O que fazer em Salento: as melhores dicas e lugares que você precisa conhecer
Conhecida como as Maldivas da Itália, confira as melhores dicas do que fazer e o que eu vivi em Salento!RELATO ESCRITO POR JENNIFFER FÓGOS
Puglia, conte comigo pra tudo!
Eu viajei durante 6 dias por esse paraíso ainda desconhecido por muitos. A zona do salto italiano representado no mapa pisou em mim com todas as suas forças e tudo que eu posso dizer é que preciso voltar com melhores planos. Sinceramente? Nota 10 de 10 pra esse destino.
Eu fiz uma viagem bem de boa, sem grandes planos, afinal eu estava só de penetra na viagem dos outros. Minha vizinha de 56 anos me convidou pra ir com ela porque ela não queria ir sozinha e eu lá fui toda serelepe e pimpona, afinal “Um copo de água e companhia pra uma viagem não se nega a ninguém”,
E foi assim que eu descobri um lugar barato, com água esmeralda, cidades lindíssimas, pessoas maravilindas, e a melhor comida da vida. Mas, vamos ao que interessa.
Preços? Roteiro? Dicas? Temos! Vambora!
Nesse post você vai ler:
O que fazer em Salento
Eu voei de Londres para Brindisi pela Ryannair, obviamente. Um voo super barato como habitual. Com uma mala pequena de porão ficou em 80 euros. Aluguei um carro numa locação do aeroporto pelo aplicativo da rentalcars (182 euros, um fiat 500 a diesel, com cobertura superior, porque eu sou medrosa e sempre pago os seguros pois SEM CONDIÇÕES DE PAGAR UMA ÚNICA RODA DE UM DESSES CARROS QUE A GENTE ALUGA se alguma coisa der errado). Não visitamos Brindisi porque o fogo no rabo pra ir direto pra praia era muito. Então seguimos para Lecce, fizemos o check in no Nidi di Feo – o que eu recomendo com todas as forças que meu corpo é capaz de produzir.
O lugar é incrivelmente limpo, os funcionários são excepcionalmente simpáticos, e o café da manhã é de comer agradecendo a Deus por cada item. E se você está interessado em comer um “pasticciotti” (um bolinho de sonho com creme dentro muito famoso na região) o lugar é aqui ou no café L´incontro.
Eu comi um total de 21 ao longo desses 6 dias. Até porque, né? A boca foi feita pra comer, e se você está na Itália a boca foi feita pra comer muito. E os melhores exemplares que eu comi foi na nossa acomodação e nesse cafezinho simpático.
Galipolli
Seguimos para Galipolli, e esse foi o primeiro soco que eu levei. A água era tão clara que se alguém tivesse me largado ali, me acordado e eu tivesse que adivinhar onde eu caí eu apostaria minha vida em como estávamos na Croácia.
Como vocês podem imaginar ficamos morcegando eternamente em berço esplendido nessa praia até o pôr do sol e decidimos jantar de volta em Lecce. Detalhe, de Lecce para Galipolli são uns 30 minutos de carro.
Lecce
Lecce é uma daquelas cidadelas para caminhar e ficar de pescoço duro. Os edifícios são altos e todos lindos, o refletir da luz naquelas paredes brancas é um evento por si só. De dia ou de noite, é um ótimo passeio. E tem restaurantes ótimos. Já indico o restaurante via Cardi onde eu comi a melhor burrata da minha vida. Só de lembrar fiquei com água na boca. A cidade tem vários tours para oferecer. Inclusive alguns gratuitos começando na praça principal em frente ao centro de informação turística.
Pontos turísticos de Lecce (fizemos bate e volta)
De Lecce a gente passou no supermercado pra comprar algumas coisinhas pra almoçar no caminho e iniciamos uma longa tarde de bate e volta nos seguintes pontos:
- Torre del Orso;
- Grotta del la poesia;
- Torre Sant´Andrea;
- Alimini Lakes;
- Otranto;
- Galiano del capo;
- San Maria de Leuca.
E eu não preciso explicar porque eu achei que valia a pena dirigir por horas pela costa. Eu amo água. E amo essas cores estupidamente lindas que a gente só encontra no mar. Então, se você é um desses, vai que é tua. Se não é tua onda, escolhe um ou dois pontos e aproveita um tempo lá. Eu não quis ficar na praia em nenhum desses locais maravilindos porque eu queria passear em Galipolli, só que na zona da cidade. Então, terminamos esse dia jantando lá, no restaurante Porto Antico, do lado de uma loja de conserto de bicicletas, que foi o meu melhor jantar da semana toda.
E Galipolli, enquanto cidade valeu cada hora que eu perdi de ficar assando meu bacon na praia durante a tarde, porém não tenho nenhuma foto decente porque fiquei sem bateria. Talvez tenha sido do excesso de fotos durante a tarde, diriam as más línguas.
Pescoluce
No dia seguinte, que era nosso último em Lecce, a gente resolveu terminar como começamos e dirigimos até Pescoluce. Mais conhecida como as Maldivas de Salento. Nome que deu título a esse post.
E mais uma vez, águas claras e limpas. E um sol arrasador.
Bari
Três primeiros dias vividos e aprovadíssimos já me preparando pra voltar com mais tempo, porém era hora de sairmos de Lecce. Nós dirigimos através de Alberobello, uma cidadezinha conhecida pelas suas casinhas cônicas espalhadas pela cidade que nem uma praga. Elas são lindas e consideradas patrimônio da humanidade pela Unesco, o que significa: muita gente nos tours. Então se você decidir que vale o passeio, boa sorte. Eu não parei nem pra tirar fotos, eu literalmente dirigi pelas ruas no caminho para Bari.
