Como é o passeio do Vale Sagrado dos Incas [Cap.14]
Descubra como é o passeio do Vale Sagrado dos Incas em Cusco: Ollantaytambo, Pisac e Chinchero. Confira valores, horários e dicas úteis.BOLÍVIA – CHILE – PERU EM 23 DIAS (ABRIL/2016) POR $ 1.300,00 DÓLARES NA VIAGEM [T-U-D-O MESMO = $1.900,00 dólares]
CAP.14: Como é o tour do Vale Sagrado dos Incas
13/4/2016
Acordamos bem cedo e tomamos o nosso café da manhã no hostel, bem rápido, já que a van estava marcada para nos pegar às 8:00. O desayuno foi o mesmo de sempre: pão duro (aquele que sua vó tem guardado da semana passada aí você chega na casa dela de surpresa e ela te oferece isso enquanto coloca um bolinho fresquinho pra assar – beijooo vó!), manteiga ou geleia, chá e café! Quem quisesse dar um upgrade podia pagar extra e ter ovo, presunto, queijo, saladas de fruta, etc.
Como eu acordava um pouco mais cedo pra falar com o boyfriend, percebi que a noite anterior tinha me rendido muitos amigos aleatórios. Entrei no banheiro e três pessoas vieram falar comigo e me dar beijinho no rosto.
Depois mais algumas pessoas pelo hall me cumprimentaram e quando percebi já podia até me candidatar a vereadora de Cusco porque o que tinha de gente acenando pra mim e rindo… Sérioooo! Ôooo bebidinha do capeta que eu tomei! Ou talvez seja pelo fato de eu ser BEM fraca pra bebida mesmo!
Ahhhhhhh! Sem contar nos 3 “amigos” novos que eu ganhei no whatsapp e os 5 “amigos” novos que eu ganhei no meu Facebook! Hahahahahahaa Meu namorado que estava na Inglaterra que curtiu pra caraca essa noite, né?! Beijoooo boyfriend!
Enfim! Café da manhã tomado, ficamos esperando a van no hall do hostel até que um cara veio na nossa direção e perguntou se éramos a Maryana e a Elisa e a gente disse que sim, mas que faltavam dois amigos que estavam no Wild Rover e o cara disse que eles já estavam na van.
Fomos seguindo o moço e chegamos na Plaza e ficamos esperando a van por lá! Eis que vemos o Vagner e a Patrícia acenando de dentro do micro-ônibus e aí deu um alívio maior e ficamos tranquilas.
Sentamos e a guia já começou a falar e explicar mais ou menos o passeio. Mais uma vez não demos sorte e pegamos uma guia chata pra caraca, apesar de explicar bem as coisas.
O problema é que ela era chata mesmo, ficava chamando a gente de família pra cá, família pra lá! E a interação dela com a gente era tão monótona que mais fazia a gente dormir do que prestar atenção. Enfim! Mais um dia de cultura vindo pela frente!
Nossa primeira parada seria na cidade de Pisaq, mas antes disso paramos numa pequena feirinha de artesanato onde eu fiz a festa e comprei o presente da maioria dos meus amigos e familiares (surra de chaveiro e moedeira pra geral – gastei com tudo isso 37,00 soles) e eu e Elisa dividimos uma água por 1,75 soles pra cada porque a nossa tava acabando e nem nos ligamos. Ficamos 20 minutos nessa feirinha!
Seguimos viagem e nesse momento um rapaz entrou no ônibus junto com a gente e foi vendendo uma bebida (tipo um licor) típica da região que é ótima pra digestão. O toque especial era que o licor vinha numa garrafa linda toda trabalhada no artesanato e achei que seria um ótimo presente pro namorado, já que ele adora experimentar bebidas de outros países (ele amouuuu). Eu paguei 18,00 soles porque fiquei chorando desconto, mas acho que o valor original era 20,00 ou 22,00 soles.
Fizemos uma parada super rápida em um mirante pra admirar o vale que deu origem ao nome da região e depois fizemos outra parada numa joalheria (parte pega-turista). Nós quatro saímos andando e ficamos esperando do lado de fora a galera comprar as coisas na joalheira. Foram uns 15/20 minutinhos nessa parada meio inútil, mas serviu pra gente se divertir um pouco com um bebê lhama que achamos no colo de uma senhora.
Depois de todas essas paradas, finalmente chegamos à cidade de Pisaq e a guia nos explicou sobre a compra dos boletos turísticos e paramos em frente à bilheteria pra quem tivesse que comprar (algumas pessoas já fecham o tour com os bilhetes inclusos, mas não era nosso caso).
Como nós quatro tínhamos a carteirinha de estudante, pedimos uma meia do boleto turístico parcial que é válido só por dois dias consecutivos, mas como eu acho que não existe meia no boleto parcial, eles nos deram o boleto geral que é válido pro 10 dias pelo preço do parcial. #confuso
Enfim, só sei que pagamos 70,00 soles, mas acabamos ganhando o boleto turístico geral. Não sei se foi sorte, mas quem tiver carteirinha de estudante, acho que vale tentar. Já a Patrícia, que tinha carteirinha de estudante, mas era maior de 25 anos acabou não tendo desconto de estudante e pegou o boleto turístico parcial mesmo. Ahhh!
Detalhe: Aqui aceitaram a carteirinha de estudante normal também, sem ser ISIC (mais uma vez: não sei se foi sorte, mas vale tentar).
A guia pediu pra todos entrarem no micro-ônibus novamente e seguimos viagem até a primeira parada de fato do passeio: As ruínas de Pisaq! Nessa parte do passeio a guia pediu pra gente sentar numa área de frente pras ruínas e ficou nos explicando toda história daquele lugar e tal e depois nos deu cerca de 30 minutos pra gente explorar livremente. Essa parada foi de 1 hora mais ou menos.
Seguimos viagem para o povoado de Urubanda, onde teríamos o nosso almoço. A gente foi dividido em dois grupos e cada grupo comeria num restaurante diferente.
Eu não sei o motivo, talvez quem tivesse com almoço incluso no pacote ficasse num restaurante e quem fosse pagar na hora ficasse em outro. Sei lá! Tô aqui especulando mesmo! Pagamos 25,00 soles pelo Buffet (comida liberada + sobremesa) e mais 2,50 soles na água.
Depois de comer e quase explodir, seguimos viagem para Ollantaytambo (eu e Elisa dividimos mais uma água 1,00 nuevo sol pra cada) e aqui a guia foi subindo com a gente e parando em lugares “estratégicos” pra ir nos explicando as histórias de todas aquela região, desde os mitos até as ‘verdades’.
Foi nos mostrando as curiosidades nas montanhas e as formas que cada rocha tinha e o que aquilo significava pra aquele povo e tal, bem interessante, mas confesso que a voz dela já tava me irritando e que aquele lance de ficar chamando a gente de família me fazia ter vontade e voar no pescoço dela, fora a lerdeza na hora de falar que me fazia querer dormir.
Tirando TODA nossa implicância com a guia (não era só eu não, Elisa, Vagner e Pate também queriam sacudir a guia pra ver se ela ficava mais espertinha rs), as histórias que ela contou eram bem interessantes e algumas até surpreendente.
Depois ela nos deu 30 minutos livres pra explorar o local e voltamos pro micro-ônibus. Essa parada foi de mais ou menos 1h30min. Ahhh! Ela ainda disse que quem fosse continuar a viagem para Chinchero deveria retornar ao ônibus na hora marcada (EM PONTO).
E quem fosse ficar em Ollantaytambo para embarcar no trem rumo à Águas Calientes deveria ficar atento ao seu horário de embarque e se dirigir à estação depois de conhecer as ruínas.
Seguimos para Chinchero, já anoitecendo. Nossaaaa! Eu curti demais essa parada. Pensa em surra de cultura na tua cara ali ao vivo. Foi muitooo legal! A atração era conhecer a forma de confecção dos artesanatos naturais que as mulheres quéchuas desenvolviam através de milhares de anos de geração em geração.
Uma mulher (tipo palestrante) que era muito simpática nos explicou todo processo desde a extração, limpeza até o tingimento natural das lãs de alpacas, vicuñas, etc. Caraaaa muito irado!
A mulher mostrou pra gente como produziam o sabão natural que era usado pra lavar as lãs, depois nos mostrou como as cores eram formadas, exemplo: o verde vem das folhas, o vermelho vem do sangue de um parasita específico (não vou lembrar o nome). Depois mostrou que essas mesmas cores podem variar dependendo da combinação que elas façam.
Caraaaaa o auge da apresentação foi quando ela matou o parasita na nossa frente e disse que o vermelho era uma cor muito utilizada blá blá blá e depois, PASMEM, ela passou o dedo na boca e disse que também utilizavam esse sangue como batom natural. CARALH***!!! Ela passou o sangue do parasita na boca! Hahahahaha
E disse que muitas indústrias de estética utilizam essa matéria prima nos seus produtos! Ficamos chocadíssimos e com um certo nojinho também rs! Ahhh! Ela ainda fez questão de enfatizar que o batom natural era de 24 horas. Hahahahah MORRI!
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Foi muito irada a apresentação! Teve até um chá no meio pra nos esquentar, porque tava começando a fazer um friozinho do mal. Aí a moça ainda nos mostrou como elas teciam e depois falou um pouco da realidade dura de quem vive só de artesanato, porque é ofensivo a gente ficar pedindo desconto em coisas que elas demoram, às vezes, um ano pra tecer.
Que os turistas não valorizavam os artesanatos da forma correta e tal. Nós quatro nos sentimos até mal, porque pedimos desconto em artesanato a viagem inteira. Hahahahaha Ahhh! Pra quem vai pra Bolívia, lá é ofensivo pedir desconto em comida rs.
Ah! Não sei se comentei: Vagner é a pessoa mais engraçada pedindo desconto. Diz ele que é uma tática, mas eu acho que é uma piada de tão engraçado que é! Imagine que um artesanato é 50,00 soles. Uma pessoa normal negociando diria o quê? Faz por 35,00/40,00 soles, né?
Vagner negociando é assim: Faz por 10,00 soles? Caraaaa mas ele manda na lata. A pessoa fica até desconsertada de tão discrepante que ele joga o valor. Caraaaa a gente rolava de rir toda vez que ele tentava negociar.
A moça disse também que o artesanato de Chinchero é exclusivamente de Chinchero, que elas tem uma técnica específica que elas conseguem reconhecer em qualquer lugar do mundo que aquele artesanato é oriundo de Chinchero. Caraaaa que surra de cultura maravilhosaaa!
Depois disso, ela nos dá uns 10 minutos pra visitar a feirinha e deixa claro que se a gente comprar qualquer coisa lá estará ajudando a comunidade e tal. Aí fomos nós quatro perguntar os preços! JESUSSSS! Quase caímos pra trás!
Era tudo muito lindo e muito bem trabalhado, mas também tudo muito caro e como a gente não podia pedir desconto e também não tinha dinheiro, ficamos esperando a galera no micro-ônibus mesmo.
Seguimos viagem de volta para Cusco e chegamos por volta das 19:00 por lá. Assim que descemos do micro-ônibus, fomos direto para a agência de turismo que fechamos a van de Machu Picchu (Expediciones WaynaPicchu) pra acertar os últimos detalhes: horário da van no dia seguinte pra Águas Calientes, horário de retorno no dia 16/4, ônibus pra Puno e guia em Machu Picchu, que iria nos encontrar no nosso hostel em Águas Calientes no dia anterior à subida a Machu Picchu (14/4) pra nos passar todas as orientações.
Tudo certinho! Resolvemos trocar mais 10,00 dólares (just in case), porque em Águas Calientes provavelmente seria mais caro e não queríamos correr o risco de ficar sem dinheiro. A um câmbio de 3,27 trocamos 10,00 dólares e pegamos 32,70 soles. Ahhh! Eu aproveitei pra comprar logo meus postais de coleção (4,00 soles tudo).
Seguimos para o hostel do Arthur e do Vitor que iriam embora de Cusco naquela noite e seria nosso último encontro na viagem. No caminho vi uma moedeira linda que era a cara da minha vó e comprei por 5,00 soles rs.
Decidimos comer numa hamburgueria artesanal pra fazer a despedida com chave de ouro. Apesar de não ser muito barato, o hambúrguer tava delicioso e o ambiente era muito legal.
Comemos com calma e eu paguei 16,50 soles no hambúrguer tradicional (eu não queria inventar muita coisa nova na noite anterior à ida a Machu Picchu, porque o Rodrigo comeu um negócio um dia antes de ir para Águas Calientes e passou mal o caminho todo e quando eu li o relato dele, decidi que não inventaria nada de diferente um dia antes de Águas Calientes na minha viagem rs).
Nos despedimos dos meninos com uma dor no coração e seguimos andando pra achar um mercadinho pra comprar nossos “mantimentos” para Machu Picchu. Eu e Elisa dividimos e compramos biscoitos e águas pra gente levar numa bolsinha à parte das nossas mochilas de ataque. Gastamos 6,00 soles cada em tudo.
Decidimos comprar ainda uma cartela de soroche pills pra dividir entre nós quatro (5,00 soles pra cada) e essa divisão rendeu dois comprimidos pra cada!
Soroche Pills será seu melhor amigo nessa viagem. Previne o enjoo causado pela altitude e desconfio que dá uma sonolência, então é perfeito pra você não ver os penhasco que você vai se enfiar com sua van no caminho até Águas Calientes.
Depois de tudo certo e comprado pro dia seguinte, decidimos arrumar os mochilões e já deixar as mochilas de ataque também organizadas, já que a van estava marcada para nos buscar às 7:20 da manhã no nosso hostel.
Chegou a hora de descansar porque o dia seguinte nos reservava 7 horas dentro de uma van em curvas intermináveis.
SALDO DO DIA:
– 1,75 soles – Água
– 37,00 soles – Lembrancinhas da feirinha
– 18,00 soles – Bebida de lembrança pro namorado
– 70,00 soles – Boleto Turístico Parcial/Geral Cusco
– 25,00 soles – Almoço Buffet
– 2,50 soles – Água
– 1,00 nuevo sol – Água
– 4,00 soles – Postais
– 5,00 soles – Moedeira da vovó
– 16,50 soles – Hambúrguer
– 6,00 soles – Compras no mercado
– 5,00 soles – Soroche Pills.
* Trocamos mais 10,00 dólares = 32,70 soles (cotação de 3,27 soles por dólar)
TOTAL: 191,75 soles
PRÓXIMO CAPÍTULO: (CAP.15) Trilha da hidrelétrica até Águas Calientes
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Confira o Capítulo 13: