)
– Pantoprazol (gastrite)
– Loratadina (alergia)
– Bepantol (tubo pequeno)
– Vonau (enjoo)
– Estomazil/Eno/Epocler
– Álcool em gel e paninho umedecido
– Anticoncepcional (mulheres que tomam)
Levar receitas médicas caso tome algum remédio de uso crônico.
Quantos dias ficar no Nepal
Pra uma viagem completa que inclua Kathmandu, Bhaktapur, Nagarkot e Patan, eu recomendo, pelo menos, 5 dias.
Mas, se você quiser fazer também algum dos trekkings listados acima, eu acho que o ideal pra fazer tudo com calma seria em torno de 15 dias, pra ter tempo suficiente pra explorar cada cidade e fazer atividades extras, como trekking ou visitas a parques nacionais.
Eu recomendo entrar em contato com o Bisman, que é um guia local de trekking que fala inglês muito bem e pode te ajudar a preparar o seu roteiro do Nepal, incluindo os trekkings. Você pode bater um papo com ele pra entender melhor como funcionam as trilhas, que equipamentos levar e a duração dos trekkings.
O WhatsApp dele é: +977 980 1802134
Quais cidades visitar no Nepal e seus principais pontos turísticos
O Nepal apesar de pequeno tem muita coisa pra ser explorada. Mas, nesse tópico vou me concentrar em apresentar as principais cidades (as mais visitadas pelos turistas).
Nesse tópico, você vai ter uma breve lista do que fazer no Nepal em poucos dias, mas se tiver tempo sobrando, não hesite em explorar outras regiões e cidades não tão clichês.
Lumbini
Lumbini é o local de nascimento de Siddhartha Gautama, o Buda, e é um dos locais mais sagrados do budismo.
– Templo Maya Devi: O local exato de nascimento de Buda, Patrimônio Mundial da UNESCO.
– Mosteiros e Templos: Diversos mosteiros e templos construídos por diferentes países budistas.
– Jardins de Lumbini: Um local pacífico e reverente, ideal para meditação e reflexão.
Kathmandu
Kathmandu é a capital e a maior cidade do Nepal. É um centro cultural vibrante e um ponto de partida pra muitos viajantes que exploram o Himalaia.
– Durbar Square: Um complexo histórico de palácios, templos. É Patrimônio Mundial da UNESCO.
– Swayambhunath (Templo dos Macacos): Um dos templos budistas mais antigos e sagrados, com vistas panorâmicas da cidade.
– Boudhanath Stupa: Uma das maiores estupas do mundo e um importante local de peregrinação budista.
– Pashupatinath: O mais sagrado templo hindu dedicado a Shiva, situado às margens do rio Bagmati.
– Thamel: Bairro repleto de restaurantes e lojas (ótimo pra fazer comprinhas).
Bhaktapur
Bhaktapur é conhecida por sua arquitetura medieval bem preservada e rica herança cultural.
– Bhaktapur Durbar Square: Patrimônio Mundial da UNESCO, famoso por seus palácios e templos.
– Nyatapola Temple: Um dos templos mais altos e icônicos do Nepal.
– Pottery Square: Uma praça onde você pode ver ceramistas locais em ação.
– Dattatreya Square: Conhecida por seus antigos templos e museus.
Pokhara
Pokhara é a segunda maior cidade do Nepal e um dos destinos turísticos mais populares, conhecida por suas belas paisagens e atividades de aventura.
– Lago Phewa: Um lago pitoresco onde você pode andar de barco e apreciar a vista do Himalaia.
– Sarangkot: Um mirante famoso para ver o nascer do sol e as montanhas.
– Devi’s Fall: Uma impressionante cachoeira subterrânea.
– Caverna de Gupteshwor Mahadev: Uma caverna sagrada com um templo dedicado a Shiva.
Nagarkot
Nagarkot é uma pequena vila conhecida por suas vistas deslumbrantes do Himalaia, especialmente do Monte Everest.
– Mirantes do Himalaia: Diversos pontos ao redor da vila oferecem vistas panorâmicas das montanhas.
– Caminhadas e trilhas: Várias trilhas para caminhadas que proporcionam belas vistas naturais.
– Changu Narayan: o Templo Changu Narayan é dedicado a Vishnu, na sua forma como Narayan. Também é um Patrimônio Mundial da UNESCO.
– Nagarkot Tower: Um dos melhores pontos para ver o nascer e o pôr do sol.
Patan (Lalitpur)
Patan, também conhecida como Lalitpur, é famosa por sua rica tradição de artes e artesanato, especialmente em metal e pedra.
– Patan Durbar Square: Outro Patrimônio Mundial da UNESCO, com vários templos, palácios e esculturas.
– Golden Temple (Hiranya Varna Mahavihar): Um belo mosteiro budista decorado com ouro.
– Kumbeshwar Temple: Um dos templos mais antigos da cidade, dedicado a Shiva.