E nesse primeiro dia de Bari a gente gastou foi sola pela cidade. Tem muito o que andar. E ao contrário de Lecce a cidade é muito mais ampla e espaçosa entre edifícios, e embora estivesse muito mais cheia de gente por tudo quanto é canto, foi mais fácil de andar por lá. Nós corremos todas as esquinas, desde as ruas com as moças que fazem o famoso “orecchiette” até o calçadão.
É um ambiente bem mais engajado, e com vida noturna, um bar em cada esquina, é só entrar e ser feliz.
O nosso objetivo em Bari não era Bari em si, embora tenha sido super legal passear lá. Nós ficamos em Bari porque queríamos fazer um bate volta em Polignano a mare, Monopoly e Matera. E Bari foi onde eu achei a acomodação mais em conta entre os 3 pontos.
Em Polignano comecei a sentir a viagem ficando repetitiva, sabe quando você já viu uma coisa? Então. Era lindo, claro, como toda Salento, mas apenas mais do mesmo.
Passeamos por ali, olhamos as vistas comemos e seguimos para Monopoly. Que já teve algo mais a mostrar e lá fomos nós gastar mais solas, debaixo de um sol ardente.
E o nosso último dia foi um mergulho na história. Matera é um dos lugares mais lindos que eu já visitei. E olha que eu nem sou muito fã de cidades, eu gosto mesmo é de praia, sol, e água fresca. Mas Matera é estupidamente incrível. Você passa facilmente um dia todo lá, entrando e saindo debaixo da terra. É como ver duas cidades em uma, uma por cima da superfície, e outra por baixo. Lindo de morrer. E de novo, uma viagem através dos tempos na história. Vale muito a pena fazer um tour oficial lá, ouvindo o que os guias têm a dizer por que é muita coisa maneira.
Todo o caminho pelas ruelas da cidade você se sente andando num set de filmes. Inclusive alguns colegas meus me perguntaram se crepúsculo não foi filmado lá. Tá aí uma coisa que eu não soube responder.
Pane e Pomodoro
Nós terminamos nossas férias na praia Pane e Pomodoro do jeito que eu mais gosto. Imitando os locais. Olha a vida desse Rei ahahhhaha
Quanto custou?
Tirando o voo das contas, essa viagem custou um total de 533 euros. Entre acomodação, carro, seguro do carro, combustível e comida.
Lembrando que eu viajei só com outra pessoa. E esse custo poderia ser bem menor se diluíssemos os custos do carro por 4 pessoas, por exemplo, para encher o carro. Ou se tivéssemos ficado em acomodações mais modestas, como um dormitório num hostel, ou um apartamento para várias pessoas. Ou se vocês não resolverem comer a Itália inteira como eu fiz. Embora eu tenha feito pelo menos uma refeição por dia no supermercado, nas refeições em que eu ia ao restaurante era sem noção real oficial.
Além disso, para os viajantes mais experientes existe sempre a opção de couchsurfing, onde você não paga nada pela acomodação, e é recebido por pessoas locais que estão dispostas a emprestar um sofá por uns dias aos visitantes.
Ou a opção da Worldpackers, como a Mary está fazendo agora. Em que você trabalha umas horas por dia em troca de comida e acomodação dos hosts.
Dentro dessas opções eu acredito que dá pra fazer essa viagem, ou até uma melhor se você for mais organizado do que eu por metade do meu orçamento.
Lembrando que não tem como eu incluir passagens de avião nisso porque o preço delas varia imensamente durante o ano, e depende diretamente do local de onde você parte. Então, o que pra mim foi 80,00 euros pra vocês pode ser 800, 00 euros dependendo de onde vocês vão voar.
O pôr do sol costumava ser por volta as 20h30 da noite, mas a noite continua clara e iluminada até bem mais tarde.
Melhor época para visitar Salento
Junho é definitivamente a melhor época pra fazer essa viagem, eu acredito que do meio de Julho pra lá esteja o próprio formigueiro de tanta gente. E as coisas tendem a ficar mais caras porque é a época de férias escolares.
Sobre o aluguel de carro em Salento
Muita atenção na hora de alugar o carro! Se você não pagar seguro você precisa ter um cartão de crédito para pagar a caução de segurança que ronda os 1.000,00 euros. Esse valor é bloqueado no seu cartão, e desbloqueado quando você entrega o carro intacto. Se você pagar o seguro da locadora você não precisa pagar esse valor, porém ainda assim precisa de um cartão de crédito válido para pagar por um tanque cheio de combustível, que também é devolvido pro seu cartão quando você devolve o carro com o tanque cheio, do jeito que te é entregue na retirada.
Do mais aconselho vocês a desenhar um mapinha e traçar uma rota com os quilômetros marcados, e não empilhar muitas coisas pra visitar num dia só. À tarde o calor beira o insuportável, e se você não é um ser praieiro você vai sofrer. Tenha um plano, mas seja flexível.
Do mais, muito obrigado por terem lido até aqui. Espero que tenha ajudado de alguma forma, qualquer coisa que eu tenha esquecido perguntem pra Mary ou me achem no Instagram que eu vou ter o maior prazer em explicar.
Eu comecei e termino esse post com a mesma frase.
Salento, conte comigo para qualquer coisa.
E se vocês tiverem precisando de uma companhia pra viagem, lembrem-se do ditado “um copo de água e companhia para uma viagem não se nega a ninguém”.
Eu sou a Jenniffer Fógos nascida no Rio de Janeiro, criada em Portugal e crescida no mundo. Hoje moro na Inglaterra, amanhã só Deus sabe onde as asas vão me levar.
Se precisar de uma companheira de viagem: #MeChamaQueEuVou
- Instagram: @jennifferfogos