Salar de Uyuni: Tour de 3 dias (dicas e valores) [Cap.3]
Fizemos 3 dias de tour pelo Salar de Uyuni, começando no Uyuni e terminando em San Pedro do Atacama. Confira aqui dicas, valores e muito mais.BOLÍVIA – CHILE – PERU EM 23 DIAS (ABRIL/2016) POR $ 1.300,00 DÓLARES NA VIAGEM [T-U-D-O MESMO = $1.900,00 dólares]
Cap.3: Salar de Uyuni tour de 3 dias (dicas e valores)
03/4/2016
1º DIA NO SALAR DE UYUNI
A viagem não foi das melhores, mas conseguimos descansar um pouquinho. O bom de fazer viagem noturna em ônibus com deslocamento entre cidades é que você economiza um bom dinheiro de hospedagem e ganha um tempo precioso no roteiro, já que dorme em uma cidade e acorda na outra. Se você não tem problema com longas viagens de ônibus, vale a pena planejar seus roteiros dessa forma.
Sempre que viajo, faço uma pesquisa entre valores x distância x tempo pra ver se vale mais a pena ir de ônibus ou avião. Na América Latina acho que quase sempre compensará mais o ônibus (apesar da gente ter optado pegar avião de La Paz pra Santa Cruz).
Já na Europa vale a pena você fazer os cálculos sim, porque existem companhias low cost que aplicam preços bastante atrativos e, às vezes, mesmo pegando avião e pagando hospedagem ainda sai mais vantajoso que o ônibus. Anyway, não era o caso desse mochilão, mas vale a dica!
Como eu disse, nosso ônibus tinha banheiro com janela panorâmica (rsrs), então fomos tranquilos quanto a isso, mas a galera da 6 de Octubre precisou fazer as necessidades no mato, então já separa seu papel higiênico na mochila de ataque (pros dois casos rsrsrsrs).
A maioria dos ônibus e vans da Bolívia não tem banheiro (a situação melhora no Peru), então se prepare pras adversidades da vida (tipo fazer xixi atrás da roda da van com uma galera dentro dela e um vento frio batendo na sua bunda – sim! Eu fiz isso e me sinto orgulhosa de não ter deixado minha bexiga explodir).
Como falei antes, fechei o passeio do Uyuni com antecedência pela Esmeralda Tour (esmeraldaivan@hotmail.com), mandei email e a Yaneth foi SUPER atenciosa comigo. Ela nos deu desconto e ainda se ofereceu pra nos buscar de madrugada na “rodoviária”. A gente tava mais tranquilo em relação a isso, porque segundo relatos o ônibus te desova no meio do nada e tu fica vagando por aí.
No começo, antes da gente conhecer os outros brasileiros, eu sabia que esse seria um dos dias de medinho porque seríamos só eu e Elisa no meio do nada às 4:20 da manhã (eu achava que era às 4:20), então, só de saber que alguém nos buscaria na “rodoviária” deu um certo alívio.
Assim que compramos as passagens lá em Sucre, eu enviei um email pra Yaneth avisando que pegaríamos o ônibus às 20:00 e que chegaríamos por volta das 4:20 da manhã. A idiota aqui só esqueceu de avisar que íamos pela 11 de Julho e não pela 6 de Octubre como a maioria dos mochileiros faz… Coitadaaaaa da moça cara! Vai lendo pra ver a merda que eu fiz!
Tudo conforme o planejado com exceção de um detalhe: CHEGAMOS 1 HORA ANTES DO HORÁRIO QUE EU TINHA AVISADO!
O ônibus de fato nos desovou no meio de lugar nenhum, tudo escuro, gente estranha, um frio do cacet** e nós parados sem saber o que fazer. Seguiríamos pra algum lugar pra nos abrigarmos do frio? Esperaríamos a mulher?
Tínhamos lido no relato do Rodrigo que uma senhora sempre costuma aparecer dentre a neblina pra salvar mochileiros perdidos. Estávamos até na espera dela, já que não conseguimos avisar à Yaneth que já tínhamos chegado. Massss cara, a senhorinha é ninja!