O que fazer no Nepal: Meu roteiro de 10 dias
Acho que aqui vale mencionar que esse roteiro foi feito em 10 dias porque além de turistar eu também estava fazendo voluntariado numa escola no Nepal. Então, em vez do dia todo pra explorar a cidade, eu e uma amiga só tínhamos a parte da tarde (a partir das 14:00) e noite.
Mas, esse mesmo roteiro poderia ser feito em 5 dias, sem problemas! Vou deixar abaixo o que eu fiz em cada cidade e também vou deixar uma sugestão de 5 dias de roteiro pro Nepal.
Kathmandu
Kathmandu é a capital do Nepal e, provavelmente, por onde seu roteiro vai começar. Então, sugiro deixar uns 3 ou 4 dias reservados pra explorar Kathmandu, porque dentre as quatro cidades (Kathmandu, Bhaktapur, Nagarkot e Patan) que eu visitei, ela é a que tem mais coisas pra fazer no Nepal.
– Thamel
Bairro ótimo pra fazer comprinhas. As coisas no Nepal são relativamente baratas, principalmente roupas e equipamentos de trilha (casacos, mochilas, etc).
Tem também muitas lojas de souvenirs e restaurantes.
– Durbar Square em Kathmandu (1.000 rúpias)
É um complexo histórico e cultural situado no coração da capital nepalesa, famoso por sua rica arquitetura medieval e importância histórica. Este Patrimônio Mundial da UNESCO abriga uma coleção de palácios, templos, pátios e estátuas que datam dos séculos XII ao XVIII, refletindo a era dos reis Malla.
Entre suas atrações mais notáveis estão o Palácio Hanuman Dhoka, o Templo Taleju e o Templo Kumari, onde reside a Deusa Viva.
Pra você visitar os templos localizados na Durbar Square, você precisa pagar 1.000 rúpias (R$39) na bilheteria (pode comprar na hora). Atenção porque alguns dos templos fecham 17:00 e outros fecham às 17:30.
O ideal é tirar um dia pra explorar a Durbar Square e seus templos. Listei os principais (que eu acho que vale a pena visitar) aqui abaixo, mas tem muitos outros. Você vai receber um panfleto com todos os monumentos que pode visitar dentro da Durbar Square.
Uma ótima ideia é fazer um Free Walking Tour com um guia local pra conhecer um pouco mais da história dos templos. Nós reservamos noss Free Walking Tour pelo app GuruWalk e foram 2 horas caminhando e aprendendo um pouco mais sobre a cultura nepalesa.
No final do tour, você dá uma gorjeta de quanto quiser. Nós demos pro nosso guia 1.000 rúpias cada uma (R$39).
– Kumari Temple (Kumari Ghar)
Esse templo é dedicado à Kumari, a Deusa Vivente, uma jovem menina venerada como uma encarnação da deusa Taleju. É uma das atrações mais famosas da Durbar Square, pois é onde a Kumari reside e participa de cerimônias religiosas até atingir a puberdade.
– Taleju Temple
É um templo hindu dedicado a Taleju Bhawani, a deusa real da dinastia Malla do Nepal. Foi construído em 1564 por Mahendra Malla e é um Patrimônio Mundial da UNESCO.
Dentro do templo, há um condado dedicado a Taleju Bhawani e Kumari Devi. Esse templo abre pro público apenas UMA VEZ por ano, no Mahanawami (nono dia) do festival Dashain (que ocorre entre setembro e outubro – as datas variam)
– Basantapur Durbar
Também conhecido como Nau-Talle, esse é um impressionante edifício de nove andares que exemplifica a arquitetura Newari tradicional. Construído durante o reinado dos reis Malla, esse palácio oferece vistas panorâmicas da cidade e do vale de Kathmandu.
– Palácio Hanuman Dhoka
É um vasto complexo histórico que serviu como residência real e centro administrativo dos reis Malla e Shah do Nepal. Esse palácio, que remonta ao século XVI, deve seu nome à estátua do deus macaco Hanuman, situada na entrada.
– Hanuman Statue
Hanuman, o deus macaco, é conhecido por sua força, lealdade e devoção no hinduísmo. Ele é considerado o guardião do palácio, e a estátua é um ponto focal de devoção para os visitantes, que frequentemente aparam suas bênçãos antes de entrar no complexo.
– Kal Bhairav
É uma estátua de pedra localizada na Durbar Square, representando a feroz divindade hindu Bhairav, uma manifestação destrutiva do deus Shiva.
Venerada pelos devotos e decorada com guirlandas de flores e pigmentos coloridos, Kal Bhairav é frequentemente visitada por aqueles que buscam bênçãos e a verdade em questões legais e espirituais.
– Jagannath Temple
É um dos templos mais antigos e reverenciados do complexo, datando do século XVI. Dedicado ao deus hindu Vishnu, esse templo é famoso por suas intricadas esculturas eróticas e detalhados entalhes em madeira que adornam suas janelas e portas.
– Maju Dega
É um dos templos mais proeminentes da Durbar Square, conhecido por sua estrutura piramidal e suas amplas escadarias que oferecem uma vista panorâmica da praça.
– Trilokya Mohan Narayan
Construído no século XVII, este templo é particularmente notável por suas intricadas esculturas em madeira e sua fachada ornamentada, que capturam a rica tradição artística do Nepal.
Outros monumentos e templos que você pode visitar na Durbar Square em Kathmandu:
– Mahendreswor Temple
– Chyasin Dega
– Tago Gan (Big Bell)
– Degutalle Temple
– Shiva Parvati Temple (Nava Jogini)
– Ashok Vinayak
– Kasthmandap
– Silyan Sattal
– Dhansa
– Gaddi Baithak
– Asan Bazar (Old Market)
É um dos mercados mais antigos de Kathmandu, conhecido por sua movimentação constante e atmosfera caótica. Me lembrou um pouco o Saara no Rio de Janeiro.
Esse mercado tradicional é um centro comercial, onde pessoas locais e turistas podem encontrar uma vasta gama de produtos, desde especiarias, vegetais frescos e utensílios domésticos até roupas, artesanato e tecidos.
– Swayambunath Temple (Monkey Temple) (200 rúpias)
O Templo Swayambhunath, é popularmente conhecido como Templo dos Macacos por causa da grande população de macacos que habitam o local.
Esse é um dos mais antigos e reverenciados complexos religiosos de Kathmandu. Fica localizado no topo de uma colina, e oferece uma vista panorâmica deslumbrante do vale de Kathmandu.
Tem uma estupa central dourada com os olhos de Buda, e é cercada por templos e santuários menores, bandeiras de oração coloridas e rodas de oração.
Recomendado ir pra ver o pôr do sol de lá. Chegue umas 2 ou 3 horas antes do sol se pôr porque esse templo tem muitas escadas e muitas coisas pra ver. Não deixe de visitar a parte traseira do templo (descendo umas escadas) pra ver as várias bandeirinhas tibetanas.
Pra entrar nesse templo, você precisa pagar 200 rúpias (R$8) pela entrada e pode passear pelo complexo que é bem grande.
– Garden of Dreams (400 rúpias)
É um jardim super bem cuidado que oferece tranquilidade me meio ao caos do bairro Thamel. É preciso pagar uma taxa de entrada de 400 rúpias (R$16), pra poder passear pelo jardim e frequentar o café/restaurante que tem dentro.
Fica aberto das 9:00 às 22:00 (última entrada às 21:00).
– Boudhanath Stupa (400 rúpias)
A Stupa de Boudhanath, uma das maiores estupas esféricas do mundo, é um centro espiritual e cultural significativo para os budistas tibetanos no Nepal. É possível observar os rituais devocionais dos monges e peregrinos.
Tem uma taxa de 400 rúpias (R$16), pra entrar e visitar a estupa. Reza a lenda que os visitantes devem circundar a estupa no sentido horário, em voltas ímpares agradecendo e fazendo pedidos.
– Pashupatinath Aarti (1.000 rúpias)
Pashupatinath Aarti é uma cerimônia hindu noturna de devoção e adoração ao deus Shiva realizada no Templo Pashupatinath. Este ritual vibrante, que ocorre ao longo das margens do rio Bagmati, envolve cânticos, música, danças, iluminação de lâmpadas de óleo e também a cremação de devotos hindus que faleceram.
Com uma taxa de entrada de 1.000 rúpias (R$38), os visitantes podem testemunhar essa cerimônia impressionante e participar da energia coletiva de fé e devoção.
A celebração começa por volta das 18:30, mas é bom chegar um pouco antes pra pegar um lugar sentada, porque fica muito lotado e demora um pouco.
Bhaktapur
Nós fomos de Kathmandu pra Bhaktapur com uma van privada com um amigo do nosso anfitrião do voluntariado. Ele passou o dia com a gente e foi parando em todos os lugares que a gente queria visitar.
Ele nos cobrou 3.000 rúpias (R$116) de cada uma (total de 6.000 rúpias) pra fazer o trecho Kathmandu > Bhaktapur > Nargakot. Saímos de Kathmandu às 10:00 e chegamos em Nargakot por volta das 18:00.
Achamos o valor que eu cobrou muito barato porque foi literalmente o dia todo de translado privado por 3.000 rúpias.
Pra quem quiser contratar essa van privada, o nome dele é Janga e esse é o WhatsApp dele pra quem quiser contratar ele quando for em Kathmandu (ele cobra bem barato): +977 986-8408657.
Mas, tem como você fazer esse translado contratando tour com agências locais, táxi ou ônibus turísticos e ônibus locais.
