Roteiro de baixo custo pelo México (12 dias)
RELATO ESCRITO POR DANIELA CUNHA
Oiii Gente!
A Dani é uma super parceira do Vida Mochileira e já escreveu vários posts incríveis aqui na seção Outras Vidas Mochileiras. Depois de escrever posts maravilhosos como o da conexão em Pequim, Chapada dos Guimarães e Rota das emoções no nordeste brasileiro, a Dani escreveu esse post completo sobre como viajar pelo México de forma econômica (Cidade do México,Playa Del Carmen, Tulum e Cancun) com direito a conexão de 16h na Cidade do Panamá (isso será pauta de outro post).
Vamos agora ao relato da Dani…
O planejamento inicial era viajar para a Colômbia e fazer o tradicional roteiro Cartagena- San Andrés, mas as passagens para viajar em fevereiro/2019 estavam caríssimas e, para minha surpresa, na black Friday aumentaram ainda mais. Eis que surge uma promoção da Copa Airlines “Belo Horizonte- Cidade do México” por R$ 1.334,00 reais! Pensei logo de cara: É para lá que eu vou!!!
A duração da viagem foi de 12 dias, divididos em hospedagens pela Cidade do México, Playa Del Carmen, Cancun e uma diária na Cidade do Panamá.
Fomos em um grupo de 4 amigas e o nosso roteiro se desenvolveu desta forma:
Nesse post você vai ler:
Parte 1: Cidade do México
Dia 11/02 (segunda feira) – Belo Horizonte – Cidade do México
Embarcamos em um vôo bem cedinho (2:30 da manhã!) de Belo Horizonte a Cidade do Panamá e de lá pegamos o nosso vôo para a Cidade do México .
A imigração no aeroporto da Cidade do México foi muito tranqüila e apenas me perguntaram quantos dias eu ficaria no país e quais cidades eu iria visitar.
Ainda no aeroporto resolvi colocar um chip mexicano no celular e paguei o valor de 200 MXN (aproximadamente 10 dólares) para 2GB de internet da AT&T. Aproveitamos para trocar um pouco de dinheiro e a cotação foi 17.75 MXN por dólar. Trocamos apenas 50 dólares cada uma, mas depois me arrependi de não ter trocado mais pois tivemos dificuldade de encontrar casas de câmbio próximas do nosso hotel. No Zócalo (região do centro histórico) a cotação no geral era de 18 pesos por dólar.
Desistimos de chamar um Uber no aeroporto pois éramos quatro pessoas, com uma mala grande cada uma, mais as bagagens de mão, e sendo assim, precisaríamos de um carro grande. Na saída do terminal tem várias empresas de Táxis oficiais e o preço varia muito de uma empresa para outra.
O valor da corrida vai depender da região da hospedagem e se existe a necessidade de um carro maior. No nosso caso, por exemplo, se estivéssemos apenas com as bagagens de mão a corrida para o nosso hotel seria 230 pesos mexicanos mas como precisávamos de um carro maior, a corrida foi 315 pesos. O preço é tabelado e você já paga no guichê antes de sair do aeroporto. A empresa que utilizamos, e que estava mais barata que as outras, foi a Sitio 300.
Escolhemos nos hospedar no Centro da cidade, no Hotel Castropol, algumas quadras de distância caminhando do Zócalo, centro histórico. A localização do hotel é excelente, pois existem muitas atrações à curta distância de caminhada do hotel, mas infelizmente a diária não inclui café da manhã. Existem lojas de conveniência próximas onde se pode tomar café (7 eleven e OxxO) e o hotel também possui um restaurante onde é possível pagar à parte e fazer as refeições.
A estação de metrô mais perto do hotel se chama Pino Suarez, mas a estação Zócalo também é próxima.
Atrações localizadas na região do hotel: México city museu, Zócalo, Catedral metropolitana, Templo Mayor, Bellas Artes Palace e Torre latino.
Neste primeiro dia resolvemos apenas conhecer a região a pé e nos concentramos mais no Zócalo, onde aproveitamos para almoçar num restaurante da região.
Achei os preços no Zócalo um pouco elevados para alimentação. Almoçamos em uma rede de restaurantes chamada Vips e o preço da comida mais uma limonada foi 203 pesos mexicanos .