A gente tava esperando ela chegar, mas ela brotou do chão DO NADA. Eram 6 pessoas na espreita pra ver da onde ela chegaria e a mulher brotou do bueiro cara, só pode! Era o único lugar que a gente não tava olhando rs!
A senhora disse que tinha um café e nos convidou pra ir pra lá, quando ela falou o nome do café (Snack Nonis), na hora já comentei que era a mesma senhorinha que tinha salvado o Rodrigo. Ficamos um pouco mais tranquilos (vai que era golpe, né?
Mochileiro tem que desconfiar até da própria sombra, né?) e seguimos com ela mesmo, mas eu ainda tava preocupada com a Yaneth coitada. Eis que tive a ideia de mandar email pra ela lá do café da senhorinha.
Fomos os primeiros a chegar lá! A galera que tava apertada pra ir num banheiro decente se deliciou com um banheiro sem água e sem papel higiênico (NUNCA ESPERE ENCONTRAR PAPEL HIGIÊNICO NOS BANHEIROS DESSE MOCHILÃO.
Se você for ao banheiro, já leva teu próprio rolo porque de certeza que vai usar. De vez em quando você até vê, mas é tão raro que é melhor se certificar de que tenha sempre um rolo na tua mochila de ataque), onde você mesmo pegava o baldinho dentro de um barril de água e dava “descarga”. Ah! A água do barril também era a água que você lavava suas mãos (por isso aconselho levar um tubinho de álcool em gel).
Carregamos os celulares (uhullll) e já começamos a tentar viçar na internet, mas tu acredita que a senhorinha é malandra e só liga a internet às 5:30 da manhã??? PQP! Fudeu com meu plano de enviar email pra Yaneth!
Começamos a nos esquentar por lá, nos acomodar – afinal seriam 4 horas esperando a Esmeralda Tour abrir – e já preparar os mochilões e as mochilas de ataque para o primeiro dia no Uyuni, isso porque seu mochilão vai o tempo inteiro no teto do carro e tudo que você pode pegar são as coisas da mochila de ataque.
A senhorinha nos deu o cardápio e nos disse que a agência dela abriria às 7:00 pra gente ir lá fechar o passeio com ela. Dissemos que tudo bem, só pra não parecermos rudes, mas nem estávamos interessados não! Rs
Escolhemos um desayuno de 15,00 bolivianos (pão, manteiga, geleia, café e chá de coca – ótimo pra quem já começou a sofrer o mal da altitude como a Elisa que tava só o pó coitada! Tava passando bem mal, toda enjoada e não queria comer nada, sendo que a última refeição dela tinha sido às 18:50 em Sucre, então falei pra ela tomar um chá de coca pra, pelo menos, meter alguma coisa no estômago).
Quando deu 5:30 da manhã eles ligaram a internet e foi a alegria de geral, confere Facebook, Instagram, avisa a família e correee pra mandar email pra Yaneth dizendo que já estávamos em um café e que em vez de duas pessoas seriam seis pro passeio.
Quando deu umas 6h e pouquinha decidimos sair do café e ir procurar a Esmeralda Tour, até porque tavam chegando mais mochileiros e a gente lá, achando que já era de casa!
Pra nossa surpresa a agência era quase na esquina do outro lado da rua, o que nos tomou 5 minutos pra achá-la. Ficamos fazendo hora no banquinho da praça em frente à agência, conversando e contando um pouco mais da vida um do outro, afinal seríamos parceiros de viagem por um bom tempo! É sempre bom saber se não tem nenhum serial killer ou psicopata no mesmo quarto que você, né? rsrsrsrs
Eis que surge uma senhora gritando MARYANA – ELISA… Na hora já pensei: Putz é a Yaneth e ela vai me dar um tiro de tanta raiva por ficar me procurando! Aí eu falei: somos nós, com um sorriso meio amarelo de tão sem graça que eu tava!