A gente achou a opção de ir com a van privada muito melhor porque nos deu flexibilidade no nosso roteiro, já que a maioria das agências oferece bate e volta saindo de Kathmandu até Bhaktapur e Patan e a gente queria dormir em Nagarkot pra ver o nascer do sol do Everest.
– Durbar Square (1.800 rúpias)
Durbar Square em Bhaktapur é um dos complexos históricos mais impressionantes do Nepal, repleto de arquitetura medieval e ricas tradições culturais. Esse Patrimônio Mundial da UNESCO é um verdadeiro tesouro de templos, palácios e pátios que refletem a glória do período Malla.
Entre as estruturas mais notáveis da Durbar Square em Bhaktapur estão o Palácio das 55 Janelas, a Golden Gate, o Templo Vatsala Durga e o Templo de Nyatapola.
Essa é a Durbar Square mais cara do Nepal. Pra entrar, você precisa pagar 1.800 rúpias (R$70) na bilheteria (pode comprar na hora mesmo) e depois pode visitar do complexo de templos e monumentos em Bhaktapur.
Tudo que tem pra visitar em Bhaktapur fica dentro da Durbar Square, então dá pra fazer tudo andando e em apenas um dia.
– Palácio das 55 Janelas
O Palácio das 55 Janelas é uma maravilha arquitetônica construída pelo rei Bhupatindra Malla no século XVIII. O palácio é famoso por suas 55 janelas intricadamente entalhadas em madeira, que são exemplos primorosos da arte Newari.
– Lion Gate
A Lion Gate, ou Porta dos Leões, é um portão construído no século XVII que indica a entrada da Durbar Square em Bhaktapur.
– Golden Gate
A Golden Gate é uma das entradas mais impressionantes e artisticamente detalhadas do Nepal. Construída no século XVIII pelo rei Ranjit Malla, essa magnífica porta de ouro e cobre serve como entrada principal para o pátio interno do Palácio das 55 Janelas.
– Pottery Square
Pottery Square é um centro vibrante de artesanato tradicional onde os oleiros locais exibem e vendem suas criações de cerâmica. A praça é repleta de rodas de oleiro e fornos ao ar livre, onde os visitantes podem observar o processo de fabricação de potes, jarros e outras peças de cerâmica.
– Dattatreya Temple
O Templo Dattatreya é um dos templos mais antigos da cidade, datando do século XV. Dedicado ao deus Dattatreya, que é uma tríade de Brahma, Vishnu e Shiva, o templo é conhecido por sua arquitetura pagode e suas intrincadas esculturas em madeira.
– Taumadhi Square
Taumadhi Square é famosa por sua vibrante atmosfera e arquitetura impressionante. O ponto central da praça é o Templo Nyatapola, a estrutura de cinco andares mais alta do Nepal. A praça é rodeada por outros importantes templos e edifícios tradicionais Newari, incluindo o Templo Bhairavnath.
– Bhairavnath Temple
O Templo Bhairavnath, localizado em Taumadhi Square, é dedicado a Bhairav, uma forma feroz do deus Shiva. Esse templo foi construído no século XVII e ampliado no século XVIII, é famoso por sua arquitetura pagode e suas intricadas esculturas em madeira.
– Nyatapola Temple
O Templo Nyatapola, localizado em Taumadhi Square, é um exemplo da arquitetura pagode Newari e é a estrutura religiosa mais alta do Nepal.
Construído pelo rei Bhupatindra Malla em 1702, o templo tem cinco andares e é dedicado à deusa Siddhi Lakshmi. Cada nível do templo é guardado por figuras míticas, incluindo elefantes, leões e grifos.
Nargakot
Depois de ter visitado em Bhaktapur todos os pontos listados acima, nós seguimos de van até Nagarkot (que fica no alto das montanhas).
Antes de Nagarkot, fizemos uma parada no Changu Narayan Temple, que na minha opinião foi um dos templos mais bonitos que visitamos no Nepal e você não pode deixar de conhecer.
Depois desse templo, seguimos, de fato, até Nagarkot (onde iríamos passar a noite). Antes de chegar no nosso hotel, paramos na Nagarkot Tower pra ver a vista lá de cima.
A principal atração de Nagarkot são as trilhas e, é claro, a possibilidade de ver o Everest de longe, mas ainda sim ver a sua grandiosidade (e esse foi nosso objetivo ao dormir em Nagarkot).
– Changu Narayan Temple (400 rúpias)
O Templo Changu Narayan, que está localizado em uma colina a cerca de 12 km a leste de Kathmandu, é um dos mais antigos templos hindus do Nepal, datando do século IV.
Este Patrimônio Mundial da UNESCO é dedicado ao deus Vishnu e é reverenciado tanto pela sua importância religiosa quanto por sua arquitetura excepcional. O templo é conhecido por suas intricadas esculturas em madeira e pedra (tudo muito colorido), representando várias encarnações de Vishnu e outras deidades.