Dia 12/02 (terça feira) – Cidade do México – Pirâmides de Teotihuacán e Basílica de Guadalupe
Antes de viajar tinha lido bastante à respeito de como fazer os passeios por conta própria e já sabia que não era difícil conhecer as famosas Pirâmides de Teotihuacán sem depender de nenhum tour. Perguntei na recepção do hotel qual era o valor do tour, só para ter uma base, e as agências oferecem o passeio por 550 MXN, incluído uma parada para conhecer a Basílica de Guadalupe e também uma “parada comercial” em um mercado de artesanato. Para fazermos o passeio por conta própria gastamos 194 MXN (transporte e entrada), ou seja, bem menos do que a metade do valor do tour!
Para chegar nas Pirâmides é necessário pegar o metrô e descer na estação “Autobuses del Norte”, que é tipo uma rodoviária brasileira. Ao descer da estação, ela se localiza logo em frente e de lá se pega o ônibus com direção às Pirâmides. Na “rodoviária” basta perguntar no balcão de informações qual o guichê em que se compra as passagens para as Pirâmides que eles te direcionam ao local certo. A duração da viagem é de cerca de 1 hora e no trajeto de ida fomos em um ônibus bem pau de arara mesmo, com música barulhenta e algumas paradas no trajeto. Na parada das Pirâmides o motorista gritou avisando que havia chegado (não sei se todos fazem assim!). Compramos os tickets de ida e volta separados, para não ficarmos presas com horário (o valor da passagem não se altera se comprar assim).
Gastamos cerca de 2 horas explorando o local, mas não chegamos a subir até o final das Pirâmides (Sol e Lua), penso que talvez o tempo ideal para fazer tudo seja 3 horas.
Achei Teotihuacán uma das melhores atrações da viagem e, na minha opinião, é mais interessante do que a famosa Chichen Itzá.
Demos muita sorte que o dia estava com temperatura mais amena (época de inverno no hemisfério norte) e não sofremos muito com o sol, mas em outras épocas penso que o passeio pode ser mais exaustivo já que não há lugares para se esconder do sol no local. Duas dicas à respeito deste passeio: vá de tênis ou sapatilha (não fui e me fez falta!) pois tem muito cascalho e poeira e leve sua garrafa de água mineral pois no local o preço é bem salgado!
Na volta saímos nem uma das portarias do local e onde é possível pegar o ônibus de volta à Cidade do México e aproveitamos para almoçar em um restaurante bem simples perto da portaria (80 MXN).
Como queríamos ir na Basílica de Guadalupe, pedimos ao motorista do ônibus para descermos próximo à alguma estação de metrô e de lá pegamos o trem para visitar a igreja. Existe a igreja antiga (mais bonita!) e a igreja nova (onde estava sendo realizada a missa), no mesmo local, bem perto da estação de metrô.
Uma consideração sobre o serviço de Metrô na Cidade do México: É possível ir às principais atrações turísticas através de metrô pois a cidade é servida por diversas linhas, de cores diferentes e, de acordo com a estação mais próxima da sua hospedagem, é só olhar nos mapas disponíveis na parede quais linhas você deve pegar para chegar na atração pretendida. No geral, as estações têm o mesmo nome da atração turística. E o melhor de tudo é o custo da viagem: 5 MXN, ou seja, pouco mais de 1 real!!!!
À noite chamamos um Uber e fomos em um pub chamado “Pata Negra” no bairro La Condesa, onde se concentra parte da vida noturna da Cidade do México. O bar não cobra couvert e os preços das bebidas são similares aos preços do Brasil. A corrida do Uber foi cerca de 82 MXN na ida e 89 MXN na volta.
Alguns gastos do dia:
Café da manhã: 44 MXN
Metrô: 5 MXN x 3= 15 MXN
Ônibus para as Pirâmides- 104 MXN (ida e volta)
Entrada das Pirâmides: 75 MXN.
Almoço: 80 MXN
Água 1,5l- 90 MXN
Dia 13/02 (quarta feira) – Cidade do México (Castelo de Chaputelpec e bairro La Condesa) – Cancun-Playa del Carmen
Neste dia a programação inicial era ir ao Bosque e Castelo de Chaputelpec e em seguida ir ao Museu da Frida Kahlo em Coyoacán mas acabamos abortando a visita ao Museu pois o bairro onde ele se localiza é um pouco distante e como à noite voaríamos para Cancun, preferimos deixar para visitá-lo no finalzinho da viagem (o que não fizemos também…rs).
O Castelo de Chaputelpec fica dentro do Bosque de mesmo nome e localiza-se próximo da estação de metrô “Chaputelpec” e novamente utilizamos este meio de transporte durante todo o dia. O lugar é muito bonito e é necessário fazer uma pequena caminhada para chegar até a entrada do Castelo. Não é permitido entrar com água e nem alimentos e tivemos que jogar nossas garrafinhas no lixo na entrada da atração.
A entrada no Castelo custa 75 MXN e caso a pessoa queira fazer filmagens é necessário pagar uma taxa extra. Nas Pirâmides também tem esta mesma regra.
Após a visita ao Castelo, resolvemos ir bater perna e almoçar no bairro La Condesa. Na chegada ao bairro começou a chover e procuramos um shopping nas redondezas para almoçar e esconder da chuva. No bairro não tinha muita coisa interessante para se visitar durante o dia e logo depois do almoço retornamos ao Zócalo de metrô.
No final do dia retornamos ao nosso hotel e ficamos no lobby aguardando o horário de ir para o aeroporto. Resolvemos combinar a corrida com o mesmo taxista que nos levou do aeroporto para o hotel no 1ª dia e utilizamos os serviços dele na volta de Cancun também.
Compramos o trecho Cidade do México- Cancun (ida e volta) pela companhia Interjet por 432 reais. A tarifa permitia além da bagagem de mão, uma mala despachada de 25kg e também incluía um snack com uma bebida durante o vôo. Gostei de voar pela companhia, avião confortável (A320), pontual e, na época da compra do bilhete, estava com o preço mais em conta do que suas outras concorrentes (Viva Aerobus e Volaris).
O horário do nosso vôo era muito ruim (23:15 min) e chegamos em Cancun 2:20 da manhã. Devido ao horário de chegada, não havia ônibus com destino a Cancun e as únicas opções eram: contratar um táxi credenciado dentro do aeroporto ou arriscar a contratar um táxi fora do aeroporto. Optamos por fechar com o táxi credenciado já que havíamos lido muitas histórias ruins com os taxistas mexicanos. O preço total do traslado do Aeroporto de Cancun para Playa Del Carmen, já incluído o traslado de volta, Cancun para Aeroporto de Cancun, ficou em 375 MXN por pessoa.
Lembrando que Playa Del Carmen é mais distante que Cancun e o trajeto durou uns 40 minutos.
Chegamos no nosso Airbnb já era bastante tarde e o proprietário estava nos aguardando na porta do condomínio para nos receber.
O apartamento é bem localizado, confortável e ideal para até 6 pessoas. Gostei da hospedagem e recomendo! O apartamento possui 2 quartos, 3 banheiros, cozinha completa e o condomínio ainda possui vigia no período noturno e piscina (não usamos pois não sobrava tempo!). Como éramos 4, cada diária saiu em média 80 reais por pessoa.
Parte 2: Playa Del Carmen, Tulum e Cancun
Dia 14/02 (quinta feira) – Playa del Carmen – Ruínas de Tulum
Não conseguimos acordar muito cedo já que devido à viagem no período noturno, fomos dormir já era bem mais do que 4 horas da manhã. Não recomendo este horário de vôo, pois acaba comprometendo algumas horas de passeio no dia seguinte.
Escolhemos ir conhecer as ruínas de Tulum e a praia pública que se localiza logo abaixo das ruínas. O lugar é facilmente acessível de van e difícil é entender como algumas agências de turismo cobram a partir de 79 dólares por um tour que não requer nenhuma complexidade para se fazer por conta própria!
No centro de Playa Del Carmen na rua 2, entre as avenidas 15 e 20, é o ponto de embarque das vans com destino a Tulum. Existe uma pequena fila e as vans vão saindo à medida que completam suas locações.
Na mesma estrada de Tulum estão localizados os principais parques e cenotes da região e o valor a ser pago dependerá do ponto de desembarque, que deve ser informado ao motorista no momento do embarque.
Até o nosso ponto de descida, o valor era de 45MXN, e a entrada para as ruínas foi 75 MXN. Após percorrer as ruínas, é só descer uma escadinha e aproveitar a praia pública que se localiza em frente. A praia é pequena e fica bem cheia, mas tivemos a sorte de encontrar uma sombra para relaxar.
Logo na entrada das ruínas existem diversos quiosques escritos “Informação Oficial” Mas na verdade são agências de turismo tentando vender tours de snorkel pelas praias da região, no valor inicial de 65 dólares, e que eles vão abaixando o preço até 45 dólares. Optamos por não fazer nenhum destes tours.
Depois de curtir as ruínas e a praia, almoçamos em um restaurante localizado perto do letreiro escrito “Tulum”, antes de pegar a van de volta à Playa Del Carmen. A comida estava muito gostosa e o preço do restaurante era bem justo.
Outras atrações que pode-se combinar no mesmo dia são o Grand cenote, a praia de Akumal ou um passeio pelo centro de Tulum. Não fizemos nenhum deles, pois saímos do apartamento já era mais de 11h neste dia.
À noite, fomos conhecer e bater perna na famosa 5º avenida, onde se concentra o movimento noturno na cidade de Playa. Existem diversas lojinhas, restaurantes, bares, agências de turismo e casas de câmbio na rua, que é bastante animada e movimentada também.
Dia 15/02 (sexta feira) – Cenote Azul e Cenote Dos Ojos
Novamente pegamos a van em direção à Tulum e a primeira parada foi até o Cenote Azul. Pagamos 45MXN no trecho e a van para na entrada do Cenote.
O Cenote Azul é um dos mais próximos de Playa Del Carmen e acredito que seja um dos que tenha a entrada mais barata também, 100 MXN. Na entrada eles orientam para não se fazer uso de protetor solar para proteger o ecossistema.
Não é necessário andar muito do ponto de administração até o cenote propriamente dito. Dentro da localidade existem diversos cenotes e até chegar no Cenote Azul existem alguns cenotes menores.
O Cenote Azul é um cenote aberto e a incidência do sol torna a água com uma coloração maravilhosa!!! Não vi nenhuma estrutura de vendas de alimentos ou bebidas no local, então, o ideal é que você leve a sua água e algum lanchinho para matar a fome.
Ficamos um tempo neste Cenote e depois nos dirigimos à entrada na rodovia para pegarmos a Van com direção ao Parque dos Ojos, onde se localiza o Cenote dos Ojos. Novamente, pagamos mais 45 MXN para este trajeto.
No Parque dos Ojos se localizam diversos cenotes, sendo o mais famoso o complexo “Dos ojos”, constituído pelos ojos uno e dos. Na entrada do Parque um funcionário faz a apresentação dos diversos pacotes disponíveis para se conhecer os cenotes do Parque e os valores variavam desde 350 MXN para conhecer apenas os dois Ojos até 600 MXN para conhecer outros cenotes. Optamos por conhecer apenas o complexo “Dos ojos”, pois era o passeio em cenote que mais tinha me interessado quando estava planejando a viagem.
O Parque é muito grande e a distância até os “Dos ojos” pode ser percorrida a pé ou você pode contratar um dos motoristas que ficam disponíveis na entrada para te levar e depois buscar na entrada dos cenotes. Optamos por contratar um motorista e pagamos 50 MXN para cada trecho
Os dois ojos estão localizados em cavernas inundadas de água com uma tonalidade bem azul onde é possível nadar ou fazer atividades de mergulho. Achei o “Ojo uno” mais bonito e com a água muito mais azulada do que o “Ojo dos”, apesar dos dois serem muito parecidos entre si. Definitivamente, se você estiver na região de Playa Del Carmen, não pode deixar de incluir este passeio no seu roteiro!
Na entrada do ojo uno estavam disponíveis coletes salva vidas dispostos em uma pedra, mas não utilizamos. Não alugamos armários, deixamos nossas coisas em frente ao cenote, visualmente acessíveis para nós, e não tivemos nenhum problema.
Este passeio é muito fácil de ser realizado por conta própria e alguns sites de agências de turismo cobram até 159 dólares pelo mesmo. Difícil entender esta lógica já que não há dificuldade no trajeto e nem custos que justifiquem oferecerem este tour por um preço tão absurdo…
Depois de nadarmos nos dois olhos e tiramos muitas fotos incríveis, resolvemos almoçar no restaurante próximo à entrada do cenote, que tinha preço justo e uma comida bem gostosinha. Paguei 204 MXN em um filé de peixe grelhado ao alho com arroz, salada e legumes mais uma coca cola. Mandei mensagem ao motorista para que pudesse nos buscar no estacionamento mas para minha surpresa, ele já estava nos esperando!
O motorista nos deixou na entrada do cenote, atravessamos a rodovia e o motorista de uma Van já nos acenava para embarcarmos. Pagamos 45 MXN e retornamos ao centro de Playa Del Carmen.
Passamos no Walmart para compramos algumas comidinhas e para fazermos pequenas comprinhas. Para quem conhece o Walmart dos Estados Unidos, o do México é muito semelhante, até mesmo nos preços, e vale muito a pena comprar além de comida, chocolates (Lindt barato!), produtos de belezas, bebidas e lembrancinhas locais.
À noite fomos novamente curtir a 5ª avenida e tentar contratar um passeio para Chichen Itza, pois devido à distância do local é recomendável a contratação de um tour.
Em uma barraquinha contratamos o tour para Chichen Itza, incluso almoço Buffet (sem bebidas), visita a um cenote e passeio por Valladolid (cidadezinha colonial) por 40 dólares e, considerando tudo que foi oferecido no pacote, achei o tour muito bem pago!
Dia 16/02 (Sábado) – Tour Chichen Itza + Cenote X Cajun + Valladolid
O ponto de encontro para início do passeio era em frente à Coco Bongo de Playa Del Carmen às 8:45 min. Neste ponto de encontro saem diversos tours, de várias empresas e os motoristas das vans ou ônibus vão no local com uma lista e chamam as pessoas pelo nome.
Este passeio é um dos mais cansativos já que retornamos ao centro de Playa Del Carmen quase 22h, devido à distância percorrida e também por ter várias paradas no tour.
Depois do ponto de encontro o motorista passou em vários hotéis para pegar alguns passageiros e isso levou um grande tempo.
A primeira parada do tour é em um centro de artesanato, onde também se localiza o restaurante conveniado para o almoço que estava incluso no tour. Todos recebem no local uma pulseirinha que dá direito à entrada no restaurante e no cenote X-Cajun e também o ingresso para entrada em Chichen Itzá.
O almoço era em sistema Buffet, incluso a comida e a sobremesa e as bebidas deveriam ser pagas à parte. Tomei um suco e custou 40 MXN mais a gorjeta do garçom (propina) e aqui abro um parênteses à respeito das gorjetas no México: como no geral não vem descrito na conta, os garçons são muito insistentes e enfáticos à respeito das “propinas”…acho que deve ser porque brasileiro tem uma fama de não gostar de dar gorjeta!rs
Após o almoço, com direito à um show de dança típica, nos dirigimos à Chiché Itzá, que não se localizava muito longe do restaurante.
O motorista/guia avisou que teríamos 2 horas disponíveis no local e conduziu o grupo para um outro guia que faria um tour explicativo de 1h no local e depois teríamos mais 1 hora livres para circular.
Foi entregue uma garrafinha de água por passageiro do tour! Achei esta iniciativa muito legal!
A famosa pirâmide de Kukulcan não se localiza muito distante da entrada do local mas devido ao sol escaldante que afeta a localidade em dias quentes, eles oferecem a locação de sombrinhas no local.
Assistimos apenas a apresentação inicial do guia e preferimos rodar o local por nossa conta.
Após o término do passeio, nos dirigimos ao cenote X Cajun onde nos foi oferecido apenas 1 hora no local. No trajeto até o cenote, o tour disponibilizou cerveja, água e coca cola para os passageiros!
O X-Cajun é bem estruturado, tem restaurante, vestiário, duchas, piscina e é possível alugar coletes salva vidas na entrada por 34 MXN. Achei pertinente alugar pois a profundidade do cenote é de 45 metros!!!
No cenote fica um barquinho com um salva vidas observando os turistas e pronto para intervir caso haja algum incidente.
Este cenote é do estilo “buraco” e a água é mais escura do que os outros que visitamos. A temperatura da água estava deliciosa, principalmente após o período de sol em Chichén Itzá!
Após o curto período no cenote, nos dirigimos a ultima parada do tour, Valladolid. A cidadezinha é super charmosa! Ficamos rodando o local em volta da praça principal e aproveitamos para assistir uma encenação “maia” que ocorreu na praça e para comer coisas típicas da região que eram vendidas nas barracas na praça, tais como Marquezitas e Churros.
Em seguida, nos dirigimos de volta à Playa Del Carmen e fomos deixadas no mesmo ponto de encontro inicial.
Dicas para o dia: Eu fortemente recomendo que você não esqueça seu chapéu e sombrinha para o tour de Chichen Itzá! O sol no local é realmente poderoso! Além disso, se você é uma pessoa que bebe muita água leve a sua garrafinha!
E para o dia posterior a este tour, programe um passeio mais leve, pois no final do dia chegamos exaustas depois de mais de 13h de passeio!!!
Dia 17/02 (Domingo) – Playa Del Carmen – Cancun
Juntamente com o tour para Chichen Itzá, havíamos adquirido no mesmo quiosque um tour completo para Cozumel, incluindo a balsa e um passeio de lancha para os arquipélagos de El cielo, El cielito, Palancar e Colômbia, com almoço e bebidas liberadas, por 910 pesos. Entretanto, na manhã de realização do passeio fomos informadas via mensagens sobre o cancelamento do mesmo pois devido à fortes ventos não seria possível fazer o passeio de lancha.
Fiquei muito frustrada com o cancelamento já que estava ansiosa para conhecer El cielo, um lugar onde se pode ver diversas estrelas do mar sob as águas…
Para este dia havíamos programado fazer este passeio e em seguida irmos para Cancun, onde havíamos reservados as próximas três noites de hospedagem. Com o cancelamento, resolvemos ir mais cedo para Cancun, mas arrependo de não ter ido pelo menos conhecer a ilha de Cozumel através das balsas, sem o passeio de lancha.
Tivemos bastante trabalho para ter o dinheiro do passeio reembolsado mas no fim, conseguimos trocar por um combo de jantar em um restaurante + ingresso open bar da Coco Bongo de Cancun.
Resolvemos ir para Cancun de ônibus e embora a estação ADO fosse algumas quadras caminhando do nosso Airbnb, estávamos com malas pesadas. O proprietário do apartamento gentilmente levou nossa bagagem de carro e fomos caminhando para a estação.
A passagem de ônibus de Playa Del Carmen para Cancun custa 78 MXN, mas existem Vans que fazem o mesmo trajeto por 50 MXN, então, se você não tiver bagagens, é melhor ir de Van.
Em Cancun nos hospedamos em Downtown Cancun (Centro da cidade) e escolhemos o Kavia Hotel, relativamente próximo da rodoviária. O táxi até o hotel foi 70 MXN.
Chegamos antes do horário do check in e como os quartos ainda não estavam disponíveis, fomos almoçar em um restaurante do lado do hotel. Depois do almoço pegamos um ônibus bem próximo ao hotel com destino à zona hoteleira de Cancun, onde ficam as praias e os famosos resorts.
O ônibus com destino a zona hoteleira é o R-1, que passa quase que de minuto em minuto (estou falando sério!) e custa 12 MXN o trecho.
Descemos em frente a famosa Cocobongo e nos dirigimos para a praia localizada atrás da boate. Provavelmente por ser domingo, a praia estava lotada!!! E a minha primeira impressão de Cancun não foi das melhores.
Os preços no local eram caríssimos! Para se alugar um guarda sol com espreguiçadeiras era cobrado consumação de 500 MXN por pessoa, e como tínhamos acabado de almoçar não nos interessamos. Resolvemos dar uma volta pra conhecer a praia e depois estendemos as cangas na areia e ficamos um tempinho curtindo a praia.
À noite retornamos para a mesma região, onde se concentram as principais casas noturnas da região (Coco Bongo, Mandala, The city, La vaquita, Congo Bar etc).
A maioria das casas noturnas (exceto a Coco Bongo) cobra o ingresso de 30 dólares com open bar. Algumas liberam a entrada de mulheres mediante apenas o pagamento do que for consumido.
Dia 19/02 (Segunda) – Cancun – Isla Mujeres
Este foi o dia do melhor passeio da viagem, na minha opinião!!! Sou uma pessoa apaixonada por ilhas e Isla Mujeres é daqueles lugares que te acertam o coração! Se eu voltar à região, quero ficar hospedada pelo menos 3 dias nessa ilha!
Isla Mujeres fica localizada muito próximo de Cancun mas é preciso pegar o ferry para conhecer a ilha. O passeio é muito fácil de ser realizado por conta própria.
Pegamos o ônibus R-1 (12 MXN) e pedimos para descer na Playa Tortugas, onde tem o porto de mesmo nome e de onde saem os ferries para Isla. Compramos o ticket de ida e volta pela Ultramar (321 MXN) e você pode retornar na hora que quiser, o horário não é marcado. A travessia dura menos de 40 minutos e quando chegamos na Isla ao sair do Porto é só virar à esquerda e ir caminhando até a Playa Norte, uma praia divina, que parece até montagem de tão azul a cor da água!
Na Playa Norte existem diversos restaurantes na beira da praia e para minha surpresa positiva, o preço da consumação mínima era super em conta comparada à praia do dia anterior e, até mesmo às praias mais famosas do Brasil.
Como éramos 4, o consumo mínimo era de 250 MXN por pessoa, com direito a 2 sombrinhas enormes e uma espreguiçadeira confortável por pessoa. Valeu super a pena! Nesta barraca o almoço custava em média 165 MXN, um refrigerante 35 MXN e uma cerveja 45 MXN, para se ter uma idéia dos valores.
Ficamos curtindo a praia até ás 16h e depois resolvemos dar uma volta no centrinho de Isla e ir tirar foto no letreiro, que fica localizado na praia na direção oposta ao porto.
Tentamos pegar o ferry que sairia ás 17:00h mas quando chegamos no porto a fila estava enorme e só conseguimos pegar o do horário seguinte. O bom é que tinha wifi público no porto!
O trajeto de volta foi ainda mais rápido e durou cerca de 35 minutos até Playa Tortugas. De lá, pegamos o R-1 de volta à Downtown Cancun.
À noite entramos sem pagar entrada no Congo Bar, um bar super animado, quase em frente à Coco Bongo. A média do valor dos drinks era 100 MXN.
Dia 20/02 (Terça) – Cancun – Playa Delfines e Playa Tortugas
Este era o nosso último dia em Cancun e nossa programação estava livre, então decidimos ir conhecer as praias da cidade.
Nos indicaram a Playa Delfines como sendo uma das praias públicas mais bonitas de Cancun. Pegamos o ônibus R-1 e pedimos o motorista para nos avisar na parada certa. Ela é uma das praias mais distantes de Downtown Cancun.
A praia é muito bonita, mas o mar é forte demais e não me agradou. Na areia estão dispostas cabanas de uso público e alguns vendedores trazem o cardápio oferecendo o consumo. Os preços eram bem salgados! Ficamos apenas uns 45 minutos nesta praia e resolvemos pegar o R-1 e descer na Playa Tortugas, onde almoçamos e ficamos até o final da tarde quando começou a cair uma chuvinha.
A Playa Tortugas tem águas bem calmas, mas muita pedra embaixo da água. A concentração de famílias com crianças é grande no local, devido a ser uma praia de águas mais tranquilas.
Á noite tínhamos a reserva de jantar no restaurante Carlo’s n Charlie’s e em seguida iríamos conhecer a tão famosa Cocobongo. Este combo saiu por 60 dólares e apenas complementamos o valor de diferença faltante do reembolso do tour de Cozumel. Este valor foi muito bom considerando que tivemos um jantar com entrada, prato principal e bebidas e depois a entrada open bar na Coco Bongo.
O mesmo ingresso da Coco Bongo pelo site da casa custa 70 dólares, sem direito ao jantar.
A boate é realmente sensacional!!! Mas o que me deixou surpresa foi o tamanho do local, menor do que eu esperava, e isso dificulta um pouco obter as bebidas já que a boate fica lotado e você leva muito tempo de um lugar para outro. Os shows e performances são sensacionais!!! É o tipo de lugar que, embora o preço seja salgado para quem não tem o costume de beber como eu, não tem como deixar de conhecer pois é uma atração muito característica do local.
Utilizamos o ônibus R-1 na ida e na volta e é o transporte utilizado pela maioria das pessoas que estão hospedadas em Downtown e vão curtir a noite na zona hoteleira. Os ônibus dessa linha no período noturno ficam iluminados por dentro e tocam músicas de gêneros variados em alto volume.
Dia 21/2 (Quarta feira) – Cancun – Cidade do México
Retornamos para mais um dia na Cidade do México (CDMX) antes do vôo de volta ao Brasil que sairia no dia seguinte. Como os vôos eram de companhias diferentes, não quis deixar para retornar à CDMX no dia seguinte, pois fico com receio de algum atraso ou cancelamento gerar a perda do vôo internacional.
Nosso vôo chegou na Cidade do México às 13h30min e eu já havia combinado com o mesmo taxista do primeiro dia para nos buscar. Usamos o serviço dele e do irmão em todas às vezes que precisamos ir ou voltar do aeroporto de CDMX (4 vezes).
Como já havíamos almoçado no aeroporto de Cancun e já passava das 15h, deixamos as malas e trocamos de roupa para podermos aproveitar o resto do dia. Decidimos ir ao bairro de Coyoacán, onde se encontra o Mercado do mesmo nome e também o Museu da Frida Kahlo. A distância entre os dois é relativamente perto.
Utilizamos o metrô até a estação de Coyoacán e esse foi o trajeto mais distante que fizemos neste transporte. Da estação ao Museu ou ao Mercado, deve-se caminhar cerca de 20 minutos ou pegar um ônibus ou táxi, mas como apreciamos desbravar as cidades através de caminhadas, fomos degustando o bairro que. para mim foi o mais bonito dentre os bairros que conhecemos em CDMX.
Decidimos não ir ao Museu já que eram quase 17h e nos dirigimos ao Mercado de artesanato e depois resolvemos circular pela praça que se localiza em frente ao mesmo.
À noite resolvemos não sair, pois devido à maratona dos últimos dias o corpo já estava pedindo um pouco de descanso!
Dia 22/2 (Quinta feira) – Cidade do México – Panamá (Cidade do Panamá)
Dia de deixarmos o México, este encantador e surpreendente país, rico em belezas naturais e históricas e que torna impossível não ir embora de lá com a certeza no coração de que um dia gostaríamos de voltar!
Próxima parada: Stop over de 16h na Cidade do Panamá antes de voltar ao Brasil, assunto que ficará para o próximo post!
Considerações sobre o roteiro de baixo custo pelo México
– O clima da Cidade do México e da região da Riviera Maya podem ser bem distintos dependendo da época. Importante atentar-se para as previsões climáticas de cada cidade antes de fazer a mala! No nosso caso, como viajamos no período do inverno no hemisfério norte, CDMX estava com temperaturas entre 9º e 26º C e realmente fazia frio no início da manhã e após o sol se por. Já na Riviera Maya experimentamos temperaturas quentes e agradáveis durante todos os dias!
– Achei o México de modo geral um país tranquilo em termos de violência. Não presenciamos nenhum episódio que nos deixasse inseguras ou com medo.
– O que eu faria diferente se fizesse a mesma viagem? Acho que a Riviera Maya precisa de pelo menos 10 dias inteiros (ficamos 7) pois a região possui diversas atrações turísticas e corta o coração ter que deixar de conhecer algumas coisas pelo curto espaço de tempo.
– Gostei muito mais de Playa Del Carmen e Tulum do que Cancun. Não me identifiquei com a Cidade ( exceto com Isla Mujeres!).
-Os preços de algumas coisas, principalmente refeições, eram mais caros em CDMX do que na Riviera Maya.
– O México não é um país caro e fazer uma viagem sem passeios comprados em agências por preços exorbitantes é perfeitamente possível, se você não se importa em utilizar transportes públicos tais como vans, metrô e ônibus!
– Uma ajudinha para converter o valor (aproximado) dos preços apresentados em MXN para o Real: Considerando que em média compramos cada dólar no Brasil por 4 reais e que cada dólar foi trocado por em média 18MXN (18MXN: 4) temos o valor de 4,5, ou seja, cada um real gerou 4,5 MXN. Para ficar mais fácil, eu dividia tudo em MXN por 5 para chegar ao valor aproximado em reais!
Espero que tenham curtido esse post!
Beijos e até a próxima.
Mineira, Advogada e Enfermeira por formação, Gestora Estratégica por vocação e viajante inveterada por opção!!! Apaixonada por viagens, culturas, sabores, amizades e experiências que só uma vida mochileira pode nos proporcionar!
- Facebook: daniela.cunha.31
- Instagram: daniela.cunha.31