Aí (olha issso cara) a senhora diz: Eu sou a Maria, amiga da Yaneth! Poxa to gritando vocês desde às 4:20 lá no ponto da 6 de Octubre. CARACAAAAAA minha cara rachou no chão de tão sem graça que eu fiquei! Geral olhou pra mim já me condenando, né?
Aí depois de pegar todos os pedaços da minha cara no chão e me reconstituir eu disse: Poxaaa vida! Maria, mil desculpas! Nós viemos pela 11 de Julho e chegamos bem antes do esperado.
Nós chegamos às 3:20 e tava muito frio e uma outra senhorinha levou a gente pra um café! Nossaaaa mil desculpas mesmo! Genteeee eu só queria abraçá-la de tão sem graça que eu tava. Aí ela SUPER FOFA: Ahhh! Tudo bem, fiquei preocupada de vocês ficarem no frio.
Desculpas aceitas e eu já emendei no assunto: Agora somos seis em vez de duas, será que tem como todo mundo ficar no mesmo carro? Aí ela disse: A Yaneth chega às 7:30, mas tenho certeza que dá sim!
Pronto, relaxamos de novo e esperamos a Yaneth chegar. Com o tempo, foram juntando mais mochileiros em frente à agência e quando abriu, nós seis corremos lá pra dentro pra sermos os primeiros a serem atendidos!
Yaneth explicou tudo bem explicadinho em inglês e espanhol e no final eu disse que seríamos seis em vez de duas e perguntei se rolava de deixar todo mundo no mesmo carro e ela disse que tudo bem. O valor inicial que ela tinha me cobrado era de 850,00 bolivianos, mas aí na barganha do email eu consegui por 800,00 bolivianos!
Na hora de pagar que foi engraçado. Eu achei que já tivesse fechado com ela pelo email o transfer até o Atacama de graça, mas pra minha surpresa não tinha, ou seja, o que eu não queria fazer desde o início aconteceu: barganhar desconto na frente de um monte de mochileiros!
Falei que já tinha fechado com ela 800,00 bolivianos pelo email e que fomos muito bem recomendados por amigos para fazer com ela e que nem sequer cogitamos procurar em outras agências (de fato não procuramos mesmo não, porque muita gente falou bem dessa e queríamos ter uma experiência maravilhosa, livres de stress em pleno deserto).
Eu disse pra ela que achei que tivesse fechado já com transfer pro Atacama e que tínhamos um amigo que tinha feito o passeio com ela e pagou 800,00 já com transfer, fora que agora em vez de duas pessoas ela ia ter um carro já fechado com seis porque fomos nós que persuadimos eles (kind of rsrsrsrs). Aí ela cedeu e disse que tudo bem por 800,00 já com transfer pro Atacama incluso!!!! \o/
Coitadaaaa! Os outros mochileiros que por acaso também tinham lido o relato do Rodrigo, usaram as mesmas desculpas e conseguiram o mesmo desconto. Desconfio até que tinham mochileiros aleatórios (sem ter nada a ver com a gente ou com o relato do Rodrigo) que se apropriaram do desconto! Mas ta valendo! Sei que a mulher teve que dar desconto pra umas 20 cabeças! Hahahahaha Tadinhaaaaa!
OBSERVAÇÃO: É bom frisar que a Esmeralda Tour é muito bem recomendada, com ótimo atendimento, preço relativamente dentro dá média e é uma das poucas agências que oferece a parada no meio do Salar de Uyuni para ver o pôr do sol.
Caraaaaa é uma experiência única! Imagina você no meio de um deserto de sal ver um pôr do sol incrível e olhar ao redor e não ver nada além das cores maravilhosas do céu e do branco do chão! Sem palavras pra esse momento!
DICA QUENTE: A Fui Gostei Trips é uma empresa de brasileiros que organiza passeios pelo Atacama, Salar de Uyuni e Santiago. Eles têm um atendimento super personalizado e pessoal. Eles identificam o seu perfil e procuram entender o estilo de passeios que você está procurando.