Pra entrar no Templo Changu Narayan, você precisa pagar 400 rúpias (R$16), mas vale cada centavo, porque é realmente um dos templos mais lindos que visitamos no Nepal.
– Nagarkot Tower
A Torre de Nagarkot é um dos melhores pontos de observação do Nepal pra admirar a majestosa cordilheira do Himalaia. Com acesso gratuito, essa torre oferece vistas panorâmicas deslumbrantes, especialmente ao amanhecer e ao entardecer. Em dias claros, visitantes podem ver picos famosos como o Monte Everest e o Langtang Lirung.
– Vista do Monte Everest
A gente reservou um hotel com varanda que tinha vista pro Everest (mas só o pico mesmo). O nome do hotel era Himalayan Glacier e custou $50 dólares a diária. Como estávamos em duas deu $25 dólares pra cada uma.
O ideal é que você acorde pra ver o Everest no nascer do sol (5:30 da manhã). Como é uma região que tem muitas nuvens, nem sempre é possível ver o Everest, mas nós conseguimos ver ele por alguns minutos antes de uma nuvens cobri-lo.
Patan
No dia seguinte, a gente precisava voltar de Nagarkot pra Kathmandu, passando por Patan e decidimos contratar o Janga de novo. Então, quando ele nos deixou no hotel em Nagarkot a gente já acertou tudo pra ele nos buscar no dia seguinte às 10:00 pra gente voltar pra Kathmandu.
Esse é o WhatsApp do Janga pra quem quiser contratar ele quando for no Nepal (ele cobra bem barato): +977 986-8408657.
Ele nos cobrou pra volta 5.000 rúpias no total (2.500 rúpias pra cada uma – R$97) e também foi parando onde a gente queria. Foi ótimo ter contratado ele pra esse tour.
Ele não é guia, mas foi nos contanto algumas coisas da cultura nepalesa num inglês meio tímido, mas que dava pra gente se comunicar.
Então, no total, cada uma gastou com a van privada pra fazer Kathmandu > Bhaktapur > Nagarkot > Patan > Kathmandu: 5.500 rúpias (R$213), que saiu muito mais barato que contratar agências locais.
Patan também não é muito grande e você consegue visitar tudo na metade de um dia, que foi o que fizemos. Praticamente tudo que você vai visitar em Patan fica dentro da Durbar Square, tirando o Mahabouda Temple, que fica a poucos minutos de lá caminhando.
Depois, almoçamos ainda em Patan e seguimos viagem pra Kahtmandu (chegamos por volta das 17:00).
– Durbar Square (1.000 rúpias)
A Durbar Square de Patan é um dos locais históricos mais significativos do Nepal. Esse Patrimônio Mundial da UNESCO, abriga muitos templos, palácios e pátios que datam do período Malla.
É preciso pagar um taxa de entrada de 1.000 rúpias (R$39) na bilheteria antes de entrar (pode comprar na hora mesmo. Não precisa comprar com antecedência).
Entre as estruturas mais notáveis estão o Palácio Real de Patan, o Templo de Krishna e o Hiranya Varna Mahavihar (Golden Temple).
– Golden Temple (Mosteiro Kwa Bahal ou Hiranya Varna Mahavihar) (100 rúpias)
O Golden Temple, também conhecido como Hiranya Varna Mahavihar ou Mosteiro Kwa Bahal, é um mosteiro budista todo trabalhado em ouro e bronze.
Pra entrar nesse templo, você precisa pagar uma taxa de 100 rúpias (R$4) na entrada (não precisa comprar com antecedência)
– Krishna Temple
O Templo de Krishna é famoso por suas belas esculturas em pedra e sua estrutura de três andares. O templo é um dos poucos em Nepal feitos inteiramente de pedra, com detalhes esculpidos que retratam cenas do Mahabharata e do Ramayana.
Ele foi construído no século XVII pelo rei Siddhi Narsingh Malla e é dedicado ao deus Krishna.
– Sundari Chowk, Mul Chowk, Keshav Narayan
Sundari Chowk, Mul Chowk e Keshav Narayan Chowk são três dos mais importantes pátios históricos dentro do complexo do Palácio Real de Patan.
Sundari Chowk é famoso por sua piscina central, Tusha Hiti, adornada com intricadas esculturas e fontes.
Mul Chowk, o maior e mais central pátio, é cercado por templos e santuários dedicados a várias deidades.
Keshav Narayan Chowk abriga o templo de Keshav Narayan, dedicado a Vishnu.
– Vishwanath Temple
O Templo Vishwanath é dedicado ao deus Shiva. Construído no século XVII, o templo é conhecido por sua arquitetura pagode e por suas detalhadas esculturas em madeira e pedra. As figuras de touros Nandi, o veículo de Shiva, guardam a entrada do templo.
– Kumbheshwar Temple
O Templo Kumbheshwar tem cinco andares é dedicado a Shiva e é famoso por seu festival anual de Janai Purnima, que atrai milhares de devotos. O templo possui uma grande piscina sagrada, que se acredita estar conectada ao lago Gosainkunda, situado nas montanhas.
