
Curiosidades sobre a vida nômade
Falaaaa galera!!!
[atualizado em 01/12/2020. Boa leitura!]
O blog tá cheio de novidades e uma delas é que a partir de agora o Vida Mochileira vai entrevistar pessoas que nos inspiram a sair da rotina e quebrar os padrões da sociedade.
Então, na aba INSPIRE-SE você vai ler textos inspiracionais, dicas relevantes de viagem e também entrevistas e relatos de pessoas que saíram da caixa e são felizes fazendo o que amam.
Pra abrir esse tópico de entrevistas em grande estilo, nada melhor do que ler o relato sensacional que a Carla Boechat do blog Fui, Gostei, Contei nos enviou respondendo todas as perguntas que todo mundo quer saber sobre a famosa vida nômade.
Eu fiz um questionário cheio de dúvidas que eu tinha sobre esse estilo de vida e acredito que muita gente também deva ter esses mesmos questionamentos. Por isso, pedi pra Carla, que é uma das pessoas que mais me inspiram a seguir uma vida leve, responder essas perguntas com carinho já que ela tem esse estilo de vida nômade há 2 anos.
Carla Boechat é jornalista e nômade há mais de dois anos. Já visitou 44 países, muitos deles sozinha, e agora está morando no Deserto do Atacama enquanto decide seu próximo destino.
Curiosidades sobre a vida nômade
1- Por que e como surgiu a vontade de ser nômade?
Faz muuuitos anos que eu acompanho essa galera que viaja fulltime, e meus olhos brilhavam vendo aquelas fotos e relatos, sabe? O engraçado é que eu via aquilo como uma realidade muito distante da minha, só admirava e sonhava, mas pensava que eu nunca seria aquela pessoa.
Sei lá por que, por na época ter um namoro que não me permitiria isso, ou pelo meu trabalho fixo com vida estável, ou pelo apego que tenho com minha família. Eu ficava atrás da tela do computador só acompanhando aquele estilo de vida dos meus sonhos!
E aí aconteceu, sem eu planejar nadinha. Um dia pedi demissão do meu trabalho “estável” pra fazer um Mestrado Fulltime, um ano depois entreguei meu apartamento alugado para fazer um intercâmbio na Croácia e quando voltei já não parei mais de viajar e nem quis saber de contratos de aluguel ou trabalhos fixos. Quando me dei conta, eu era aquela pessoa que eu sempre admirei tanto.
2- Como a sua família e amigos receberam a notícia quando você contou que largaria seu emprego estável ou sua “vida comum” pra se jogar no mundo?
Então, pra mim as coisas aconteceram meio por acaso, né? Eu não pedi demissão e disse “tô indo viajar o mundo sem data pra voltar”. Eu larguei meu trabalho pra cursar o melhor Mestrado de Negócios da América Latina! Imagina o orgulho da família? Não entreguei meu apartamento pra uma aventura qualquer.
Fui fazer parte do meu Mestrado na Croácia! As coisas foram acontecendo aos poucos, e acho que isso ajudou muito que meus pais entendessem e apoiassem a forma como vivo hoje. O fato do meu blog também ter crescido bastante e ter trazido oportunidades de viagens foi mais um ponto positivo nessa mudança toda.
Isso fez com que meu nomadismo fosse encarado com maior profissionalismo, ainda que fuja tanto a um padrão de vida dita “normal”. Coloca aí: sou uma jornalista de turismo com seu próprio veículo de comunicação. Olha como a coisa fica mais bonita de se ver? Hoje tenho total apoio dos meus pais e amigos, e sou muito grata por isso. Eles sabem que estou realizando meus sonhos.
3- Quais foram seus medos iniciais? E quais são seus medos atuais?
Nunca tive medo de começar, pois estava muito certa do que eu queria. Já viajei muuuito sozinha, pra país que eu achava que era perigoso, já vendi brigadeiro na rua porque estava sem grana, já dormi em estação de trem à noite sem ninguém falar minha língua, já fiquei internada em hospital no exterior e quase morri, já quebrei o braço saltando de bungee jumping e depois precisei me virar sozinha sem contar nem pra minha família, já fiquei largada no meio da estrada à noite porque comprei tour com uma agência pilantra.
Se lá atrás eu soubesse que tudo isso ia acontecer, talvez eu até tivesse medo, claro, mas ainda assim faria tudo de novo. Porque o país “perigoso”, na verdade, me recebeu de braços abertos e chego a emocionar quando lembro dessa trip (Zimbábue).
Porque quando estava sem grana, não pensei que seria uma vergonha vender brigadeiros na rua – fui lá, fiz, enchi a carteira e ainda me diverti horrores (Deserto do Atacama). Porque o fato de ter quebrado o braço me levou a fazer os melhores amigos do mundo e um deles até me emprestou uma casa que ele tinha onde morei por 4 meses (Croácia). Porque tudo isso que eu vivi me fez quem sou hoje.
Meu medo atual? Acontecer algo que me impeça de continuar seguindo meus sonhos.
4- Como você se preparou pra transição da “vida comum” pra vida nômade?
A transição, na prática, ocorreu naturalmente, sem preparação específica. Mas me lembro que, no início, era difícil me assumir como nômade. Eu achava que era uma palavra muito forte, e que eu sabia que me levaria a enfrentar certos preconceitos.
Foi um processo lento, de autoconhecimento, de entender o real sentido de ser “nômade”. Levei um tempo me preparando para me assumir assim publicamente. Acho que o passo maior foi quando pela primeira vez trabalhei fora do país como forma de me sustentar pra seguir viagem. Aí ficou claro o estilo de vida que eu tinha escolhido pra mim, e não precisei explicar mais nada pra ninguém.
5- Quais foram seus principais desafios no início?
Preconceito. Essa palavra, dita assim, soa feia, forte, talvez até injusta com todas as pessoas que se preocuparam com minhas escolhas. Mas a verdade é que eu sabia o que eu queria, e demorei a assumir isso porque sabia dos julgamentos que enfrentaria – e ainda enfrento. A diferença é que hoje isso é muito pequeno perto de tudo que eu estou vivendo e dos planos que tenho. Isso não me paralisa mais.
6- Você sofreu alguma crítica ou preconceito com a sua decisão? Se sim, quais e como superou ou passou por cima deles?
Sim, acho que isso é inevitável. Minha maneira de contornar isso foi mostrar para as pessoas a paixão pelo que eu faço, e me virar a qualquer custo sem recorrer a ninguém, nem quando a grana acabou. Acabei inspirando outras pessoas, e vejo que sou mais admirada por essa coragem, que criticada por ter fugido ao padrão.
7- Muita gente tem essa dúvida: Como você ganha dinheiro pra se sustentar ao longo da sua vida nômade. Liste tudo que você faz ou já fez pra ganhar dinheiro e o que você recomenda para as pessoas.
Comecei fazendo frilas como jornalista no Rio, e viajando enquanto o dinheiro dava. Quando a coisa apertava, voltava, trabalhava mais um pouco, e depois continuava. O passo seguinte foi começar a trabalhar enquanto viajo. Até agora minha experiência é trabalhando com Turismo aqui no Deserto do Atacama.
É a segunda vez que venho pra cá pra levantar uma graninha. Mas tem aí o meu blog também, que além de uma renda mensal (ainda não suficiente pra viver só com ela), também me abre portas para convites de hotéis, restaurantes, agências, destinos. Isso com certeza ajuda que eu me mantenha na estrada, e levo muito a sério meu trabalho no blog. Meu sonho é ainda viver só dele.
8- Você já teve algum perrengue durante essa jornada?
Se os que eu contei lá em cima não bastarem, tenho mais uns 15 aqui pra compartilhar hehehe. Mas falando sério, para mim, perrengue de verdade foi relacionado a saúde.
Quando fiquei uma semana internada num hospital público na Croácia com uma infecção gravíssima e achei que fosse realmente morrer, ali eu me vi sem ter muito o que fazer.
Nem as enfermeiras falavam inglês, só croata! Cheguei a entrar em contato com a Embaixada Brasileira na Croácia pedindo ajuda, mas eles não me deram a menor atenção. Ainda bem que eu tinha amigos locais que foram como uma família, além de um seguro viagem excelente que me deu toda a cobertura e apoio.
9- Quais são as vantagens dessa vida nômade?
Liberdade. E experiências que nem o melhor emprego fixo com o mais alto salário pagariam. Hoje levo uma vida muito mais simples, e, mesmo com as dificuldades, dou muito valor a isso.
10- Quais são as desvantagens dessa vida nômade?
Estar longe da minha família (e isso inclui os amigos mais próximos). Só.
11- Qual sua recomendação para as pessoas que querem “largar tudo” de conhecido e cômodo pra viver uma vida nômade?
Você também será criticado. Se é seu sonho, não deixe que isso te paralise.
12- Em termos de documentação, visto, conta bancária, plano de saúde (ou seguro saúde), aposentadoria, número de celular, internet, aprender o novo idioma do país que você tá morando… Como você se organiza em relação a esses tópicos (comente cada um) e o que recomenda para as pessoas que querem seguir os seus passos?
Olha, sou uma pessoa bem desorganizada hehe. Mas vamos por partes:
– Documentação e visto: o fato de eu também ter cidadania italiana me ajuda MUITO com essa parte burocrática. Em geral, não tenho dificuldade alguma para tirar vistos de Turista, mas respeito os limites de estadia em cada país (só excedi sem querer no Peru, pois não me dei conta que o fiscal havia concedido apenas 40 dias lá, e acabei ficando 47.
Mas não teve stress, paguei uma multa por excesso de permanência e segui viagem). Agora estou trabalhando no Deserto do Atacama, mas ainda não tirei meu visto de trabalho porque a princípio ficaria pouco tempo. Como estendi um pouco a temporada aqui, estou me programando para legalizar os papéis.
– Plano de saúde: busco estar sempre em dia com meu seguro viagem. É uma economia que não gosto de fazer! E quando tirar meu visto de trabalho aqui no Chile, terei direito ao atendimento de Saúde local.
Seguro viagem sempre usei o da Real Seguros e são excelentes! Atendimento impecável. Tem um cupom de desconto no meu blog (pra quem quiser).
– Aposentadoria: pago meu INSS e recomendo que todos façam o mesmo. Os contadores dos meus pais emitem, me enviam por e-mail e eu pago online pelo aplicativo do banco. Ainda não sou MEI, mas pretendo ser em breve.
– Número de celular: o WhatsApp continua com meu número brasileiro, que na verdade já está até desativado. Mas geralmente compro um chip do país onde estou, para colocar créditos e ter internet. Vale a pena!
– Internet: uma necessidade, mas nem sempre uma realidade. Tento sempre ter internet no celular e abusar do WiFi em hospedagens, restaurantes, praças. Aqui no Atacama está sendo um desafio, pois Internet aqui realmente é um recurso limitado.
– Aprender novo idioma: o fato de falar inglês e espanhol ajudam bem. Na Croácia cheguei a fazer aulas de croata, mas TODO mundo falava inglês, então nunca pratiquei e acabei não aprendendo de verdade, por mais que quisesse. No entanto, há outros lugares que só a mímica salva.
Na Rússia era sofrido, nos restaurantes eu precisava levantar e apontar pro prato da mesa ao lado pra mostrar o que queria comer. Se ficasse uma temporada maior lá, certamente precisaria estudar alguma coisa de russo. Mas recomendo sempre saber as palavras básicas no idioma local (Olá, por favor, obrigado, pode me ajudar?, onde fica…). É gentil e abre portas.
13- Como surgiu o blog Fui, Gostei, Contei?
Em 2013 eu estava desempregada, fui visitar meus pais, não tinha muito o que fazer, então joguei no Google “como criar um blog”. Eu tinha acabado de voltar de uma viagem para México e Panamá. Criei e comecei a dar dicas da viagem ali.
Na época eu não fazia nem ideia de que essa poderia ser uma profissão, ou que alguém ganhava dinheiro com isso. Com o tempo descobri associações e redes de blogueiros de viagens, comecei a estudar mais essa área, criei contas em redes sociais, investi grana, conheci outros blogueiros, comecei a escrever com mais frequência e o blog foi crescendo mais e mais. Até hoje agradeço por essa tarde entediada em Itaperuna!!! rsrs
14- Quais são seus objetivos e metas futuras?
No momento posso dizer que meu objetivo é conseguir me firmar financeiramente para seguir conhecendo o mundo, morando um pouquinho em cada lugar, voltando ao Brasil sempre e dando apoio à minha família no que eles precisarem.
15- Conta pra gente algumas verdades/realidades que só quem é nômade vai entender!
São tantas situações inusitadas! O mais engraçado para mim é quando começamos a misturar expressões locais com nosso idioma. Ficando esse tempo todo na América do Sul, me pego falando “compartir” ao invés de compartilhar.
Quando quero dizer que algo vai acontecer com certeza, sem querer lanço um “sim ou sim”. Que até dá pra entender em português, mas na verdade veio do “sí o sí” que tanto falam aqui. Uma palavra que nunca me vem rápido à cabeça é abacate. Só penso em “palta”. Não pergunto se a pessoa tem certeza. Pergunto “Seguro?”.
16- Existem algumas características ou personalidades marcantes nas pessoas que se adaptam mais fácil à vida nômade?
Cada pessoa tem sua personalidade própria, como em qualquer estilo de vida, então é difícil tentar padronizar como seria um nômade. Mas eu diria que são pessoas com uma paixão muito grande pela vida, que enxergam o mundo com outros olhos. Têm uma visão mais ampla de mundo, e naturalmente são mais abertos a fugir de padrões.
17- Quantos reais, mais ou menos, você gastou (ou gasta) por mês nos países que já visitou e/ou morou?
Isso varia muito! Com o dinheiro de um mês aqui no Atacama, sou rica por dois meses na Bolívia, por exemplo. Quando eu morava na Croácia, gastava até menos do que quando morava em Niterói.
Quando morei no Canadá, minha primeira viagem pro exterior, gastei horrores! Porque ainda não tinha muito essa consciência de que, se gastasse menos, poderia viajar por mais tempo. Quando estive na Romênia, fiz até compras no shopping, de tão barato que é esse país.
Quando cheguei na Finlândia, queria chorar até pra pagar o ônibus, de tão caro que era tudo. Tem ainda o fator de que, quando você está morando num lugar, acaba tendo um gasto menor do que quando está visitando apenas (porque aluga uma casa ou apartamento, cozinha mais em casa, não faz passeios quase todos os dias, etc).
Eu diria que dá pra viajar tranquilo, a passeio, com uns 40 dólares por dia. Mas em lugares com custo de vida mais alto, pode jogar esse valor para uns 60 dólares pelo menos, incluindo acomodação em hostel, alimentação, algum passeio, transporte. Morando no lugar esses gastos devem cair em uns 30% (fazendo as médias bem por alto aqui, para tentar passar uma noção de custos).
Jogando pra minha realidade, os valores em geral caem bastante, por todas as parcerias que realizo com o blog e convites que recebo, que me ajudam a economizar bastante. E isso vai desde a fazer uma press trip com custo zero (onde quem me convida arca com todas as despedas, de passagem aérea a hotel, restaurantes e passeios), a viagens total ou parcialmente bancadas por mim.
18- É fácil arrumar emprego no exterior? Quais são os requisitos e como é o processo? Conta pra gente alguns empregos que você já conseguiu durante sua jornada nômade e como conseguiu.
Geralmente não é fácil não. Na maioria dos lugares, você precisa ter o Visto de Trabalho, que nem sempre é simples de tirar. Minha única experiência trabalhando no exterior até agora é no Atacama (tentei em Cusco, mas financeiramente não compensava), e aqui, sim, posso dizer que é ridiculamente fácil conseguir um emprego.
É só bater de agência em agência, e em um dia certamente você conseguirá algo, sendo que na maioria dos lugares não vão te pedir papéis legalizados. Eles contratam muitos brasileiros aqui justamente porque há muitos turistas brasileiros no Atacama, então eles querem gente falando português nas agências. O trabalho é informal e geralmente você recebe um fixo por dia + comissão por vendas.
19- Você já fez muitos bicos e criou muitas soluções pra conseguir uma graninha extra, né? Como vender brigadeiro no Atacama. Conta mais sobre as suas ideias e o que as pessoas precisam pra ter tanto sucesso como você.
As pessoas precisam ter menos medo, em especial medo do que os outros vão pensar de você. Faz o que você tem vontade, e depois você pode até ser convidado pra dar entrevista aqui pro Vida Mochileira sobre suas loucuras rsrs.
Eu cheguei no Atacama com uma amiga, e nossa mochila estava lotada de leite condensado, granulado e Nescau. Logo no primeiro dia fizemos os brigadeiros e saímos vendendo na rua, com direito até a plaquinha! Em menos de uma hora vendemos tudo, e assim seguimos nos dias seguintes.
Era hilário, os brasileiros adoravam e a gente se divertia! Também já fiz bico de tradutora de inglês em Tour Astronômico (que era em espanhol). Cara, era tenso! Ouvir todos aqueles termos técnicos em espanhol e traduzir pro inglês… óbvio que paguei vários micos! Também escrevo artigos remunerados, geralmente sobre viagens. Jeito pra fazer dinheiro tem aos montes! Invente a sua maneira, perca a vergonha e se jogue.
20- Você tem ou teve algumas pessoas que te inspiraram a dar esse passo pra vida nômade ou a continuar nela? Liste todas (pode ser site ou instagram).
Agora não me vem nenhum nome em mente, mas essa paixão por viajar é de família.
21- Tem algum livro que te inspirou nessa jornada? Liste todos.
Um livro não, mas tem um filme que já assisti umas 8 vezes e que adoro, que em português se chama Beijo Roubado (em inglês o nome é My Blueberry Nights). A história não tem nada a ver com a minha, pois a menina começa a viajar depois de uma desilusão amorosa, que definitivamente não foi meu caso.
Mas ela resolve que quer comprar um carro para cruzar os Estados Unidos, e aí começa a trabalhar de garçonete ou dá forma como dá enquanto viaja. Ela é super decidida, e no fim consegue o que ela queria, em meio a várias histórias por onde ela passa. A atriz principal é a Norah Jones, e a trilha sonora desse filme é incrível.
22- Você se arrepende de ter feito alguma coisa ou ter tomado alguma decisão errada ao longo da sua vida nômade? Se sim, qual e por quê?
Arrependimento é uma palavra muito forte. Mas eu gostaria de estar mais ao lado da minha família. Isso é algo que me faz muita falta e é o maior peso na minha decisão de viver longe.
23- Quando você muda de país ou cidade, como faz pra alugar quarto ou apartamento? Fica sempre em hostel?
Se for para ficar muito tempo (mais que um mês), o ideal é chegar no lugar e tentar encontrar casa pelo boca-a-boca. Sai muito mais barato que em sites como AirBNB, por exemplo. Mas já cheguei a ficar pingando de hostel em hostel por mais de um mês, e é beeeem cansativo.
24- Uma pergunta boba, mas muito importante: Como você viaja com seu dinheiro? Todo no cartão de crédito ou com dinheiro vivo? Como deixa guardado de forma segura?
Deixo em minha conta no Brasil e saco quando chego a um país novo. Sei que tem toda a história de “ah, mas você vai pagar IOF!”, só que, na prática, não existe toda essa economia se você somente trocar dinheiro em casas de câmbio. Sacar não é a forma mais econômica, mas ainda estou buscando alternativas melhores. E como faço viagens muito longas, de meses, não dá para levar tudo em espécie. É muito arriscado.
25- Existem sites ou blogs que você recomenda pra quem quer cair nessa vida nômade?
Sim! Recomendo o instagram @patchinpixels. A Paty é pura inspiração e as fotos dela são ma-ra-vi-lho-sas!
26- Algum conselho final que você daria pra galera que quer seguir seus passos?
Não siga os passos de ninguém. Siga seus sonhos e sua intuição, não tenha medo de arriscar por algo que você realmente quer, e não espere pelo momento ideal pra ir. Isso é bobeira, o momento ideal é aquele em que você já foi. Faça valer a pena o hoje.
>>>>>
E assim acaba nossa primeira entrevista aqui no Vida Mochileira.
Genteeee! A Carla é maravilhosa e tem tanto pra dividir que essa entrevista não abrangeu metade das histórias que ela tem pra contar.
Se você curtiu o estilo de vida nômade dela, tem muito mais no instagram @fuigostecontei e no blog Fui, Gostei, Contei.
Se você conhece alguém que precisa ler esse post, envie o link e ajude a inspirar outras pessoas compartilhando informações e conteúdos úteis.
Carla Boechat é jornalista e nômade há mais de dois anos. Já visitou 44 países, muitos deles sozinha, e agora está morando no Deserto do Atacama enquanto decide qual será seu próximo destino.
- Blog: http://fuigosteicontei.com.br/
- Instagram: @fuigosteicontei
- Facebook: /fuigosteicontei
- Youtube: /tecontopelaestrada