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No meu planejamento, sairíamos às 10:30, mas como já estávamos com o carro fechado perguntamos se não poderíamos sair antes. Yaneth disse que sim e os outros mochileiros pediram a mesma coisa! Hahahahaha
Então, 3 ou 4 carros da Esmeralda tour saíram às 10:00. A Yaneth vai te dar um papelzinho que deve ser muito bem guardado junto com seu passaporte, porque será usado na fronteira da Bolívia com Chile no dia da imigração.
Eram mais ou menos 8:00 quando pagamos tudo. Deixamos os mochilões na agência e saímos só com a mochila de ataque para fazer as compras pros três dias do deserto: galão de água de 5L (dividimos entre eu e Elisa), biscoitos, frutas, papel higiênico, toca quentinha típica da Bolívia…
Aproveitamos para trocar mais um pouco do dinheiro do Vitor, passear pelo mercado de rua que estava sendo armado naquela hora, ir ao banheiro, nos maquiar, trocar de roupa (banho de gato com pano umedecido rsrsrs) e tirar fotos em frente ao monumento de Dakar Bolívar.
Gastamos 46,50 bolivianos cada (eu e Elisa dividimos o valor total) para pagar nossos snacks e nosso galão de 5 litros de água. No mercado de rua, gastei mais 2,00 bolivianos pra ter um rolo de papel higiênico extra no mochilão (nunca se sabe, né?).
Depois de comprarmos tudo, fomos tomar nosso banho de gato com pano umedecido e pagamos 2,00 bolivianos pra usar o banheiro. Estávamos revezando: enquanto dois iam no banheiro os outros quatro iam fazendo as últimas arrumações no mochilão e separando tudo que ficaria na mochila de ataque pra aquele dia.
Tudo muito bem arrumado, todos de “banho” tomado, fomos numa vendinha rapidamente comprar nossas tocas de alpaca e pagamos 20,00 bolivianos nas forradas (bem quentinhas) sem ser dupla face.
Geral tinindo e pronto pros 3 dias e 2 noites no Salar de Uyuni quando fomos lá conhecer nosso guia – Emílio – Ahhhhhh para cara!!! Até o guia era igual ao do Rodrigo! Hahahahaha De fato ele não era muito brincalhão, mas era super parceiro, parava onde a gente quisesse pra tirar foto, mas óbvio que se atentava ao cronograma pra dar tempo da gente fazer tudo!
Colocamos os mochilões no alto do 4X4 e começamos a aventura. Quer dizer, demos uma paradinha pra Elisa comprar bala de coca porque ela ainda tava bem mal.
Algumas dicas para o passeio do Salar:
– Deixe reservado 30,00 bolivianos para o ingresso à Isla Del Pescado (opcional) e 150,00 bolivianos para a entrada da Reserva Nacional Eduardo Avaroa (obrigatóio);
– Leve bastante água dentro do carro (eu e Elisa dividimos um galão de 5 litros e deu tranquilamente, mas certifique-se de que você terá água suficiente para os 3 dias), se seu galão for na parte de cima do carro, só será retirado à noite no fim do passeio;
– Leve snacks como biscoitos e frutas para beliscar durante os passeios, pois o café da manhã, o almoço e a janta estão inclusos no pacote da agência; – Leve óculos escuros (o branco do Salar é tenso pros olhos);
– Use BASTANTE protetor solar no rosto TODO se não quiser ficar bicolores que nem eu, que passei o protetor que nem a minha cara e no final do dia fiquei com uma marca bizarra dos óculos e da faixa que eu tava usando na testa. Ficou ridículo e fiquei com aquela marca por uns 5 dias. De todos os itens, esse é o mais importante, sério!
– Use protetor labial ou vaselina para proteger a boca do sol e do frio;
– Prepare-se para muito sol MESMO, muito vento e MUITO frio;
Agora simmmm começou a aventura!