– Mahabouda Temple
O Templo Mahabouda é um exemplo da arquitetura de tijolos e terracota do Nepal. Construído no final do século XVI, este templo budista é inspirado na arquitetura indiana e é conhecido por suas milhares de pequenas imagens de Buda esculpidas em seus tijolos.
O templo é dedicado a Siddhartha Gautama, o Buda histórico, e é um importante local de peregrinação e devoção para os budistas.
O que fazer no Nepal: Sugestão de roteiro de 5 dias
Essa sugestão de roteiro do que fazer no Nepal é apenas para as cidades principais (Kathmandu, Bhaktapur, Nagarkot e Patan) e não inclui dias para fazer trekking e nem os dias de chegada e saída do Nepal.
Então, ao montar o seu roteiro do Nepal, considere um dia pra chegar e fazer a aclimatação (afinal, são muitas horas de fuso horário em relação ao Brasil) e um dia para ir embora.
Além disso, considere adicionar mais dias caso você tenha interesse em fazer um dos trekking famosos do Nepal. Sugiro que fale com o guia local de trekking que eu recomendei (Bisman – Whatsapp: +977 980 1802134).
Dia 1: Kathmandu
– Thamel
– Asan Bazar
– Swayambunath Temple (Monkey Temple) (200 rúpias)
Recomendado ir pra ver o pôr do sol de lá. Chegue umas 2 ou 3 horas antes do sol se pôr porque esse templo tem muitas escadas e muitas coisas pra ver. Não deixe de visitar a parte traseira do templo (descendo umas escadas) pra ver as várias bandeirinhas tibetanas.
Dia 2: Kathmandu
– Durbar Square em Kathmandu (1.000 rúpias)
– Kumari Temple (Kumari Ghar)
– Taleju Temple
– Palácio Hanuman Dhoka
– Hanuman Statue
– Basantapur Durbar
– Kal Bhairav
– Jagannath Temple
– Maju Dega
– Trilokya Mohan Narayan
– Garden of Dreams (400 rúpias)
Fica aberto das 9:00 às 22:00 (última entrada às 21:00).
Dia 3: Kathmandu
– Boudhanath Stupa (400 rúpias)
– Pashpatinath Aarti (1.000 rúpias)
A celebração começa por volta das 18:30, mas é bom chegar um pouco antes pra pegar um lugar sentada, porque fica muito lotado e demora um pouco.
Dia 4: Kathmandu > Bhaktapur > Nagarkot
Bhaktapur
– Durbar Square (1.800 rúpias)
– Palácio das 55 janelas
– Lion Gate
– Golden Gate
– Dattatreya Temple
– Taumadhi Square
– Nyatapola Temple
– Pottery Square
– Bhairavinath Temples
Nagarkot
– Changu Narayan Temple (400 rúpias)
– Nagarkot Tower
Dia 5: Nagarkot > Patan > Kathmandu
Patan
– Durbar Square (1.000 rúpias)
– Golden Temple (Mosteiro Kwa Bahal) (100 rúpias)
– Krisna Temple
– Sundari Chowk, Mul Chowk, Keshav Narayan
– Vishwanath Temple
– Kumbheswar Temple
– Mahabouda Temple
O que são as Kumaris?
As Kumaris, também conhecidas como Deusas Vivas, são escolhidas através de um rigoroso processo de seleção que envolve critérios físicos, astrológicos e testes de coragem.
Origem Familiar: As candidatas devem pertencer à comunidade Shakya ou Bajracharya da casta Newar, que são tradicionalmente budistas.
Características Físicas: A menina deve atender a critérios específicos, incluindo: um corpo sem cicatrizes ou marcas, cabelo e olhos escuros, voz suave, dentes sem falhas, pele macia e lisa.
Compatibilidade Astrológica: O mapa astral da menina deve ser compatível com o da deusa Taleju.
Teste dos 32 atributos de perfeição: A candidata deve passar por uma avaliação baseada nos 32 atributos de perfeição, que incluem várias características físicas e comportamentais. Esses atributos são rigorosamente verificados pelos sacerdotes responsáveis pela seleção.
Teste de coragem: Um dos testes mais importantes é o teste de coragem, que envolve:
– Noite de provas: A menina é colocada em um quarto escuro onde há cabeças de animais sacrificados e outros objetos assustadores. Ela deve mostrar coragem e tranquilidade pra ser considerada digna.
– Resistência e calma: Durante o teste, a candidata deve permanecer calma e destemida, demonstrando que possui a coragem necessária para ser a encarnação da deusa.
Cerimônia para se tornar oficialmente a Kumari
Antes de adquirir o título de Kumari, a menina passa por uma série de rituais de purificação. E se muda pro Kumari Ghar (Templo de Kumari), onde viverá sob cuidados estritos. A Kumari, então, participa de rituais que marcam a sua aceitação como a Deusa Viva.
Vida como Kumari
A Kumari desempenha um papel central em cerimônias religiosas e festivais, sendo venerada por devotos hindus e budistas. Ela permanece no cargo até atingir a puberdade ou mostrar sinais de sangramento, momento em que é substituída por uma nova Kumari.
Como se vestir no Nepal
O Nepal é um país conservador, especialmente fora das áreas urbanas. É recomendado se vestir modestamente, até porque você vai visitar muitos templos nessa viagem.
Então, evite roupas muito curtas, decotadas, colada ou transparentes. Opte por calças, saias longas e blusas cobrindo os ombros.
Você pode usar saias e vestidos até o joelho (não precisa ser até o pé) e pode levar um lenço na bolsa caso seus vestidos ou blusas sejam de alça.
Eu usei vários vestidos longos de alça e não tive problema nenhum (não precisei usar o lenço em nenhum momento). Mas, é sempre bom levar o lenço na bolsa sim pra evitar transtornos.
Esses são os calçados que eu sempre levo pras minhas viagens:
– Tênis: Skechers Arch Fit S-Miles – Mile Makers
– Papete: TEVA
– Chinelo
Onde se hospedar no Nepal
Recomendo que sua estadia base seja em Kathmandu. Não tem necessidade de se hospedar em Bhaktapur e Patan (nem recomendo porque você vai ver tudo em um dia e seguir viagem).
Recomendo que você pegue apenas uma noite em Nagarkot pra tentar ver o Everest no nascer do sol.
Kathmandu
Opções mais luxuosas e mais caras
Lemon Tree Premier Budhanilkantha
Bhaktapur
Nagarkot
Patan
Viajar para o Nepal é perigoso para mulheres?
Eu simplesmente amei viajar pro Nepal. Me senti muito mais segura e acolhida so que na Índia, pra ser bem sincera. Todos no Nepal (homens e mulheres) são muito amigáveis e prestativos.
Eu viajei com uma amiga e a gente fazia tudo andando em Kathmandu e pegava táxi só pra voltar pro voluntariado. Em nenhum momento ficamos com medo de entrar num táxi, mas é claro que a gente não deixava de ficar alerta (sempre colocávamos nosso trecho no Google Maps pra acompanhar pra onde o motorista tava nos levando).
Mas, sinceramente, eu voltaria pro Nepal viajando sozinha sem nenhum medo. Gostei muito do país e achei seguro para mulheres que viajam sozinhas. Eu vi várias mulheres viajando sozinhas não só pelas cidades, mas também se preparando pra fazer as trilhas perto do Everest.
Acho que viajar sendo mulher nos requer atenção sempre, independente do país que estamos indo. Precisamos sempre tomar cuidado, mas no Nepal eu me senti muito bem recebida e acolhida pelo povo nepalês.
Os homens nepaleses olhavam pra gente, não com um olhar maldoso, como os homens indianos faziam. Eles olhavam com um olhar curioso e genuíno.
Mas, ainda sim, recomendo pra mulheres que viajam sozinha que sempre compartilhem sua localização com amigos e familiares, que tenham sempre internet e bateria no celular.
Que evitem andar por ruas escuras sozinhas e que de preferência tenham minimamente um planejamento da viagem compartilhado com amigos e familiares pra que eles possam saber seus próximos passos.
Como foi meu voluntariado numa escola no Nepal
Como esse post é exclusivamente sobre dicas pra você viajar pro Nepal sem perrengue, eu decidi escrever um post completo só sobre a minha experiência do voluntariado.
Eu fiquei 10 dias ajudando uma escola e foi uma vivência transformadora. Eu e uma amiga ajudamos em atividades extracurriculares como ensinar as crianças a usar o computador da escola, estimular a criatividade com dança e canto e também brincar com as crianças.
Nós achamos esse voluntariado pela Worldpackers, nos aplicamos pra vaga e em dois dias recebemos a confirmação. Foi bem simples e eu explico tudo nesse post.
Desconto Worldpackers
Pra conversar com os anfitriões da Worldpackers através da plataforma (de forma rápida e segura) você precisa ser membro verificado e investir $49 dólares por ano.
Use o meu cupom VIDAMOCHILEIRAWP e ganhe $10 dólares de desconto pra viajar quantas vezes você quiser por 12 meses em mais de 140 países ganhando hospedagem, comida e outros benefícios!
Quanto custa viajar pelo Nepal
Os custos podem variar bastante, dependendo do seu estilo de viagem. Mas, aqui está uma estimativa de gastos pra diferentes orçamentos:
Orçamento econômico
Acomodação: $10-20 por noite em hostels ou guesthouses.
Alimentação: $5-10 por dia.
Transporte: $1-5 por dia em ônibus locais.
Atividades: $10-20 por dia.
Orçamento médio
Acomodação: $30-50 por noite em hotéis de 3 estrelas.
