
Sair do Instagram por um tempo é importante pra saúde mental
Sair do Instagram temporariamente é fundamental pra manter a saúde mental em dia e se reconectar consigo mesmo. Entenda o porquê nesse post e deixe sua opinião nos comentários!Não vou trazer vários dados e teorias da psicanálise pra falar sobre sair do Instagram. Mas, vou falar sobre a minha percepção de como o Instagram além de ser uma ferramenta muito poderosa de compartilhamento de informação também pode trazer ansiedade e depressão nos seus usuários – sem muitas vezes a gente nem saber que isso é a causa.
Eu sou produtora de conteúdo de viagens e um dos meus canais é o Instagram. Nessa rede, além de usuária eu também produzo o conteúdo que dezenas de pessoas consomem. Eu consumo e gero consumo ao mesmo tempo.
Por isso, estar consciente dos conteúdos que eu produzo é importante pra entender os resultados e sentimentos que eu gero nas pessoas que consomem esses conteúdos. Redes Sociais são a extensão dos nossos celulares hoje em dia e até mesmo das nossas atitudes – tudo que a gente faz precisa ser registrado, senão não foi vivido, né?
E é essa necessidade constante de estar no mundo digital, postando tudo à nossa volta que acaba por nos afastar do que realmente importa: nós mesmos! Entramos praticamente no modo automático sem questionar mais do porquê compartilhamos as coisas ou do porquê elas precisam, de fato, serem compartilhadas, né?
Nesse post você vai ler:
O Dilema das Redes e a decisão de sair do Instagram
Recomendo fortemente que você assista o documentário da Netflix sobre esse assunto “O Dilema das Redes”. Eu já vinha refletindo muito sobre esse assunto, mas o documentário trouxe várias informações e dados que comprovam que as redes sociais foram criadas para nos viciar.
E como qualquer vício, não é fácil parar. O Instagram foi criado pra ser um jogo e dar recompensas de aprovação (likes), mexer com a autoestima (filtros) e gerar competição (número de seguidores). E, como todo jogo, as pessoas que jogam querem tá sempre em primeiro, seja lá qual for o custo disso, né?
A ferramenta do Instagram tem esse poder de trazer pra perto quem tá longe, mas também afasta quem tá perto. Quantas vezes você não foi numa festa com vários amigos e num momento estava todo mundo olhando pro celular (e, às vezes, até mesmo interagindo entre si pelo celular) em vez de estar presente interagindo no mundo real?
O Instagram tem sim seus lados positivos que é a inspiração e a informação fácil (vamos desconsiderar aqui as fake news), mas em contrapartida também promove um senso de comparação e competição muito grande onde é muito comum você comparar seus bastidores com o palco alheio.
Quem nunca teve um dia ruim e abriu o Instagram e só viu gente feliz, com a vida perfeita e nas viagens do sonho, e automaticamente pensou: “minha vida é um bosta”, “queria ter as coisas dessa pessoa”, “queria ser igual essa pessoa”, “queria ter a vida dessa pesoa”…
Isso porque o Instagram é um recorte da vida das pessoas e a maioria só decide postar as coisas boas e as vitórias. Dificilmente você vai ver pessoas postando os fracassos, os perrengues ou os dias ruins. E apesar da gente conscientemente saber disso, isso não muda o fato de como nos sentimentos ao ver a vida alheia e desejar não estar onde estamos no momento.
O fato da gente desejar ter outra vida, ser outra pessoa, fazer coisas diferentes e não estar onde estamos, faz com que a gente crie uma insatisfação tão grande com a gente que a ansiedade e a depressão tomam conta imediatamente e quando você percebe já está embalada nesse limbo sem saber como sair.
A gente sabe que o Instagram foi criado pra nos viciar e sabe que ele gera comparação e ansiedade, mas quando estamos imersos nas bolhas das redes sociais não conseguimos agir com a consciência e acabamos por nos deixar levar no fluxo do jogo e é aí que mora o perigo: não ter mais controle sobre o que você produz e o que você consome.
Já faz um tempo que eu venho refletindo sobre a minha responsabilidade como criadora de conteúdo de viagens e sobre a influência das redes sociais na minha vida.
Eu comecei a me questionar o quanto acabamos por deixar de viver experiências diferentes, conhecer pessoas interessantes ou, até mesmo, ser gratos pelo que temos porque estamos presos no mundo digital. Sem contar o tempo que a gente vem desperdiçando olhando e cobiçando a vida alheia em vez de viver a nossa própria vida, né?
O Instagram é uma rede social muito poderosa e se a gente não usá-la de forma consciente pode ser embalada num fluxo de ansiedade, comparação e, até mesmo depressão.
Eu decidi sair do Instagram (temporariamente) porque percebi que estava perdendo a minha essência, autenticidade e espontaneidade pra fazer parte do jogo do algoritmo.
Eu quis parar e me afastar por um tempo dessa rede social – que estava consumindo a minha energia de forma negativa – pra me reconectar comigo mesma e poder voltar de forma mais consciente e trazendo mais inspirações positivas pra vocês!
Claro que eu me questiono sobre o ‘que eu vou perder’ se eu sair por um tempo, mas eu tô tentando focar no que ‘eu vou ganhar’ com esse tempo offline!

Por que sair do Instagram temporariamente?
Você pode ter certeza que sair do Instagram temporariamente por 2 semanas ou 1 mês (ou até mais), vai te dar um respiro e um alívio muito grande. Não digo que será fácil, pois sabemos que ele é um vício, mas acredito 100% que sair do Instagram por um tempo é necessário pra manutenção da nossa saúde mental nos dias de hoje.
Eu gosto muito de dividir meus processos com vocês porque sei que muitas vezes a gente tá passando pelas mesmas coisas!
O que era pra ser uma ferramenta pra mostrar um estilo de vida livre e viajante acabou por se tornar uma prisão inconsciente da pressão dos algoritmos e do universo da aprovação através de likes e seguidores.
Eu tô focando no que eu vou ganhar quando sair do Instagram, porque se não o FOMO (Fear Of Missing Out) toma conta e aí eu não tomo a atitude sobre a decisão que já tomei. O vício do Instagram é grande, mas a vontade de me reconectar comigo mesma é maior!
Sair do Instagram por um tempo é bom pra você se reconectar com a sua essência e descobrir as coisas que de fato te motivam sem as interferências exteriores.
Vai ser bom pra você sair do Instagram temporariamente pra entender as suas próprias necessidades e o que te faz feliz de verdade sem a pressão de ter que agradar, pertencer ou buscar por aprovação.
Simplesmente ser você mesma (e não o personagem do jogo que busca por likes) e fazer as coisas que tem vontade, na hora que tem vontade, estando de fato presente e consciente e não alienada e distraída nos stories.
Pegue esse tempo fora do Instagram pra estudar coisas novas, ler livros, praticar esportes, se conectar com a família e amigos e realmente explorar a sua autenticidade e autoestima de forma mais profunda, para que elas não sejam abaladas pelo jogo quando você voltar.
Leia também:
– Como me tornei criadora de conteúdo
– Como ter um trabalho remoto enquanto você trabalha

Rotina Instagramável – Uma reflexão em forma de poesia
Acorda, tenta criar a rotina perfeita, o mundo bagunça a rotina com demandas desnecessárias, cria um sonho e a sociedade diz que o sonho é muito grande.
Para de inventar. Segue o manual. Fulano fez assim, dá certo! É só seguir esse padrão, disseram. Você segue, curte por um tempo, engaja com aquela realidade (com cores distorcidas) e percebe que não lhe acrescenta mais nada.
Você descurte e quer parar de seguir esse personagem que você criou para agradar, para pertencer, para não magoar, mas, principalmente, para não ter que lidar com o fato de que você se distanciou da sua essência para buscar por visualizações que pareciam dar resultados rápidos, engano seu.
Ficou em casa isolada, se desconectou das redes, não tinha mais obrigações com ninguém. Você parou e percebeu que tá tudo bem apenas ser você (sem maquiagem) e que você até prefere esse novo reflexo que vê no espelho, não tem a sombra de ninguém, é só você. E, então, se dá conta de que o seu sorriso, agora, é mais natural.
Os caminhos que seguimos foram mesmo escolhidos por nós?
Agora, mais calada (e parada) do que de costume, começo a questionar os passos que dei e os caminhos que peguei. Eram mesmo esses os trajetos que eu queria ter feito ou foi mais fácil porque era por ali que todo mundo tava indo?!
Hoje reflito incessantemente, pedindo respostas pro meu coração (aquele que em algum momento ficou calado pra eu poder ouvir a minha mente que parecia ter teses mais racionais de como ser “bem-sucedida” – que ingenuidade).
Será que o caminho mais fácil era mesmo onde eu queria chegar ou era onde os outros (aquelas pessoas que parecem saber mais que o meu próprio coração – ou pelo menos a gente tende achar isso) me fizeram acreditar que era lá que eu deveria estar?!
Curti e salvei fotos alheias porque queria fazer igual, sonhei os sonhos dos outros porque os meus pareciam não ser tão interessantes, desejei tantas vezes mudar a minha vida e ter a grama mais verde do vizinho.
Por sorte, nunca é tarde pra voltar pra estrada principal e pegar outros caminhos. Talvez esses não sejam tão explorados, talvez despertem mais medo e incertezas, mas, acho que o nosso coração sabe nos guiar melhor do que ninguém pra onde devemos ir, que experiências devemos viver e que aprendizados devemos absorver pra evoluir.
Afinal, a nossa busca constante deveria ser nos tornamos a melhor versão de nós mesmos e não uma busca irreal e injusta de comparação dos nossos bastidores com o palco dos outros!
Mas, o que é felicidade afinal?
Às vezes, o que é felicidade pra mim não é felicidade pra você. Às vezes, o que te tira um sorriso pode ser a causa do meu choro.
Pras alguns, viver sem ter lugar fixo é status e liberdade e pra outros ter a casa própria é sinônimo de estabilidade. Uns gostam de esbanjar as coisas que acumularam e outros se orgulham das coisas que reduziram.
Pra algumas pessoas viajar é estilo de vida e pra outras é o descanso de 30 dias. Alguns sabem do valor que tem e outros precisam das curtidas pra lembrar.
No final, cada um tem seu conceito de felicidade, mas tem sempre alguém pra julgar. Vivemos numa sociedade que prefere apontar dedos em vez de aceitar as diferenças e abraçar.
Não adianta! Nesse mundo doentio se a gente não olhar mais pra dentro vai tá sempre correndo atrás do que falta pra agradar quem tá olhando de fora, mesmo a gente já tendo tudo pra sorrir agora!
Sair do Instagram por um tempo vai te fazer muito bem
Os algoritmos do Instagram junto com as minhas próprias cobranças e as comparações alheias me colocaram a pressão de ter que tá sempre on-line postando o tempo todo.
Acabei por entrar no modo automático compartilhando mais do mesmo e deixando os números do Instagram ditarem o meu valor e bagunçarem a minha autoestima.
Senti a necessidade de tirar férias do Instagram pra me conectar mais comigo e ressignificar certos valores que essa plataforma bagunçou na minha cabeça
Afinal, não tem como a gente querer reluzir brilho e inspiração pra fora se a gente não tá conseguindo enxergar esse brilho dentro da gente, né?!
Todos temos um brilho incrível e uma unicidade mágica. Só precisamos parar e internalizar isso de forma consciente!
Por isso, decidi sair pra me reconectar comigo mesma pra quando voltar, voltar mais consciente e com ainda mais valor pra quem me segue!
Por isso, vou tirar férias do Instagram por um tempo! Os conteúdos vão ficar lá, mas eu não!
Ainda não sei quando eu volto, mas vocês pode me encontrar no:
✔️ BLOG: vidamochileira.com.br
✔️ YOUTUBE: /vidamochileira
✔️ TELEGRAM: https://t.me/mentoriadevoluntariado
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Espero que você tenha gostado dessa reflexão sobre os benefícios de sair do Instagram temporariamente. Se você conhece alguém que precisa ler isso pra se inspirar a tirar umas férias das redes sociais, manda esse post pra ela!
Ahhh! Não esquece de me seguir no Instagram (@vidamochileira) pra acompanhar minhas aventuras em tempo real.
Beijos e até a próxima.
Mary