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#PRIMEIRAPARADA
A primeira parada é bem perto, cerca de 5 a 10 minutos da cidade. É o famoso Cemitério de Trens, que basicamente tem um monte de vagões enferrujados num cenário lindo! Rs
Chegamos junto com os outros carros da Esmeralda Tour e fomos lá tirar umas fotos. Essa atração não tem nada demais, são, basicamente, 20 minutinhos pra galera tirar foto, mas vou te falar que curti! O cenário tava lindo, o céu tava azulzinho e o contraste com aquela cor de ferrugem dos trens tava bem legal!
Subimos nos vagões e tiramos várias fotos. Nego meio que se separava em grupos pelos vagões, mas quando chegamos não tava muito cheio, então deu pra brincar legal! MUITO CUIDADO se você for subir no alto dos vagões, a parada é bem alta mesmo e é velha cara, se tu se cortar lá naquelas ferrugens, vai dar trabalho e ainda vai ter que tomar antitetânica de emergência.
Resumindo vai fuder com a viagem dos amiguinhos! Ahhh! Cuidado com seu celular e equipamentos fotográficos lá no alto, Vitor se descuidou e o celular novo dele foi direto pro chão e adivinhem: a tela quebrou em mil pedaços no segundo dia de viagem. Tava até funcionando, mas já começou ganhando um prejuízo!
#SEGUNDAPARADA
A segunda parada foi na feirinha de Colchani, cheia de artesanatos lindos (mais carinhos rs) e que também abriga o museu de sal. Essa parada foi bem forçada, porque ninguém dentro do carro queria comprar nada e íamos perder 20 minutos lá! Descemos do carro, demos uma olhada e 10 minutos depois começamos a catar o Emílio que tinha sumido. Achamos ele e pedimos pra seguir viagem porque já tínhamos visto tudo. Fomos para a última parada antes do almoço!
#TERCEIRAPARADA
O Vitor perguntou ao Emílio se tinha chovido naquela semana, porque gostaríamos de ver o Salar alagado, nem que fossem algumas poçinhas rs! Aí o Emílio disse que sim e que iria nos levar lá! CARAAAAA meu coração bateu forte na hora! Que sorteeee! Ver o Salar seco e alagado na mesma viagem! Uhulllll
Seguimos mais uns 20 ou 30 minutos até chegar na parte alagada do Salar. Chegando lá só tinha mais um ou dois carros da Esmeralda Tour totalizando 18 turistas se acabando em fotos! Tive meu primeiro imprevisto: mergulhar meu pé nas poças do salar com aquela água bizarramente salgada com meu único tênis pra viagem inteira (a inteligente, né?).
Quem tá na chuva é pra se molhar e quem tá fazendo mochilão é pra curtir. Então, parei com o mimimi dos 5 primeiros minutos, tentando pular nos espacinhos que eu via que tavam meio sequinhos e comecei a caminhar normalmente pelas poças.
Tiramos altas fotos, apesar de achar que a luz do sol na posição que tava não estava favorecendo nossas fotos espelhadas, mas deu pra brincar legal e se divertir! Fora que ver o Salar alagado foi incrível!!!!!
Depois de ter molhado o tênis inteiro e parte da legging com os pulinhos nas poças, seguimos mais uns 30/40 minutos para a parada do almoço.
#QUARTAPARADA
Emílio nos deixou tirando as fotos em perspectiva (achamos um dinossaurosinho no carro dele e nos acabamos rsrsrsrsrs), enquanto ele ia preparar nosso almoço. Tiramos várias fotos, mas nenhuma ficou 100% perfeita. Essa parada de perspectiva não é tão simples quanto nego acha não! Difícil pra CARALH* e tem que ter MUITA paciência!
Mas tudo bem, ficamos lá tentando várias poses e depois que cansamos, fomos tirar a foto no monumento oficial do Dakar Bolívar e depois seguimos pro monumento das bandeiras de vários países.
