O que fazer em Manaus em 3 dias
RELATO ESCRITO POR DANIELA CUNHA
Localizada na região norte do país, Manaus, capital do Amazonas, é uma cidade rica em cultura e em passeios relacionados à sua exuberante natureza.
Inicialmente minha viagem seria de 4 dias, aproveitando um feriado municipal de Belo Horizonte, mas o meu vôo da ida sofreu problemas mecânicos e teve que retornar à Campinas sendo remarcado apenas para 12h do dia seguinte, o que me custou um dia inteiro de uma viagem que já seria curta…
Para o viajante com pouco tempo, o ideal é se hospedar no centro da cidade, próximo ao Centro Histórico. Escolhi o Hotel Saint Paul, que apresentava preço justo, café da manhã bom, piscina, sauna, academia de ginástica e localização distante 3 quarteirões do famoso Teatro Amazonas.
Um uber do aeroporto de Manaus até o hotel me custou R$ 21,50 e no trajeto de retorno utilizei um serviço de táxi através da recepção do hotel, que oferece o mesmo trajeto a preço fixo de R$ 30,00. Optei por utilizar o táxi pois a minha volta era no domingo à tarde e no dia aconteceria uma partida de futebol na Arena da Amazônia, que fica bem no trajeto do Aeroporto, e o Uber estava cotado em absurdos R$ 65,00!
O que fazer em Manaus
- Tour Amazônico
- Presidente Figueiredo (cachoeiras)
- Circuito do Centro Histórico
- Museu do Seringal
- Museu da Amazônia (Musa)
- Diversas praias de rio da região
No período de 3 dias não se consegue abranger tudo que a cidade oferece e na minha opinião, a cidade requer de 5 a 7 dias para aproveitar tudo que tem de melhor.
Cheguei ao hotel por volta de 17:00 de uma quinta-feira e fui caminhando até o Teatro Amazonas para conhecer o principal cartão postal da cidade. O Teatro é mesmo lindo! Ele se localiza em frente à uma praça denominada de Largo de São Sebastião, onde ficam localizados diversos barzinhos e restaurantes. Não foi possível conhecer o teatro por dentro neste dia pois já estava fechado. A entrada do teatro custa R$ 20,00.
Aproveitei para almoçar/jantar na região, no famoso restaurante “Tambaqui de banda”. Uma banda de tambaqui com os acompanhamentos (baião de dois, farofa e vinagrete), uma entradinha de camarões empanados e 2 refrigerantes regionais (Tuchaua) custou R$ 110,00 (já com os 10%) para duas pessoas.
Na sexta-feira (segundo dia) na parte da manhã optamos por ir conhecer o Mercado Municipal da cidade, o porto marítimo e o restante dos prédios históricos da região. Fizemos tudo a pé partindo do hotel.
Na parte da tarde resolvemos ir conhecer a praia de Ponta Negra, com suas águas escuras. Fizemos o trajeto de Uber a partir do hotel (R$ 20,00) e na volta utilizamos o ônibus nº 126 para retornarmos ao centro da cidade (R$ 3,80).
Eu realmente esperava mais da praia…além de estar bastante vazia, achei a água meio sujinha no dia e não tive coragem de entrar. Outro ponto que achei ruim foi o fato de não poder vender comida e nem tira gosto na praia, o que acaba limitando o tempo que você fica na areia pois quando a fome aperta, só nos resta ir embora! Alugamos um guarda sol com cadeiras que cobrava R$ 20,00 de consumo e ficamos na praia durante umas 2 horas apenas. A água de coco custava R$ 6,00 e uma latinha de cerveja daquelas menorzinhas custava R$ 4,00.
No terceiro dia (sábado) tive que optar entre os passeios “Cachoeiras de Presidente Figueiredo” e “Tour Amazônico”. Acabei optando pelo último já que se tratava de um passeio mais específico da região. Mas, confesso que fiquei bem frustrada por não ter conseguido ir nas cachoeiras devido ao atraso do vôo de ida para Manaus…
Antes da viagem tinha feito pesquisa em várias agências para saber o preço deste passeio e recebi por email orçamentos de R$ 220,00 e R$ 200,00. Na recepção do hotel o mesmo passeio era R$ 180,00 e eu já estava achando que iria fazer uma economia grande quando na porta do hotel, um guia de outra agência estava buscando hóspedes no hotel e me ofereceu o passeio por R$ 100,00!!!
O nome da agência é Beciltur e ela tem uma loja no Porto, de onde sai a lancha para o tour. O passeio inclui a visualização do “Encontro das águas”, contemplação da pesca do Pirarucu, parada em flutuante para interação com os botos e visita a tribo indígena. Além disso, estava incluído o traslado do hotel e o almoço regional em sistema buffet (bebidas pagas à parte).
O passeio se iniciou com o traslado do hotel até o porto, pontualmente ás 8:00. No sábado e domingo a agência oferece como cortesia um café da manhã muito gostoso, composto de sanduíches, cuscuz, bolo, frutas e suco.
É necessário que cada turista pague a taxa de utilização do porto, de R$ 5,00 no guichê antes de embarcar.