Alimentação: $10-20 por dia.
Transporte: $5-15 por dia.
Atividades: $20-50 por dia.
Orçamento luxo
Acomodação: $100+ por noite em hotéis de luxo.
Alimentação: $30+ por dia.
Transporte: $15-30 por dia.
Atividades: $50+ por dia.
Quanto eu gastei na minha viagem de 10 dias pelo Nepal
Quando você decide fazer voluntariado, você que fica responsável pelos seus gastos com transporte, seguro viagem, visto de turista (se necessário) e seus gastos extras que não estão incluídos no voluntariado.
O voluntariado só garante a hospedagem e muitas vezes as refeições. O resto é por sua conta. Nós economizamos muito nessa viagem e pudemos conhecer um novo país por um preço acessível (tirando as passagens, que no nosso caso fforam baratas porque saímos da Índia – em torno de $190 dólares ida e volta = R$1.000).
Confira, abaixo, os meus gastos nesse voluntariado no Nepal:
– $30,00 dólares: Visto de turista de 15 dias
– $50,00 dólares: Contribuição no voluntariado ($5 por dia)
– $98,00 dólares: Souvenirs e lembrancinhas
– 300,00 rps: Bananas e mamão
– 25,00 rps: Oreo
– 50,00 rps: Coca
– 140,00 rps: Croissant
– 400,00 rps: Garden of Dreams
– 250,00 rps: Táxi pro voluntariado
– 115,00 rps: Táxi até o centro
– 1.000,00 rps: Durbar Square Kathmandu
– 1.000,00 rps: Free Walking Tour
– 250,00 rps: Riquexó (tuk tuk bicicleta)
– 1.000,00 rps: Jantar Italiano (cartão)
– 450,00 rps: Táxi até a escola
– 3.400,00 rps: Hotel em Nagarkot (dia de folga)
– 175,00 rps: Táxi até Monkey Temple
– 200,00 rps: Entrada Monkey Temple
– 250,00 rps: Táxi pra escola
– 140,00 rps: Jantar
– 1.800,00 rps: Entrada em Bhaktapur
– 340,00 rps: Limonada + cookie
– 330,00 rps: Torrada + limonada
– 400,00 rps: Entrada Changu Narayan
– 10,00 rps: Estacionamento
– 30,00 rps: Água
– 3.500,00 rps: Transporte Nagarkot (com gorjeta)
– 800,00 rps: Jantar no Hotel em Nagarkot
– 1.000,00 rps: Entrada em Patan
– 100,00 rps: Golden Temple Patan
– 780,00 rps: Almoço Patan (cartão)
– 130,00 rps: Bananas
– 3.000,00 rps: Transporte Kathmandu (com gorjeta)
– 350,00 rps: Táxi até Boudhanath Stupa
– 400,00 rps: Boudhanath Stupa
– 1.000,00 rps: Pashupatinath Temple
– 500,00 rps: Táxi até a escola
– 125,00 rps: Táxi até Thamel
– 250,00 rps: Táxi até a escola
Total: 24.000 rúpias = $180 dólares
$180 (gastos) + $30 (visto) + $50 voluntariado = $260,00 dólares (R$1.372,00)
Se incluir as compras: $260 + $98 = $358,00 (R$1.890,00)
Sem contar os gastos com passagens aéreas.
Eu escrevi um post completo sobre o meu voluntariado numa escola no Nepal.
Como foi a minha experiência de viajar para o Nepal
A minha viagem pro Nepal foi uma aventura transformadora. Desde a agitação caótica de Kathmandu até a serenidade dos Himalaias em Nagarkot, cada dia trouxe novas descobertas e experiências.
A hospitalidade do povo nepalês e as paisagens de tirar o fôlego fizeram desta uma viagem inesquecível. Se você está pensando em visitar o Nepal, vá em frente – o país tem muito a oferecer e certamente deixará uma marca no seu coração.
O voluntariado na escola em Kathmandu também contribuiu pra minha experiência no Nepal ter sido mais do que especial, ela foi realmente transformadora e me permitiu vivenciar a realidade dessa cultura tão rica e tão bonita.
Eu realmente fiquei encantada pelo Nepal e quero muito voltar um dia pra fazer a trilha do Annapurna Base Camp.
Leia também:
Tudo que você precisa saber sobre intercâmbio voluntário
Como viajar sem pagar por hospedagem e comida
Como ganhar dinheiro sendo voluntário da Worldpackers
Como viajar gastando pouco e ganhando dinheiro
Espero que este guia detalhado sobre o que fazer no Nepal tenha sido útil e inspirador pra você planejar a própria voagem por esse país incrível. Se você conhece alguém que quer saber o que fazer no Nepal, compartilha esse post com essa pessoa.
Ahhh! Não esquece de me seguir no Instagram (@vidamochileira) pra acompanhar minhas aventuras em tempo real.
Beijos e até a próxima.
Mary