
Bate e volta em Chiang Rai: Templo, hot spring e mais
Chiang Rai se tornou uma cidade turística e muito visitada por causa do famoso e imponente White Temple que tem uma arquitetura e uma concepção completamente diferentes de qualquer templo na Tailândia ou até mesmo de qualquer templo que você vai visitar no mundo.
Além disso, as agências de turismo adicionaram no roteiro de Chiang Rai o Blue Temple que é a coisa mais linda que eu já vi (confesso que minha cor preferia é azul, mas o interior desse templo é de apaixonar qualquer um que é sensível à uma bela arte).
A maioria das pessoas que vai conhecer Chiang Mai faz um bate e volta até Chiang Rai porque os tours duram um dia e o trajeto de Chiang Mai até Chiang Rai dura em torno de 1h30min a 2 horas.
Coloquei abaixo as perguntas principais que recebi sobre esse passeio e espero ajudar a clarear melhor como ele funciona e se vale a pena mesmo.
Nesse post você vai ler:
- Onde fechar e quanto custa o passeio de Chiang Rai?
- O que visitamos no passeio de bate e volta em Chiang Rai?
- Diário do Passeio: Como foi a nossa experiência em Chiang Rai
- O que está incluso no passeio de Chiang Rai?
- Dá pra visitar Chiang Rai sozinho, sem agência?
- Valeu a pena fazer o passeio de bate e volta em Chiang Rai com agência?
- Posts que eu recomendo que você leia sobre a Tailândia
Onde fechar e quanto custa o passeio de Chiang Rai?
Você pode fechar esse passeio de bate e volta até Chiang Rai pelo seu hostel/hotel ou por uma agência de turismo. Esse é o passeio mais famoso e mais vendido em Chiang Mai, então, qualquer agência de turismo que você for vai te oferecer esse passeio.
Mas, atenção! Pesquise muito antes de fechar o passeio de bate e volta até Chiang Rai porque os preços não são tabelados e alguns lugares cobram mais do que outros. Por isso, vale a pena fazer uma pesquisa de preço em, pelo menos, quatro agências de turismo diferentes.
Nós fechamos nosso passeio de bate e volta até Chiang Rai pela MaePing Car Rent & Travel (endereço: 99/4 Loikhor rd. A. Muang Chiang Mai, 50100 | Horário de funcionamento: 8:30 às 22:00). O valor era de 1.000,00 Baht por pessoa (R$ 100,00) + 300,00 Baht (R$ 30,00) pra ir na tribo Long Neck e esse passeio tinha tudo incluído: guia, van, água, ingressos e almoço.
Você pode escolher ir ou não na tribo Long Neck (mulheres que tem aquelas argolas no pescoço). Se decidir ir, você paga 300,00 Baht a mais. Nós decidimos ir e o valor total por pessoa foi de 1.300,00 Baht (R$ 130,00), mas choramos um desconto e a dona da agência de turismo fez pra gente por 1.200,00 Baht (R$ 120,00) por pessoa.
Ahhhh! Atenção! Os valores dos passeios mudam dependendo dos lugares que estão inclusos no roteiro. Então, tenha em mente o que você quer visitar pra ter mais clareza na hora de escolher o passeio mais adequado pra você, porque o que eles fazem são pacotes tipo:
– Visite os lugares X, Y e Z pelo preço tal;
– Visite os mesmos lugares X, Y, Z e mais os lugares A e B pelo preço tal;
– Visite os lugares X e Y (não visite o Z) e visite também o lugar C e D pelo preço tal.
Então, é muito importante você ter o mínimo de noção do que não pode faltar no seu passeio. Eu, por exemplo, sabia que tinha que ter no meu passeio o White Temple e o Blue Temple e queria ver a Hot Spring também, mas quando cheguei na loja, eram tantos passeios, que tive que dar um Google em todos os lugares pra ver o que eu realmente queria incluir e o que eu poderia descartar.
O que visitamos no passeio de bate e volta em Chiang Rai?
Como eu disse antes, tem várias opções de roteiros pra quem quer fazer o bate e volta em Chiang Rai e cada roteiro tem lugares diferentes. O nosso passeio incluía os seguintes lugares:
– Hot Spring (20 minutos);
– White Temple (1 hora);
– Blue Temple (25 minutos);
– Black House (Baan Dam Museum) (40 minutos);
– Tribo Long Neck (opcional) (30 minutos).
Diário do Passeio: Como foi a nossa experiência em Chiang Rai
A van do passeio nos pegou às 7:00 no nosso hostel e fomos pegar o resto das pessoas do passeio. São 12 pessoas no total dentro na van. Saímos às 7:30 de Chiang Mai em diração à Chiang Rai.
DICA: Se você enjoa fácil é bom tomar remédio de enjoo (eles até oferecem no início do passeio) porque tem muitas curvas no caminho até Chiang Rai.
A van do nosso passeio era nova com bancos de couro e com ar condicionado funcionando perfeitamente. Tínhamos um motorista e um guia que falava chinês, tailandês e inglês.
Como tem muitos turistas chineses na Tailândia, um idioma importante depois do inglês é o chinês. No nosso passeio tinham 3 turistas chineses que só falavam chinês, 7 turistas mexicanos e eu e Mark. O guia dava toda explicação em inglês primeiro e depois dava a explicação em chinês.
Às 8:40 fizemos nossa primeira parada na Hot Spring por 20 minutos. Confesso que essa parada foi decepcionante. Eu tava esperando verdadeiras águas termais, tipo um lago lindo com água quente num lugar repleto de natureza e o que vimos foi uma coisa super artificial e comercial.
A parada é tipo uma parada de conveniência, com várias lojas de conveniências, banheiros e várias barraquinhas de artesanatos com dezenas de vans paradas no estacionamento.
As hot springs são naturais, digo, a água quente realmente vem do chão e tem um gêiser expelindo água quente e fumacinha, mas é tão pouco e no meio de um estacionamento de vans que perde até a graça do que se imagina ser uma hot spring.
É bem verdade que do outro lado da rua tem um gêiser maior e com muito mais fumaça e menos lotado de turistas, o problema é que ele é do outro lado da pista e a pista é muito perigosa com carros passando o tempo todo (já houve vários atropelamentos), fora que até você atravessar pro outro lado já acabaram os 20 minutos que você tem pra explorar as hot springs.
No entanto, uma coisa que achei interessante foi a criatividade dos tailandeses de venderem ovos cozidos feitos diretamente ali nas hot springs, isso foi engraçado de ver.
Saímos das Hot Springs às 9:00 e chegamos no White Temple às 10:30. Nossa segunda parada foi de 1 hora pra explorar o White Temple que se divide em 4 partes que você pode visitar: o templo em si, a galeria de arte, o museu e o banheiro que é um dos mais bonitos do mundo (segundo nosso guia, mas eu particularmente não achei nada demais.
Quero dizer, por fora ele é muito lindo mesmo, todo revestido de “ouro”, mas por dentro é ok, nada que seu xixi não esteja acostumado hahahahahaha).
OBS: Você não precisa pagar nada a mais pra visitar a galeria e o museu no White Temple, tá tudo incluso no seu ticket que é pago pelo guia, pois as entradas estão inclusas no valor do pacote que você pagou. Mas, se você quiser saber o valor do ticket pro White Temple é 50,00 Baht e o horário de funcionamento é das 8:00 às 16:30!
Ahhh! Tem dress code pra entrar no White Temple: cobrir ombros e usar roupas que cubram as pernas até os joelhos.
O White Temple é super recente se comparado aos outros templos tailandeses. Ele tem apenas 25 anos (1997) e continua em construção. O arquiteta que construiu o White Temple gastou 200 milhões de Baht.
Esse templo realmente é incrível e diferente de tudo que você já viu ou vai ver na Tailândia. O conceito do templo é muito interessante e toda arquitetura é muito realista e repleta de detalhes.
Dentro do templo você não pode fotografar, então, use esse tempo pra prestar atenção nos desenhos das paredes porque você vai se surpreender e rir muito com os personagens que não tem nada a ver com Buddha ou elefantes.
Spoiler: Você consegue ver desenhos como Matrix, Batman, Homem de Ferro e muito mais… hahahahaha
Quando chegamos nesse templo ele já estava lotado de turistas, você vai ter que ter muita paciência e ser muito sagaz pra conseguir ângulos legais pras suas fotos sem pegar 524 cabeças.
Saímos do White Temple às 11:30 pro almoço e o restaurante que iríamos comer ficava bem pertinho. Almoçamos um selfie-service gostosinho com água, abacaxi, macarrão, arroz e green curry.
Às 12:20 fizemos a nossa quarta parada no Blue Temple (por 20 minutos) que é ainda mais recente que o White Temple tendo apenas 12 anos. Esse templo é sensacional tanto por fora quanto por dentro.
Por fora ele expõe uma arquitetura linda em azul e dourado com cobras enormes e cheias de detalhes que são as guardiãs do templo. Por dentro ele é todo azul com desenhos lindos e coloridos cheios de detalhes que transmitem muita paz e uma pureza que acalma.
DICA: Pra tirar foto nesse templo é de bom grado que você sente em posição de oração olhando pro Buddha e nunca de costas pra ele. Ahh! Outra dica legal é explorar por fora a parte de trás do templo que tem muitos detalhes lindos todos em azul e dourado.
Tem sorvete muito bom do lado de fora que vale a pena você experimentar: 20,00 Baht (R$ 2,00)
Saímos às 12:45 do Blue Temple e chegamos às 13:00 na nossa quinta parada que é a Black House (45 minutos). Essa casa que na verdade é um museu tem 44 anos e o arquiteta que a construiu gastou 300 milhões de Baht. Se você quiser saber o valor do ticket pra Black House é 80,00 Baht e o horário de funcionamento é das 9:00 às 17:00!
Eu e Mark não curtimos essa parada. Achei completamente desnecessária além de ter achado que foi tempo demais (45 minutos) pro que o lugar oferecia pra explorar.
É um lugar com uma energia pesada, com vários animais mortos expostos e móveis feitos de animais. Achei que não teve nada a ver com a vibe que estávamos vibrando durante todo passeio de gratidão, calma, paz e surpresas positivas.
Se eu pudesse escolher meu passeio novamente, com certeza não escolheria um passeio que inclui a Black House porque acho que foi dinheiro e tempo jogados no lixo, quando poderíamos estar visitando algo com uma energia mais alta e compatível com tudo que estávamos vendo e aprendendo.
Saímos às 13:50 da Black House e fomos pra nossa sexta e última parada: A Tribo das Long Neck (mulheres que tem aquelas argolas no pescoço). Chegamos na tribo Ban Mae Khao Tom Village às 14:05 e tivemos 30 minutos pra conversar com as mulheres Long Neck, que são oriundas do Myanmar, pra conhecer mais sobre sua cultura, suas histórias e apreciar seus artesanatos.
Muita gente é contra esse tipo de turismo, mas eu quis ir pra entender e ver com meus próprios olhos e ouvir as histórias com meus próprios ouvidos pra tirar as minhas próprias conclusões e formar a minha própria opinião.
Eu não vou levantar questões de moral, política, economia, religião ou cultura aqui nesse post. Vim aqui apenas compartilhar um momento que marcou a minha vida e eu espero que possa transmitir o amor e a emoção que eu vivi pessoalmente!
Eu tiraria a Black House do roteiro e colocaria aqueles 45 minutos como tempo extra na tribo das Long Neck.
Que lição de vida essas mulheres me ensinaram, quanta força e beleza essas mulheres tem do seu jeito. Essa foi a parada mais especial do passeio, até mais especial do que o White Temple que eu tanto queria ver.
Saímos às 14:50 da tribo das Long Neck e seguimos pra Chiang Mai. Paramos às 16:35 pra ir no banheiro e chegamos às 18:45 no hostel.
O que está incluso no passeio de Chiang Rai?
– Guia;
– Van (ida e volta no seu hostel/hotel);
– Água;
– Ingressos;
– Almoço
Dá pra visitar Chiang Rai sozinho, sem agência?
Dá sim! Você pode pegar um ônibus que te deixa em Chiang Rai e de lá alugar uma moto e explorar Chiang Rai sozinho. Ou você pode tentar achar vans em Chiang Rai que te deixem nos pontos turísticos sem necessariamente ser um passeio (como se fosse lotação, sabe?). E, é claro, você tem sempre disponível a opção de táxi (mas é um pouco mais caro).
O ônibus passa de hora em hora e custa entre 210,00 e 300,00 Baht (entre R$ 21,00 e R$ 30,00). O trajeto de ônibus dura em torno de 3h 20 minutos.
O ônibus que eu sei é o Green Bus (Clique aqui pra ver os horário e valores), mas talvez você encontre outros ônibus ou até mesmo vans que façam esse translado entre Chiang Mai e Chiang Rai.
Outra forma de você explorar Chiang Rai sozinho é alugando uma moto em Chiang Mai e ir dirigindo até Chiang Rai.
Mas, atenção! Se for fazer isso, preste atenção no caminho porque tem muitas curvas e pode ser um pouco perigoso se você não é acostumado a dirigir moto.
Valeu a pena fazer o passeio de bate e volta em Chiang Rai com agência?
Não vou dizer que foi a melhor excursão que eu já fiz na vida, mas foi organizada. Achei que o valor foi um pouco caro pro que foi oferecido, já que os ingressos dos templos não eram caros e o almoço não foi nenhum banquete.
O tempo que ficamos em cada lugar foi “suficiente”, mas diria que foi um pouco corrido. Eu adicionaria 30 minutos no White Temple e, pelo menos, mais 25 minutos no Blue Temple que é lindo e nem conseguimos explorar direito. Não vou nem falar mais da Black House, porque acho que já me fiz entender que odiei essa parada, né?
Eu, com certeza, adicionaria mais 30 minutos na tribo das Long Neck, mas entendo que nessa parada é mais complicado adicionar mais tempo, porque por ser opcional tem muita gente que não faz e aí o grupo se divide em dois, ou seja, enquanto estávamos na tribo das Long Neck com nosso guia, o resto do grupo que não quis ir teve que ficar dentro da van com o motorista fazendo nada.
De uma forma geral, eu acho que valeu a pena por causa da comodidade de ir e voltar no mesmo dia e não ter que me preocupar com absolutamente nada a não ser em como gerenciar meu tempo nos lugares pra ver tudo dentro do tempo limite que o guia me deu.
Mas, achei corrido e um pouco cansativo sim, mas mais por causa do longo trajeto que fazemos dentro da van entre Chiang Mai e Chiang Rai.
Como eu não curti a Black House, achei que não tirei o melhor proveito do meu passeio, mas eu também não tinha como saber antes que não ia gostar, né?
No final fiquei com uma sensação de satisfação, afinal conheci o que queria conhecer (White Temple, Blue Temple e tribo das Long Neck), mas fiquei com a sensação de que o tempo poderia ter sido melhor distribuído (ou até mesmo o passeio acabar um pouco mais tarde) e de que o valor foi um pouco salgado pra tudo que vimos ou pra experiência que vivemos.
Se eu faria de novo o passeio até Chiang Rai por agência? Sim! Mas, dessa vez escolheria um passeio que não incluísse a Black House e um passeio que ficasse um pouco mais de tempo no Blue Temple (nem que fosse mais 10 minutos).
Acho que comodidade é a palavra que descreve esses tipos de passeios, justamente porque você não perde tempo tentando descobrir como chegar nos lugares ou tentando achar um transporte que te leve até lá (no caso de você ir sozinho).
Eu e Mark não nos sentimos confortáveis pra dirigir moto, então, não iríamos alugar uma pra ir de Chiang Mai até Chiang Rai Nós provavelmente também não alugaríamos moto pra explorar Chiang Rai se fossemos de ônibus até lá.
Ir de ônibus parece ser super tranquilo, o problema é explorar Chiang Rai sem moto e ter que depender de van ou táxi. Ou seja, sem moto a gente provavelmente gastaria mais dinheiro e mais tempo pra visitar tudo que queríamos e provavelmente não conseguiríamos ir e voltar no mesmo dia por conta própria e acabaríamos gastando com hostel.
Então, se seu roteiro já tá apertado em Chiang Mai e você quer muito conhecer Chiang Rai, vai fundo nesses passeios de excursão – melhor conhecer de excursão do que ficar se lamentando que não foi, mas já vai sabendo que não vai ser do jeito que você imagina e que vai ser corrido sim.
Por isso, é bom você se preparar psicologicamente pra esse passeio, ter muita paciência e aproveitar do jeito que você puder (dentro do tempo estabelecido).
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Espero que esse post tenha sido útil pra você e se você conhece alguém que tá montando um roteiro pela Tailândia pra viajar, compartilhe esse post, quem sabe não ajuda, né?
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Beijos e até a próxima
Mary