Às 9:00 da manhã a lancha com capacidade para 53 pessoas deixa o porto em direção a primeira parada, Encontro das Águas, para que os turistas possam ver o encontro das águas do rio Negro e do rio Solimões que, devido as suas diversas propriedades físico químicas impede que suas águas se misturem, gerando o contraste de cores dos dois rios. A parada no local do encontro dos rios não dura muito tempo e achei difícil registrar uma foto decente do evento, talvez pelo fato do tempo estar meio nublado no momento pois tinha acabado de cair uma chuva rápida.
Em seguida, o passeio segue seu trajeto rumo ao flutuante onde é possível observar a criação de peixes pirarucus, típicos da região e que possuem pesca regulada. No local é possível comprar iscas por R$ 5,00 e simular a pesca do animal. Também é possível comprar artesanatos de locais.
Alguns trajetos do passeio duram mais de 1:00 e a paisagem do caminho é linda e recheada de vilas de palafitas (aquelas casinhas de madeira construídas sobre as águas).
A próxima parada é no flutuante onde se localiza o restaurante onde é servido o almoço. No mesmo local é realizada uma pequena trilha onde é possível contemplar diversos macacos, Samaúma (a maior árvore da Amazônia) e Vitória régia. Esta trilha dura 20 minutos e logo após é disponibilizado 1 hora para o almoço. Que grata surpresa foi este almoço! Além da comida ser muito gostosa e temperada na medida certa, havia muitas opções que agradam a todos os paladares (peixes, carnes, muitas saladas) e uma mesa de sobremesas com diversas frutas descascadas e em fatias e um doce de banana delicioso. As bebidas são pagas à parte e um refrigerante custava R$ 6,00. No local também tem uma feira de artesanato.
Após o almoço o passeio segue para o flutuante onde ocorre a interação com os botos. A interação é opcional e custa R$ 20,00, pagos no local. Em grupos de até 10 pessoas, o turista que se interessa por fazer a interação, entra na água com o instrutor para conhecer o boto vermelho. É obrigatório o uso de coletes salva vidas e é recomendado a não utilização de protetor solar e repelente para não prejudicar o ecossistema do local.
Optei por não fazer a interação e fiquei tomando uma água de coco (R$5,00) e relaxando na rede que tinha no local, à beira do rio.
A última parada do passeio é na tribo indígena Dessana, onde os indígenas recebem os turistas apresentando suas danças típicas e depois nos tiram para dançar. No local as mulheres indígenas fazem pinturas no rosto dos turistas que se interessam (R$ 2,00) e também é oferecido ao turista a possibilidade de provar as comidas feitas pelos índios. Provei farinha com peixe, formiga torrada e biju de tapioca.
O tour amazônico se encerra após a visita a tribo e o trajeto de volta até o porto tem a duração de 1 hora. Chegamos no porto por volta de 16:00.
Gostei muito do passeio e achei o custo benefício excelente (R$ 100,00), principalmente por conta da qualidade do almoço que estava incluído!
Após o passeio fomos no Teatro Amazonas e por sorte era algum dia de comemoração e a visita guiada após as 17:00 era gratuita! Assistimos alguns minutos do ensaio da companhia de danças e as informações repassadas pelo guia do teatro, que é mais lindo por dentro do que por fora!
Á noite retornamos ao teatro pois haveria apresentação gratuita de um espetáculo de dança ás 20:00. Não foi necessária a retirada de ingressos previamente e a entrada no teatro é feita por ordem de chegada, sendo liberado o acesso ás dependências do mesmo ás 19:30mim. Cheguei na fila ás 19:00 e já tinha uma quantidade de pessoas bem considerável!
A programação dos espetáculos no tetro é divulgada mensalmente e existe muita coisa gratuita. Pode-se consultar a programação através do link: https://www.amazonasemais.com.br
Antes do espetáculo, aproveitei para experimentar o “Tacacá”, prato típico da região amazônica, no famoso “Tacacá da Gisela”, na praça em frente ao Teatro. O Tacacá é um caldo amarelado, composto de tucupi, goma de mandioca, jambu (erva amazônica que provoca uma dormência na boca) e camarão seco. Ele é servido em cuia, sem colher, apenas com um espetinho de madeira para comer o camarão e o jambu. A cuia é bem grande e custa R$ 20,00. Na minha opinião deveria ser oferecido uma cuia de tamanho menor pois achei que a quantidade de caldo era enorme! Não agradou muito o meu paladar, principalmente o jambu…
No nosso último dia (domingo), só teríamos a parte da manhã para fazer alguma coisa pois o nosso vôo seria ás 16:00. Aproveitamos para conhecer a Feira municipal de artesanato da avenida Eduardo Ribeiro. A feirinha acontece todo domingo e conta com diversas barracas de artesanato, venda de plantas e barracas de culinária e muita gente vai tomar café da manhã no local.
Assim terminou a minha curta visita a Manaus, cidade surpreendente e que me deixou com vontade de um dia voltar para conhecer os atrativos que ficaram para trás!
Mineira, Advogada e Enfermeira por formação, Gestora Estratégica por vocação e viajante inveterada por opção!!! Apaixonada por viagens, culturas, sabores, amizades e experiências que só uma vida mochileira pode nos proporcionar!
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