Cansados de tanto sol e fotos (mentiraaaa eu nunca me canso de foto. NUNCA!) nós entramos na tenda e fomos almoçar. A comida tava bem boa. Era carne de vaca, salada, arroz de quinoa e banana de sobremesa. Tinha também uma coca-cola quente, mas preferimos nossas águas. Comemos tranquilos e saímos para tirar mais fotos (óbvio, né?) enquanto o Emílio guardava tudo pra partimos pra próxima parada!
#QUINTAPARADA
Sabeeee aquela fadiga e aquela moleza que bate depois do almoço? Aquele soninho… Então, demos uma cochiladinha básica e depois de uns 45 minutos Emílio diz: chegamos. Olhamos meio que: chegamos aonde? E ele disse que aquela era a parte principal do Salar seco, onde dava pra ver as rugosidades do solo, tipo deserto normal, mas branco! Lindoooo!
Tratamos logo de acordar, pegar as máquinas e os celulares e sair andando! Vitor queria fazer xixi e Elisa queria tirar uma foto sem blusa e eu queria curtir a imensidão daquele branco e tirar mais fotos. Ficamos lá nos acabando com mais poses, pontes, acro-yoga mal feita, perspectivas… Depois de uns 20/30 minutos de pura diversão e encantamento partimos pra próxima parada.
#SEXTAPARADA
Emílio disse que a próxima parada ia demorar uns 30/40 minutos… #partiusoneca! A gente tá nesse mood bipolar: entrava no carro e cochilava e saia do carro como se nem tivesse cochilado! Era tanta disposição que a gente achava graça!
Começamos a avistar de longe a Isla Del Pescado, lindíssima!!! Essa ilha é famosa por seus cactos gigantes. Saímos do carro já saltitando de euforia! Pagamos os 30,00 bolivianos da entrada, que é opcional.
Quem não quiser conhecer pode ficar lá embaixo esperando 1 horinha. A alegria acabou depois que subimos a primeira escada (lá vem o mal da altitude de novooo! #sacoisso). Caraaaaa a gente se cansou na primeira escada e ainda faltavam algumas pelo caminho até o topo.
Força na peruca e fomos subindo, quase parando, mas fomos! Muita falta de ar e cansaço, mas depois de uns 30 minutos chegamossssss! \o/ Tiramos altas fotos e paramos pra contemplar a beleza que era aquele lugar rodeado por aquele deserto branco maravilhoso!
Uma curiosidade sobre esses cactos é que eles crescem 1cm a cada ano. Alguns deles chegam a 12/14 metros de altura!
Descemos numa velocidade um pouco mais rápida que a subida e fomos pro carro partir pra última parada antes do hostel!
#SÉTIMAPARADA
Seguimos viagem para o momento mais esperado do dia: o pôr do sol!
Depois de uns 40 minutos chegamos ao lugar ideal: a imensidão do Salar com algumas montanhas no horizonte formavam o cenário perfeito para um pôr do sol inesquecível. Nesse lugar só tínhamos nós e mais um carro da Esmeralda Tour com a galera que acabou virando nossos amigos já que a gente se encontrava com frequência!
Caminhamos um pouco mais para o lado pra vermos o sol na sua totalidade, quando íamos seguindo mais para direita conseguíamos ver a metade de um arco-íris ou uma parada bem louca muito colorida perto do sol (uma pena a máquina não ter conseguido registrar esse fenômeno)!
O céu estava maravilhosamente lindo, cheio de cores e o pôr do sol estava magnífico. Nós começamos a tirar algumas fotos e já começamos a perceber que o sol estava se pondo bem rápido. Ao mesmo tempo em que é sensacional é também muito rápido. Então, não deem bobeira e contemplem essa experiência única!
Uma paz te invade o coração e quando você dá um giro 360º e vê a sua pequenez frente àquela imensidão branca só te dá vontade de ser grato por tudo aquilo. Sério! Muita gratidão por ter tido oportunidade de vivenciar esse momento! As fotos não representam nem metade da beleza que foi ver aquele pôr do sol ao vivo.
#OITAVA PARADA E ÚLTIMA
Emílio disse que levaria mais uns 45 minutos até o hotel de sal, então já começamos a ligar o modo soneca, mas antes disso, nós presenciamos uma estrada super ruim que teríamos que percorrer por alguns quilômetros num friozinho do mal. Sério! Era muito buraco e essa estrada era de terra, então a gente sacolejava muito dentro do carro!
Finalmente, chegamos ao hotel de sal e Emílio já foi logo mostrando pra gente nossas acomodações. Eram quartos de dois, então nos dividimos pela primeira vez em dois dias de viagem! Hahahaha
OBS: Tire, pelo menos, 5 minutos para apreciar o céu estrelado. Que coisa maravilhosa!
O hotel era bem confortável e, de fato, de sal (demos uma lambida rápida na parede só pra ter certeza… sim! Que nojooo! Mas não conseguimos resistir). Como sabíamos que tinha chance de acabar a água quente eu e Elisa já corremos pra tentar tomar banho logo, mas aí a senhorinha que fazia o jantar cortou nossos planos e disse que o jantar já tava saindo.
Não quisemos ser rudes, então deixamos as coisas no quarto e ficamos esperando a comida na mesa. O jantar foi bem bom: De entrada tivemos sopa e de prato principal tivemos carne com bata-frita e de sobremesa tivemos pêssego.
Chegou a hora do banho e quando fomos ver, só tinha um banheiro pra galera TODA tomar banho e tinha nego deixando de comer pra ficar na fila. Aí me deu um negócio e fui lá organizar (tenho problemas com organização, se eu vejo algo bagunçado me dá nervosinho e quero logo arrumar).
Criei uma lista de espera onde a galera colocava o nome na ordem que ia chegando. Então, basicamente, se você fosse o 7º da fila não tinha necessidade de ficar lá em pé se era o 2º que tava tomando banho ainda.
Definimos que quem tinha que esperar na fila era só a pessoa seguinte e aí a pessoa que saísse do banho, via a lista e chamava o próximo pra esperar (fez sentido?). Aí geral curtiu a ideia e foi show de bola de fato.
A galera comeu em paz sem se preocupar com a fila. A senhorinha depois veio avisar que o banho custava 10,00 bolivianos, mas todos já estavam cientes disso e alguns pagaram durante a noite e outros pagaram pela manhã.
Lemos em algum relato que a água quente acabava, mas acredito que todos tomaram banho quente durante a noite (Arthur era o 9º e tomou banho quente), mas pela manhã quem arriscou tomar banho, tomou frio mesmo.
OBSERVAÇÃO: A segunda noite no Salar é sem banho, então, faça questão de tomar banho no primeiro dia, porque no segundo não tivemos nem a opção de banho quente ou frio. Teve que ser banho de gato com paninho umedecido mesmo!
Enquanto jantávamos tinha um mar de adaptadores em cima de uma mesa com, pelo menos, uns 20 eletrônicos, dentre eles: celulares, gopro, baterias, carregadores de pilha… Eu deixei o meu lá até acabar de tomar banho, mas quando fui dormir levei comigo (nunca se sabe).
Banho tomado, celular carregado, comida no estômago e muita animação pro dia seguinte, foi assim que acabamos nosso primeiro dia no Salar de Uyuni!
SALDO DO DIA:
– Bs. 15,00 – Café da manhã
– Bs. 800,00 – Tour de 3 dias e 2 noites pelo Uyuni
– Bs. 2,00 – Papel higiênico
– Bs. 46,50 – Biscoitos+ frutas + água
– Bs. 2,00 – Banheiro
– Bs. 20,00 – Toca de Alpaca
– Bs. 30,00 – Isla Del Pescado
– Bs. 10,00 – Banho no hotel de sal
TOTAL: Bs. 925,50
PRÓXIMO CAPÍTULO: (Cap. 4) Lagunas Altiplânicas, desertos, muitas fotos e o mal da altitude
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Confira o Capítulo 2: